Atualização: 23/01/2017
Muitas vezes a restrição de acessos à um bairro podem prejudicar o fluxo de veículos e a passagem de pessoas. O caso mais conhecido aqui em Ribeirão seria a estrada Antônia Mugnatto Marincek, único acesso ao bairro Ribeirão Verde, um dos mais populosos da região norte. Existe um projeto junto ao PAC 2 para a duplicação desta avenida. As obras seguem em ritmo lento e sem data para sua conclusão.
Muitas vezes a restrição de acessos à um bairro podem prejudicar o fluxo de veículos e a passagem de pessoas. O caso mais conhecido aqui em Ribeirão seria a estrada Antônia Mugnatto Marincek, único acesso ao bairro Ribeirão Verde, um dos mais populosos da região norte. Existe um projeto junto ao PAC 2 para a duplicação desta avenida. As obras seguem em ritmo lento e sem data para sua conclusão.
Esquema de entrada no bairro Ribeirão Verde Fonte: Google Maps |
Mas vou falar sobre uma região do bairro Ipiranga que sofre um pouco com a falta de acesso sentido Av. Dom Pedro I e Sumarezinho. Como você pode reparar no mapa, as ruas mais próximas para acessar a Dom Pedro I seriam a Tapajós e Espirito Santo.
Vou usar como ponto de referência o cruzamento das ruas Caravelas com Porto Seguro. A distancia média que um motorista teria que se deslocar, chegando até a avenida Rio Pardo seriam de aproximadamente 400 metros, seja indo para a Espirito Santo ou pela Tapajós. Já um pedestre teria que se deslocar aproximadamente 200 metros, seja indo pela General Câmara ou pela Piaui.
Visualização de acessos do Ipiranga para a Av. Dom Pedro I Fonte: Google Maps Edição: Photoshop |
Isso faz com o que transito da rua Espirito Santo acabe ficando mais saturado por ser a via mais próxima à se acessar. O mesmo vale para a Tapajós. Caso o motorista/motoqueiro/ciclista queira evita-la, pode descer até o final da Rio Pardo e seguir pela rua Pará até a Dom Pedro; ou descer a rua Américo Batista até a Via Norte. Isso se a pessoa for sentido ao Sumarezinho ou Centro. Já para quem pretende ir rumo ao Planalto Verde ou mesmo Hospital das Clínicas, a Tapajós é a mais próxima de qualquer jeito.
Como se não bastasse, estas ruas (principalmente a Tapajós) estão em péssimas condições por dois motivos: a falta de recapeamento por parte da prefeitura e do transito excessivo (as duas são corredores de ônibus, no caso da Tapajós, da linha estrutural Circular 199). Parte deste fluxo poderia pegar uma rua alternativa, reduzindo o tempo de deslocamento entre pontos.
Ideia utópica de hoje
A proposta de hoje é simples, mas ao mesmo tempo também complicada (explicarei melhor abaixo): estender a rua Tajaçú até a rua Acre e implantar um pequeno trecho de mão dupla entre a rua Tajaçú até a rua Bonfim.
Esta foto-montagem é de abril de 2012. Mandei esta e outras ideias para um vereador da câmara que ainda está em pleito e nunca recebi uma resposta. Explicando-a abaixo:
- A rua Tajaçú seria aberta em mão única (sentido bairro-centro) até a rua Acre.
- Neste cruzamento, uma bifurcação em "T" desviaria o transito em dois: os que vão rumo ao Centro, convergindo à esquerda e os que vão rumo à Dom Pedro I, posto de saúde da Cuiabá ou mesmo HC, convergindo à direita.
- Este pequeno trecho teria implantação de mão dupla, com proibição de estacionamento para o lado direito (calçada da Ceagesp), seguindo assim até a rua Bonfim.
- Neste cruzamento, a preferencia seria para quem desce a Acre. Quem estiver subindo, irá aguardar a preferencial até entrar na Bonfim.
Isso traria agilidade para motoristas e pedestres (que não precisariam dar uma volta enorme em torno da Ceagesp) e deixaria a rua Bonfim mais útil e com maior número de veículos a utilizando, a sensação de segurança aumentaria consideravelmente.
Projeções de abertura da Tajaçú até a Acre e adaptação do cruzamento da Acre com Bonfim Via: Google Street View Edição: Photoshop |
Esta seria a parte simples. A parte complicada fica por onde a rua passaria: pelo terreno da Ceagesp. Apesar de parecer abandonado, o armazém ainda está em atividade, sendo usado para armazenagem de grãos e produtos embalados. Esta área abaixo dos silos, possui apenas um esqueleto de concreto armado desativado, de certa forma fácil de ser removido. Mas a briga neste caso é mais burocrática do que técnica. A prefeitura precisaria negociar com a Ceagesp, a possibilidade de ceder parte da área para a abertura da rua.
Paralelo a Rio Parto também temos os trilhos da antiga FEPASA, hoje atual FCA. Os trilhos foram desativados em 1995 e existe um projeto por parte da prefeitura para a remoção destes 14 km de malha ferroviária para a implantação de um corredor BRT e abertura total da Rio Pardo da Via Norte até a Dom Pedro I. Esta briga se desenrola desde o ano de 2012. Alguns acham melhor reativar os trilhos, outros a total remoção... e como temos política no meio, quem sofre mesmo neste jogo de interesses é a própria população.
Projeção da visão de um motorista que venha da Tajaçú e chegue na Acre Via: Google Street View Edição: Photoshop |
Mostrei aqui que é possível (pelo menos de um ponto de vista técnico básico) que a extensão da Tajaçú ser realizada. Mas é preciso que as pessoas que moram nesta região cobrem por ela. Cobrem da prefeitura e de seus vereadores projetos que beneficiem motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres do bairro. Cobrem respostas concretas e não apenas promessas vazias de campanha!
Fico por aqui. Até a próxima postagem!
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