Dica rápida: Alem das propostas apresentadas no blog, também é possível consultar publicações focadas em temas específicos sobre Ribeirão Preto.
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Desde os primórdios o ser humano sempre buscou formas de comunicação e como expressar esta comunicação. Estas manifestações podem ser encontradas em pinturas rupestres ou nos antigos hieróglifos deixados por antigas civilizações egípcias e conforme a humanidade foi evoluindo, novas formas de comunicação foram surgindo, assim como as tecnologias empregadas para tal.
Quando falamos em tecnologias, grande parte das pessoas remetem isso ao surgimento de computadores e aparelhos celulares. Tal raciocínio não está de todo errado, mas a tecnologia vai alem disso: maquinas de escrever já foram consideradas um avanço tecnológico, assim como a invenção da caneta esferográfica e o uso do papel. De uma forma prática, a tecnologia é um conjunto de técnicas adquiridas e utilizadas para que possamos executar um trabalho ou tarefa de forma mais eficiente e eficaz.
Sempre surgirá uma nova tecnologia para substituir outra mais antiga Foto via: Demais 10 |
Todas as áreas passaram por processos de evolução em suas tecnologias: comercial, industrial, educacional, logística, militar, entre outras. E junto com elas o segmento tema desta publicação; a imprensa.
Com a criação do papel, a partir do século VII os asiáticos começaram a desenvolver técnicas para reproduzir informações como imagens e textos através de uma prancha de madeira. Nascia ai a xilogravura. No Brasil esta técnica ficou bastante conhecida por meio do gênero literário chamado Literatura de Cordel.
Tipos móveis Via: Wikipédia |
Os caracteres móveis eram fabricados de terracota e evoluíram para o ferro e cobre ao longo do século XII. Mas foi o alemão Johannes Gutenberg no século XV que inventou os tipos feitos de chumbo, o que permitia sua reutilização e reduzia os custos de confecção de materiais impressos. Gutenberg é considerado por muitos como pai da tipografia moderna por conta desta técnica que modernizou o processo de impressão.
Saiba mais: Gutenberg não inventou a imprensa
Assim materiais de cunho político, social, econômico e religioso puderam ser impressos em grande quantidade para as massas. Junto com este processo, Gutenberg teria inventado a prensa de impressão, o que mais tarde seria base para o surgimento da palavra imprensa.
Hoje em dia imprensa é a denominação dos veículos responsáveis pelo jornalismo e outras funções de comunicação em caráter informativo. Até antes do século XX, os jornais impressos eram o único meio de jornalismo existentes, situação que evoluiu a partir da virada do século com a invenção do rádio, da televisão e do avanço da internet dos anos 90 em diante.
A imprensa precisa e deve sempre se reinventar Via: Youon |
Imprensa no Brasil
Trazida pelo príncipe Dom João em 1808 surgiu no país a Imprensa Nacional, responsável pela Gazeta do Rio de Janeiro, considerado o primeiro jornal impresso do Brasil. A primeira rádio brasileira foi criada em setembro de 1922 no Rio de Janeiro intitulada Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Anos depois em 1950 surgiu a TV Tupi, a primeira emissora de TV do Brasil. A partir de então a imprensa continuou saindo das capitais e indo ao interior do país. Os números são bastante impressionantes. Confira:
- Quantidade de jornais: 4786 (dados de 2013 da ANJ (Associação Nacional de Jornais);
- Quantidade de rádios: 5130 entre AMs e FMs (dados de 2014 do tudorádio.com e Ministério das Comunicações);
- Quantidade de emissoras de TV: 11282 entre geradoras (543) e retransmissoras (10739).
Infográfico ilustrando os jornais criados no Brasil ao longo da história Foto via: Wikipédia |
Números de rádiodifusão Foto via: tudoradio.com |
Estes números mostram o quão importante é o papel da imprensa em uma sociedade. Através dela o cidadão comum tem acesso aos fatos que podem impactar direta ou indiretamente na sua vida. Seja uma notícia referente a economia, esportes, política ou mesmo uma simples consulta a previsão do tempo e a cotação do dólar, todos nós em algum momento terá acesso a estes tipos de mídia disponíveis. Um exemplo prático são os constantes escândalos políticos que vem acontecendo nos últimos anos e que todos os dias são destaques em capas de jornais, reportagem principal nos telejornais e atualizadas em tempo real nos portais de notícias.
Mas é preciso cautela: com uma grande quantidade de mídias disponíveis, como saber qual informação é verdadeira? Qual jornal é imparcial de fato? Até quando aquela notícia esta livre de fatores externos?
Sobre notícias verídicas, do mesmo modo que a internet facilitou o acesso a informação para todos, ela também abriu as portas para boatos que podem se espalhar em uma velocidade espantosa. Seja um periódico local até um jornal de grande circulação, é necessário que repórteres e revisores fiquem atentos para as notícias que irão divulgar e fazerem uma investigação séria baseada em evidências reais e não meros achismos.
Sobre imparcialidade é ainda mais difícil dizer. Raramente encontraremos um veículo de mídia 100% imparcial. Neste caso, cabe ao leitor colher as informações e tirar suas próprias conclusões em relação ao fato noticiado. Aceitar informações mastigadas é extremamente perigoso e tira de nós a capacidade de raciocinar sobre a notícia em si.
Imparcialidade
Vídeo original no Canal do Otário
Sobre notícias independentes, os cuidados são os mesmos pra com as ditas como imparciais; analisar e chegar todas as fontes. Basta um pouco de atenção e podemos encontrar reportagens com forte teor tendencioso, o que pode comprometer totalmente a notícia em si. Pessoas bem instruídas podem conseguir identificar estes fatores externos, mas o leitor mais simples não tem esta mesma facilidade.
Os portais de notícias independentes cresceram muito nos últimos anos, mostrando que a mídia tradicional precisa se reinventar tomar muito cuidado com a parcialidade. Nas eleições presidenciais realizadas em 2018 o termo FakeNews (citado pelo presidentes Donald Trump nas eleições de 2016) tomou conta dos noticiários e fez acender uma luz amarela na cabeça dos leitores sobre o que era notícia de fato ou mero boato.
Agora as pessoas passaram a observar de forma mais cuidadosa as pautas redigidas e seus respectivos autores, exigindo um nível maior de crítica sobre o fato noticiado. Grandes jornais tem perdido assinantes ao longo dos anos, sejam pelos altos custos de manter toda uma infraestrutura jornalistica, quanto pelo conteúdo noticiado, muitas vezes de forma bastante parcial e partidária.
Observação: Isso não significa que tais veículos devam ser censurados, contanto que os mesmos se mantenham com recursos próprios e vindos de seus assinantes. Do contrário, qualquer verba pública para para tais grupos jornalísticos deve ser imediatamente extinta.
Imprensa na internet
O mais curioso é saber que todos estes formatos de mídias conseguiram se adequar muito bem à internet. Portais de notícias, rádios online, podcast, canais no Youtube... hoje a informação está ao alcance de qualquer pessoa que tenha um computador, tablet ou smartphone. Em poucos cliques é possível saber a situação política dos EUA, os conflitos na Europa e os avanços tecnológicos no Japão.
Com isso surgiram duas situações: o jornalismo tradicional que precisou se adequar a grande rede e o novo jornalismo que nasceu na internet. Como o alcance agora é muito maior, notícias de cunho tendencioso ou duvidoso costumam ser bombardeados por internautas que exigem saber a verdade dos fatos. O resultado disso são a queda de grandes jornais e rádios que não conseguiram se adaptar. Claro que o novo jornalismo na rede também precisa ser visto com atenção. Criar um portal de notícias é um trabalho relativamente fácil; manter informações de qualidade já se torna uma tarefa bem mais complexa.
Não existem mais barreiras físicas para a informação e qualquer um que ignore as vantagens da rede mundial de computadores, tende a ficar isolado do restante do mundo.
Imprensa e noticiário local
Quantas vezes nos deparamos com notícias de jornais de grande circulação (e até mesmo internacionais) que de fato não irão trazer impactos diretos em nossas vidas? Veja que esta não é uma crítica para quem o faz, mas uma observação: a mesma pessoa que está por dentro dos conflitos de um determinado país da Europa, mal sabe o que acontece na rua de cima de sua própria casa.
Jornais como Folha (SP), O Globo (RJ) ou Zero Hora (RS) costumam noticiar fatos do Brasil e do mundo. Mas e quando precisamos saber o que acontece em nossa cidade? Dai surge a necessidade do noticiário local.
Jornal da Vila Tibério, um dos bairros mais tradicionais de Ribeirão Preto Foto via: Jornal da Vila |
O noticiário local é um importante meio de comunicação da população de uma determinada cidade. Neste quadro incluímos os jornais impressos, rádios, geradoras e retransmissoras de TV. E assim como o noticiário nacional, é importante que o local também esteja adaptado para a internet.
Alem destas mídias tradicionais, a internet ainda possibilitou a criação de portais ou sites específicos para determinadas regiões da cidade. Estes exercem uma função ainda mais dedicada que é informar os moradores daquele bairro sobre os fatos mais relevantes para seu dia a dia.
Então qual é o objetivo desta publicação? Orientar e conscientizar o cidadão ribeirãopretano sobre a importância de se manter atualizado sobre as notícias de sua cidade. Em tempos de mídia presente e dinâmica, é inadmissível uma pessoa permanecer desinformada e muitas vezes dizer que "não saber como proceder para buscar informações.
Abaixo estarei listando os principais meios de comunicação presentes em Ribeirão Preto. Guarde esta lista e aperfeiçoe suas fontes de informação. No título de cada lista você encontrará a lista completa de todos os jornais, rádios e TVs:
Jornais impressos e online
- A Cidade
- Tribuna de Ribeirão
- Jornal da Região Sudeste
- Jornal da Vila Tibério
- Cidade de Ribeirão Preto
- Em Ribeirão
- Bairro Ribeirão Verde
Revistas impressas
Ribeirão Preto possui um variedade interessante de veículos de mídia. A ideia desta publicação não é dizer que "Noticiário A é melhor do que Noticiário B" pois quem irá decidir será o leitor / telespectador / ouvinte / internauta. Algumas dicas que podem auxilia-lo a acompanhar o noticiário local de sua cidade:
- Verifique se o jornal, radio ou telejornal possuem páginas em redes sociais como Facebook, Twitter ou Youtube. Esta é uma forma de acompanha as notícias posteriormente, mesmo depois delas terem sido transmitidas ao vivo. A grande maioria mantem seu conteúdo online de forma permanente;
- Observe a frequencia que estes veículos de comunicação atualizam seus sites ou páginas no Facebook. Isso ajuda a definir se tal mídia está preocupada com seu público online ou não;
- Procure por páginas que foquem eu sua região da cidade ou bairro específico. Alguns costumam trazer informações mais detalhadas do que o jornalismo local;
- Verifique a relação que os administradores das páginas possuem com seus frequentadores. Sites que costumam apagar comentários com questionamentos que não possuam insultos ou ofensas podem ter fortes tendências de censura por parte de seus administradores;
- Atenção com páginas que costumam noticiar apenas um dos lados da notícia. Uma informação passada de forma errada pode mostrar sinais forte de parcialidade e tendenciosa.
Por isso, você tem o dever de se atualizar das notícias do Brasil e do mundo. Mas não se esqueça de sua cidade, afinal por mais problemas que ela possa ter, ela ainda é sua cidade. Informação é sempre importante.
Obrigado e até a próxima postagem!
Links para pesquisa
A História da Imprensa Nacional
O papel da imprensa
Guia de Mídia
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