terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Distopia

Atualização:  26/01/2017

A postagem de hoje será um pouco diferente, quase um desabafo. Criei o blog em abril de 2015 e desde então vejo atualizando-o com sugestões e propostas a serem implantadas em Ribeirão Preto. São ideias voltadas para mobilidade urbana, sustentabilidade, planejamento urbano... áreas que gosto de acompanhar e trocar um pouco de conhecimento. Pois isso muitas destas idéias acabam se tornando verdadeiras utopias, apesar de muitas serem relativamente simples, mas que por motivos diversos, não são adotadas.

No momento o país vive uma grave crise que foi se alastrando para todos os estados e para muitos municípios brasileiros, entre eles Ribeirão Preto. Mas será que todos estes problemas que a cidade enfrenta são causados apenas pela crise. Na minha opinião, não.

Vista da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto
Foto via: Direito USP
Antes mesmo desta crise se instaurar em completo, Ribeirão já vinha sofrendo problemas na forma de ser conduzida. Os mais antigos se lembram como uma cidade limpa, organizada e com um futuro brilhante pela frente. Há algum tempo recebemos o título de "Califórnia Brasileira", atraindo muitos turistas e pessoas que desejavam morar por aqui. Não é errado a cidade receber novos habitantes, mas muitas destas pessoas vieram com sonhos de prosperar, sem nenhum tipo de estudo ou preparo, e acabando por morarem nas periferias da cidade. E as administrações passadas e atual não se prepararam para este boom de crescimento.

E assim Ribeirão foi perdendo o brilho, os mais antigos olham com desesperança para o futuro da cidade, os mais jovens se dividem entre os que não se importam muito e os que deixaram a cidade para abrir novos caminhos, Eu mesmo me pego desanimado sempre quando vejo mandos e desmandos da atual administração, movendo-se apenas por interesses particulares, enquanto a cidade definha e seus moradores apenas olham tudo isso. Ribeirão, assim como o restante do país, vive uma época de distopia.

Distopia

Segundo a Wikipedia:

Distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma "utopia negativa"[1] . As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, "caem as cortinas", e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações.

Resumindo, é o contrário da utopia. algo sem esperança, onde não vemos a luz no final do túnel (ou como alguns já complementam esta citação, a luz pode acabar sendo um trem vindo no sentido contrário) e assim vamos tocando a vida. Pode parecer exagero, mas muitos brasileiros sentem este clima ruim no ar. Uma mistura de frustração com impotência e desesperança.

Cidade de Detroit nos Estados Unidos. Abandono e decadência.
Foto via: PET Engenharia Civil
E de quem seria a culpa exatamente? Parece fácil apontarmos os responsáveis por Ribeirão ter se tornado a cidade que temos hoje. Eu separei os culpados em três grandes grupos que seguem abaixo:

1- Administração anterior

Sim, ela tem uma boa parcela de culpa, alias, todas as anteriores ajudaram para que tivéssemos este cenário. Um prefeito precisa ser alguém com visão empreendedora, aquele que trata sua cidade como uma importante empresa, fazendo-a gerar lucros (neste caso, a satisfação dos habitantes, crescimento da receita e o reconhecimento perante o país para atrair novas empresas). Mas infelizmente costumamos eleger prefeitos do tipo populistas; os simpáticos que dizem aquilo que o público gostaria de ouvir. Não é atoa que os jingles políticos são feitos para os mais simples: quanto mais animada e repetitiva é a "musiquinha", mais ela gruda na cabeça e assim o candidato tem um fiel eleitor.

Muitos políticos ainda acreditam que sujando a cidade,
conseguirão os votos dos eleitores.
Foto via: Blog do Marco Geib
Quem dera que pudêssemos administrar nossas cidades como jogos de simulação, citando SimCity e Cities Skylines. Até arrisco dizer o porquê estes games acabam fazendo sucesso: por não terem politicagem envolvida. Se quero construir um hospital, vejo minhas receitas e despesas, minha demanda e pronto, temos um novo serviço de saúde. Já aqui na realidade, os interesses de uma minoria podem prejudicar bastante os interesses da maioria, e assim a obra não sai do papel. E isso acontece no Brasil todo.

Por causa do forte apelo popular, a ex-prefeita Darcy Vera está em seu segundo mandado na cidade. Mas ao longo dos anos, este apoio foi caindo gradativamente, até chegar a 6,7% de satisfação.

Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura de Ribeirão Preto
Foto via: GNC.net
Saiba mais: Apenas 6,7% acreditam que Dárcy Vera pode melhorar Ribeirão

O mal de políticos populistas é a forma que eles respondem os questionamentos de problemas. Em uma postagem recente da própria prefeita feita no Faceook, mostrando os trabalhos da "nova" operação Tapa Buracos, um usuário questionou sobre a qualidade e forma que o serviço vinha sendo executado. Como resposta, ouviu uma citação de Chico Xavier, ao melhor estilo "estou fazendo o melhor que eu posso".

Prefeita Darcy Vera ao lado de um dos buracos
"tapados" na nova Operação Tapa Buracos.
Foto via: perfil no Facebook
Atualização: perfil deletado
E não é dificil encontrar pessoas que reclamam da administração anterior: excesso de buracos nas ruas, postos de saúde lotados e pré agendamentos longos, sensação constante de insegurança, transporte público ineficiente, politicas públicas precárias e a lista se estende. Tudo bem, problemas sempre vão existir, a questão é a forma como eles são resolvidos, isso se forem resolvidos. A questão dos buracos por exemplo, foi preciso mais uma pessoa morrer (neste caso um motociclista) para a prefeitura iniciar uma operação emergencial de tapa buracos. O pior é que o secretário de infraestrutura atual admitiu que o serviço está sendo feito de forma errada (o recorte em volta do buraco não é feito) justamente pela quantidade de buracos espalhados pela cidade.

Claro que alguns feitos precisam ser lembrados, como a permanência da Agrishow, uma das maiores feiras de agronegócio do mundo, na cidade pois mais cinco anos. Se este esforço e pressão não tivessem sido realizados, teríamos perdido a feira para a cidade de São Carlos. "Ah mas isso é obrigação do prefeito" diriam alguns, mas em tempos de inversão de valores que estamos vivendo, reconhecer o que também foi bom é muito importante.

Quando digo administração municipal, não me refiro apenas à prefeita, mas também aos seus secretários. Muitos não possuem a menor preparação para o cargo que exercem. Acredito que um secretário precisa ter dois requisitos principais para assumir uma posição deste porte:
  • Especialização em administração: a pessoa precisa saber administrar sua secretaria. Entender os procedimentos de decisão, direção e saber delegar tarefas.
  • Especialização na área em questão: um profissional da saúde na pasta da saúde, um engenheiro na pasta de infraestrutura, um professor na pasta de educação e por ai vai. Colocar uma pessoa apenas por indicação, mesmo que ela não entenda nada da pasta, é algo que nenhuma empresa privada se arriscaria a fazer.
Exemplo recente que ilustrei foi na última postagem sobre a divisão de serviços de infraestrutura, onde colocaram uma profissional responsável pela Feira do Livro para comandar a pasta de infra. O argumento usado pela prefeita na época era demasiado raso: "Ela tem vontade de trabalhar". Isso não é o bastante.

Buraco na avenida Francisco Junqueira que
matou uma motociclista em 2013
Foto via: Folha.com
Quando não é isso, temos secretários que acabam exercendo uma função a beira do decorativo, já que outras pessoas acabam tomando as decisões da pasta. Um exemplo é a secretaria de educação, onde um dos vereadores mais antigos da câmara, tem mais poder de decisão do que o secretário atual. Quem estiver mais antenado na situação politica de Ribeirão sabe muito bem qual é este vereador.

Felizmente nem todas as secretarias são assim. Algumas conseguem manter um serviço de qualidade em meio a toda desordem que este governo se encontra.


2- Câmara de vereadores

Foram eleitos para defender os interesses do povo, mas o que temos visto é algo totalmente o contrário. Alguns estão na câmara a mais de cinco mandatos seguidos, impedindo a rotatividade de vereadores, ficando aquela frase já conhecida "são sempre os mesmos". Em Ribeirão isso é um fato.

Atual Câmara Municipal de Ribeirão Preto
Foto via: Canal Aberto Brasil
O vereador deve ouvir os moradores (ou uma associação de bairros) e apontar soluções para um possível problema. Mas muitos acabam se tornando inacessíveis, seja em seus gabinetes e até mesmo no meio virtual. Muitos nem sequer possuem sites, blogs ou perfis em redes sociais como o Facebook por exemplo, e os que possuem, os mantem de forma restrita, onde apenas aqueles que "acreditam em seu ideal" podem opinar nos comentários. Como um vereador pode ser acessível ao povo desta forma?

Faça a prova: tente questionar um vereador sobre algum problema da cidade em seu perfil. A chance de você ser ignorado e até bloqueado é grande. Mas experimente elogiar seu "bom trabalho" e poderá até receber uma pequena resposta do vereador em questão. O fato é que não adianta toda a cidade detestar tal vereador, se este mesmo vereador possui seus eleitores fieis, que sempre o apoiarão acima de tudo. Um fenômeno conhecido em muitas cidades (principalmente na região nordeste) chamado "curral eleitoral". 

Projetos votados como a recém aprovada Lei dos Puxadinhos e alterações na Lei Cidade Limpa, mostram que apenas o interesse de uma minoria é ouvido.

Mas felizmente muitos vereadores tem medo do seu povo. Um exemplo foi durante os protestos ocorridos no Brasil em 2013. Manifestantes planejaram protestos na câmara de Ribeirão e em poucas horas, foi criado uma espécie de "saída de emergência" aos fundos do estacionamento da câmara, com acesso ao parque Maurilio Biagi, para o caso de uma possível "invasão". Alem disso, GCMs chegaram a fechar os portões impedindo a entrada de manifestantes no plenário. Semanas depois, todos os visitantes que fossem visitar a câmara, teriam que fazer um cadastro para acompanhar as seções. A frase "casa do povo" perdeu totalmente o sentido.

Plenário lotado de GCMs, enquanto provavelmente muitos
prédios públicos estão sem proteção
Foto via: Folha.com
Isso sem contar a excessiva quantidade de homenagens, criação de datas comemorativas e nomeação de ruas da cidade. Com isso projetos importantes são deixados de lado ou votados as pressas próximo ao recesso de final de ano. E novamente o interesse particular fala mais alto: de todas as obras públicas da cidade, a reforma da câmara dos vereadores é a única que está em ritmo acelerado e sem atrasos, mesmo neste período de crise que estamos passando. 

E porque esta renovação não acontece? Vamos ao terceiro grande culpado.


3- População

Criticas são normais e fazem parte de uma administração. Mas o que mais tenho visto em comentários no Facebook são usuários xingando de forma aleatória, tudo o que a prefeitura faz. Palavras de baixo calão que não irei reproduzir, mas que você pode imaginar. Tudo bem, estamos indignados com a situação da cidade perante a inercia da prefeita, secretarias e vereadores, mas apenas xingar coisas sem sentido numa rede social não vai resolver nada.

Alias, o que mais vejo é o cidadão criticar e "meter o pau" na prefeitura, mas ao mesmo tempo não fazer a sua parte.
  • Morador reclama do terreno baldio lotado de lixo, mas ele costuma jogar entulho em terrenos abandonados;
  • Reclamam da chamada "industria da multa", mas dirigem de desacordo com o código de transito brasileiro cometendo infrações (dirigir falando ao celular, ultrapassa sinal vermelho, pilota com a viseira do capacete levantada...);
  • Critica a demora dos postos de saúde, mas vai ao posto exigir urgência em casos que não são urgentes;
  • Vivem xingando vereadores, mas nunca sequer entrou no prédio da câmara e cobrou providência de alguns deles.
Assim que um terreno ou calçada é limpo pela prefeitura,
no dia seguinte o cenário é este.
Foto via: Folha.com
Pois é, somos tão culpados quanto a prefeita e os vereadores na omissão da cidade. Ou por acaso um vereador entrou sozinho na câmara e ocupou uma das cadeiras vagas? Acredito que não.

Uma das vantagens do Facebook é a opção de marcarmos páginas específicas, alias faço muito isso quando compartilho conteúdo na page Ribeirãotopia. Assim o autor da postagem fica sabendo quantas pessoas estão compartilhando ou comentando determinado texto, foto ou vídeo. Mas novamente o brasileiro desperdiça esta importante ferramenta, fazendo marcações apenas de coisas engraçadas, fúteis ou puros xingamentos.

Protesto ocorrido em Ribeirão em março/2015.
Foto via: G1.globo.com
Não tem problema acompanharmos tais páginas, mas quando ficamos apenas naquela página de memes ou vídeos engraçados do WhatsApp, perdemos a chance de reivindicarmos e exigirmos que nossos direitos sejam cumpridos Alguns exemplos de páginas para curtir no Facebook. Algumas mantem atualização constante e respostas rápidas, outras nem tanto:

Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto - página oficial da prefeitura
Coordenadoria de Limpeza Urbana  - informa os serviços de limpeza pública, poda de arvores e manutenção de canteiros e guias.
SAM - Serviço de Atendimento ao Munícipe - recebe pedidos referentes ao serviço Fala Cidadão e Daerp.
DAERP - página do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto; informa sobre reparos de encanamentos e bombas nos bairros.
Secretaria de Infraestrutura - antiga página denominada Operação Tapa Buracos.
Secretaria da Cultura - página que informa os eventos culturais da cidade.
Secretaria da Educação - página que informa sobre as atividades relacionadas a educação.

Sem contar o portal da Prefeitura de Ribeirão Preto, onde é possível encontrar informações sobre as demais secretarias da cidade.

Portanto, o culpado não é apenas um. TODOS somos culpados por Ribeirão Preto estar nesta situação. Prefeitura omissa, vereadores fora da realidade e povo completamente perdido. Não existe cidade que resista a algo assim.

Em 2016 novamente teremos eleições municipais. E novamente vamos escolher quem irá "nos representar". Vamos seguir algumas dicas:
  1. Verifique o histórico de conquistas de seu candidato. Caso ele não tenha "experiencia", verifique os trabalhos que ele executou na comunidade (ongs e associações de bairro);
  2. Verifique as propostas que ele tem para a cidade. Fuja daquele candidato que resume o seu discurso ao "vou melhorar a saúde" ou "vou melhorar a educação", pois um vereador que prega algo assim, não faz a menor ideia de como um sistema de saúde ou educação funciona. Procure aqueles que fazem propostas realistas, de preferencia que as divulguem em sites ou blogs;
  3. Não se fixe nas clássicas musiquinhas de campanhas, folhetos e santinhos. Politico que canta demais, não tem nenhum conteúdo;
  4. Fuja dos candidatos que oferecem "presentinhos" em troca de votos. Uma cesta básica, um par de sapatos, uma bola de futebol... tudo isso sai muito barato para o político, mas sairá muito caro para o futuro da cidade. Isso vale para os seus filhos, oriente para que eles não recebam tais presentes;
  5. Não mime o candidato "excessivamente simpático". Enquanto pedem votos, eles tomarão até aquele seu café passado de quatro dias atras. Mas depois de eleitos, jamais passarão ao menos por seu bairro.
Me desculpem pelo post-desabafo, mas o que vejo em Ribeirão é isso: uma distopia. Uma cidade tão importante para o interior de São Paulo, viver no atraso e perder as oportunidades que cidades menores e mais novas estão agarrando. Opções existem, mas enquanto a maldita falta de vontade política e desinteresse do povo existirem, seremos apenas uma cidade mediana.

Qual é seu nível de esperança?
Foto via: sbcoaching 
Por fim, vou dar um tempo nas postagens do blog. Será apenas neste período de festas e durante o mês de Janeiro. Alem de resolver alguns problemas pessoais, vou preparando novas propostas para 2016 e realizar pesquisas, colher dados e fazer o esboço dos projetos é algo trabalhoso, mas que um dia valerá muito a pena. A página no Facebook também terá uma pausa mas voltará em Janeiro com compartilhamento referentes aos assuntos abordados no blog.

Aproveite para ver as antigas propostas já postadas e compartilhe com seus amigos, familiares e vizinhos.


Desejos a todos um Feliz Natal, um próspero Ano Novo e que em 2016 consigamos superar esta crise e voltemos a crescer! Grande abraço!

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Divisão de serviços de infraestrutura por região

Atualização: 18/08/2021

Dica rápida: use os marcadores ao final de cada postagem para localizar assuntos específicos.

A secretaria de infraestrutura é uma das pastas mais importantes que uma cidade possui. Entre os serviços prestados estão:
  • Pavimentação de asfalto;
  • Construção de bocas de lobo;
  • Galerias de águas pluviais;
  • Serviços de iluminação pública;
  • Reparos e colocação de paralelepípedos;
  • Reparos de canaletas;
Serviço de tapa-buracos em rua de Sorocaba-SP
Via: Agência Sorocaba de Notícias

Esta secretaria é responsável pelos serviços que normalmente não reparamos no dia a dia, ou que talvez o notamos apenas caso aconteçam problemas (vazamentos de água, buracos nas vias, bocas de lobo entupidas etc). Trata-se de um serviço extremamente técnico, que exite equipes com mão de obra especializada e fiscalização constante.

Uma boa secretaria de infraestrutura sabe de tudo que acontece na cidade. Seja acompanhando por mapas, agendamentos, solicitações de reparos. Conseguem elaborar cronogramas de manutenções imediadas ou programadas.

Mas na prática, nem sempre isso acontece.

Infraestrutura em Ribeirão Preto

Ribeirão cresceu muitos nos últimos anos. Segundo o IBGE, em 2020 a cidade atingiu a marca de 711 mil habitantes. Um número bastante considerável e que exige serviços públicos na mesma proporção. Isso sem contar as pessoas que vem das cidades vizinhas, seja para trabalho, estudos ou lazer.


Será que o departamento de infraestrutura de Ribeirão Preto estará preparado para os próximos anos? Logo estaremos batendo a marca de 1 milhão de habitantes e os serviços prestados pela pasta de Infraestrutura ainda demonstram sinais de que ainda não entenderam a necessidade de traçarem planos mais amplos e que abranjam toda a cidade.

Operação de recapeamento em rua de Ribeirão Preto
Foto via: G1.globo.com
Lembre-se que um dos quesitos para assumir uma pasta deste porte é o conhecimento técnico? Infelizmente não temos isso. Nos últimos anos tivemos no comando da secretaria a jornalista Isabel de Farias, que anteriormente foi diretora da Feira do Livro em edições anteriores. Isabel chegou a dizer que a "secretaria não tinha estrutura", tentou passar a responsabilidade da manutenção das vias aos comerciantes, prometeu acabar com o buracos da cidade em um ano e acabou deixando o cargo em maio de 2014.

A jornalista Isabel pode ter feito um bom trabalho durante o período que comandou a Feira do Livro, mas entrou em um setor que não tinha a menor intimidade. Na época, quando a ainda  prefeita Darcy Vera fez a nomeação para a pasta, disse via Facebook que Isabel tinha "vontade de trabalhar". E quanto a especialização, preparo e experiencia? Ora, será que ter apenas "vontade de trabalhar" seria o suficiente? Seria algo como contratar uma pessoa para determinado cargo de importância na Nasa (a agência espacial americana) para ocupar o cargo de astronauta, apenas pelo fato desta pessoa ser fã da saga Star Wars!

Mas para a administração municipal anterior, ter apenas o sonho já seria o suficiente para tal.

No mesmo ano, foi nomeada a engenheira Ana Delgado como nova chefe da pasta, uma pessoa que tenha o embasamento técnico necessário para ocupar a pasta correspondente. Mas Ana não durou muito tempo no cargo e a prefeita na época fez uma nova nomeação, desta vez de Osvaldo Braga, ex-chefe da Fiscalização Geral. Novamente temos uma pessoa com pouco conhecimento em uma secretaria tão técnica.

Atualização 18/08/2021: atualmente a pasta vem sendo gerida pelo engenheiro Carlos Eduardo Nascimento Alencastre.

Diante de questionamentos sobre o que será da secretaria nos próximos meses, apenas uma frase: "Não tem promessa. Apenas trabalho." E assim vamos fazendo experiencias em Ribeirão Preto para que um dia as coisas voltem para os trilhos.

Atualmente com o início do governo do prefeito Duarte Nogueira (2017-2020), foi convocado para a pasta de Infraestrutura o oficial da Polícia Militar Pedro Luiz Pegoraro. Com exceção de ser pós-graduado no curso Gerente de Cidades, todo o currículo do então secretário é voltado para a segurança pública (desta maneira sendo melhor aproveitado em uma área como a Guarda Civil Municipal). Reforço que o secretário precisa ser conhecimento na pasta em questão e assim iremos aguardar o desenvolvimento dos trabalhos.

Infraestrutura existente

A secretaria de infraestrutura fica na rua Patrocínio nº 2929, no Jardim Paulistano, zona Leste da cidade. Apesar do terreno ser grande, qualquer um diria que o local parou no tempo. Estrutura antiga, veículos em mal estado de conservação (muitos até encostados como sucata) e funcionários desmotivados. E esta é a única sede para a cidade toda. Imagine resolver um problema envolvendo o reparo de buracos em um bairro afastado, quase periférico, como o Branca Sales por exemplo. O caminhão teria que atravessar toda a cidade até chegar ao local, desperdiçando tempo e recursos. Isso porque a secretaria fica em ruas de acesso limitado, afastado de avenidas importantes.

Fachada da atual secretaria de Infraestrutura de Ribeirão Preto
Foto via: Google Street View
Serviços de infraestrutura sempre vão existir e precisam ser revolvidos de forma ágil, rápida e com menos transtornos possível. Um outro exemplo: quantas vezes você viu um caminhão da operação tapa-buracos fazendo reparos na via, de forma totalmente improvisada e errada? Jogar uma massa de piche no buraco e deixar que os mesmo seja assentado pelos próprios veículos da via é algo no mínimo absurdo e fora de qualquer norma técnica. E o pior, este "conserto" não irá durar mais do que algumas semanas e o buraco voltará ainda pior, podendo provocar danos aos veículos e até acidentes fatais.

O reparo com asfalto tratado a frio pode ser considerado uma alternativa extremamente emergencial, principalmente caso o buraco venha a surgir após um período intenso de chuvas em vias que precisem de atenção imediata. Porem utilizar algo emergencial de forma rotineira e sem critérios técnicos necessários apenas irá "empurrar o problema com a barriga", provocando desperdício de material e mão de obra, alem de irritar os moradores daquela região ao verem um serviço executado de maneira tão amadora.

Calçada na zona norte concluída pelos próprios
moradores e bueiro sem tampa
Foto via: G1.globo.com

Até quando iremos aturar tamanho amadorismo? Cidades menores conseguem ser mais organizadas quanto a este tipo de serviço. A impressão que temos é que Ribeirão Preto cresceu em população e expansão urbana, mas que suas secretarias e poder público ainda continuam atendendo demandas de uma cidade ainda pequena. Com isso, chegamos a proposta atual.

Ideia utópica de hoje

A proposta de hoje visa melhorar a forma que a infraestrutura age na cidade, através da divisão do serviço por região. Seriam novas quatro unidades implantadas:
  • Infra Zona Norte;
  • Infra Zona Oeste;
  • Infra Zona Sul;
  • Infra Zona Leste (prédio atual e sede principal);
  • Infra Zona Central.
Enquanto a Infra Zona Leste concentraria o comando principal, todas as demais teriam pessoal, maquinário e veículos de acordo com a demanda de cada região.

Mapa com divisão das sub-secretarias de infraestrutura
Clique na imagem para ampliar
  • Cada sub-sede ficaria em pontos estratégicos do bairro, de preferencia próximo de grandes avenidas arteriais, facilitando e agilizando o deslocamento de caminhões e tratores;
  • As sub-sede atuaria como um termômetro de demanda e para fins estatísticos, informando para a sede principal sobre os principais problemas da região e deslocamentos extras em casos de demanda maior que o normal;
  • O morador teria contato total com a Infra Zona Leste através de telefone, preenchimento de formulário via site ou mensagem via Facebook ou WhatsApp;
  • A secretaria elaboraria uma escala de prioridades que iria de 1 a 5, onde 1 indicaria baixa prioridade (buracos em vias de baixo transito por exemplo) passando até a escala 5 indicando prioridade urgente (entupimento de boca de lobo em local com grande fluxo de pedestres);
  • Cada região lançaria relatórios e os passaria para a Infra Zona Leste, a fim de elaborar cronogramas para casos específicos, como por exemplo grandes eventos ou intempéries (chuvas fortes, rajadas de ventos e demais prejuízos imediatos);
  • A sub-sede poderia abrigar outros serviços como equipamentos e veículos do Daerp, evitando que todos as equipes saíssem apenas da sede na rua Pernambuco;
  • Abaixo uma proposta para as regionais. Terreno de 18 m x 15 m seriam um espaço médio para implantarem uma edificação com escritório, sanitário e galpão para maquinas e ferramentas. No restante do terreno, espaço para caminhões, tratores e demais veículos.







Estas seriam as principais ideias para a proposta. Se você tiver mais alguma ideia a acrescentar, poste aqui nos comentários, onde eu darei os devidos créditos.

Por gostar de assuntos relacionados a arquitetura, construção e planejamento viário, acompanho na medida do possível as atividades da pasta de Infraestrutura. Quando vejo erros grosseiros sendo realizados e nenhuma satisfação quanto a sua correta solução, a frustração é muito grande. Secretaria de Infraestrutura não é apenas Operação Tapa-buracos (que é uma importante função no órgão) mas tudo relacionado a estrutura que o cidadão utiliza no dia a dia.


Devemos cobrar da secretaria a realização e prestação de serviços, para que tenhamos no futuro uma Ribeirão Preto mais planejada e organizada.

Até a próxima postagem!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Criação da "CET Ribeirãopretana"

Atualização: 25/01/2017

Segundo o Código de Transito Brasileiro, a definição de trânsito é a seguinte:

§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

Normalmente quando falamos de trânsito nos lembramos apenas dos veículos, de preferencia centenas deles, todos amontoados em uma avenida e se locomovendo a menos de 5 km/h. O trânsito é bem mais que isso. Ele envolve transporte público, transporte de cargas e transportes não motorizados (ciclistas e pedestres). Pode parecer estranho para alguns, mas o pedestre também faz parte do transito.

Transito típico em avenida de São Paulo
Foto via: Blog Ponto de Ônibus
Toda cidade tem seu fluxo de veículos. Organizados e desorganizados; lentos e rápidos; seguros ou perigosos. É algo que todo morador terá que enfrentar em algum período do dia. Transito não se resume apenas em congestionamentos, mas sim em toda a movimentação de veículos e pessoas pela cidade e região. O que muda na realidade é o volume de deslocamentos diários; isso que diferencia o trânsito de uma cidade com 2 mil habitantes com uma de 1 milhão de habitantes. Mas as regras e sinalizações são as mesmas para todo o país, todos guiados pelo Código de Transito Brasileiro, reformulado e atualizado em 1997


Com base nestas informações, como que organizamos o transito de uma cidade? Esta é uma responsabilidade de cada município. Ele deve elaborar formas de fiscalização de acordo com o porte da cidade como a instalação de sinalização, contratação de agentes, formas de investir o dinheiro que intervem das multas aplicadas, estudos de implantação de novas ruas e quaisquer melhorias que venham a ser benéficas e necessárias para o município.

Instalação de novo semáforo em avenida de Apucarana-PR
Via: Apucarana Notícias
Todo motorista detesta tomar uma multa e muitos infelizmente só respeitam as leis de trânsito apenas com o objetivo de não ser autuado. Quando um motorista para em um semáforo vermelho, ele não o faz porque é obrigatório ou para manter a segurança, o faz apenas para não levar uma multa. Felizmente não são todos que possuem este tipo de mentalidade limitada e imediatista.

Imagine como é organizar o transito de uma cidade como São Paulo, uma capital com milhares de deslocamentos por dia. Carros, motocicletas, ônibus, caminhões, bicicletas, pedestres... todos precisando se locomover. Sem um órgão de trânsito, a capital se transformaria um verdadeiro caos. É por isso que foi criada a Companhia de Engenharia de Tráfego, ou a mais conhecida CET.

Agente da CET em trabalho de fiscalização
Via: Veja SP
A CET foi criada em 1976 com a finalidade de organizar e fiscalizar o trânsito da cidade de São Paulo. A sigla "CET" hoje é usada inclusive por outros municípios para designar seus departamentos de trânsito.

Pelo site é possível acompanhar todas as atividades do órgão, muitas delas em tempo real como condições do trânsito de acordo com a região, numero de semáforos em funcionamento, alem de ter conta em redes sociais como Facebook e Twitter, o que ajuda na divulgação de eventos e possíveis interdições nas vias.


Alem disso, pelo site é possível fazer consulta sobre veículos apreendidos, multas, rodizio municipal, ruas abertas, pesquisa de origem e destino e até mesmo o fluxo de caixa do órgão, por se tratar de uma empresa de economia mista. Tudo isso online.

Transito em Ribeirão Preto

Até meados de 1999, a cidade não possuía nenhum órgão específico responsável pelo gerenciamento de transito, sendo este apenas uma das abas da secretaria de infraestrutura. Mas foi a partir de julho de 1999 que a Transerp passou a ter controle sobre a gestão do transito de Ribeirão Preto. Fundada em 1980, sua finalidade inicial era totalmente diferente: implantar e administrar o sistema trólebus da cidade, cujo funcionamento foi de 1982 até 1999.

Trólebus fazendo a linha 202 - Jd. Independência
Via: Ônibus Brasil
Com a desativação do sistema em 1999, a administração da época decidiu passar para a Transerp a função de gestora do transito de Ribeirão Preto. Nos primeiros anos de funcionamento, não existia um planejamento prévio e organizado sobre o que deveria ser realizado no município. Por exemplo, os antigos caminhões que eram utilizados para realizar a manutenção dos cabos da antiga rede de trólebus, agora tinham a função de auxiliar na manutenção de semáforos da cidade. Ou seja, tudo na base do improviso. Atualmente o departamento possuí veículos próprios, entre eles motocicletas e pickups (para fiscalização) e pequenos caminhões (para instalação e manutenção de sinalização).

Portanto, o que temos em Ribeirão Preto é um órgão criado a partir de um outro que não existe mais. A função da Transerp original acabou no momento que a rede trólebus foi desativada na cidade. Por muito tempo os antigos superintendentes não conseguiam manter a função básica do órgão de transito que era a de fiscalizar e modernizar a sinalização existente. Podíamos perceber isso na forma de atuação dos agentes, em seus veículos utilizados (muitos com mais de dez anos de uso) e pelos prédios onde a instituição está instalada. A atual sede nada mais é do que a antiga garagem dos trólebus, onde seu antigo pátio de manobras se transformou num grande depósito de carros apreendidos por apresentarem irregularidades tanto em documentação quanto no estado geral do veículo.

O trabalho de fiscalização dos agentes é bastante aquém, prova que é possível vermos veículos comentando infrações graves em ruas e avenidas, até mesmo próximos dos agentes de trânsito, sem ao menos serem autuados. Outro fator relevante é que não existe fiscalização durante a noite ou nos finais de semana. Grande parte do efetivo de agentes ficam encarregados de auxiliares nos trabalhos de funcionamento da Ciclofaixa de Lazer, que funciona apenas aos domingos.

Agente da Transerp (Amarelinho) em trabalho de fiscalização.
Via: ACidade ON
Novas viaturas da Transerp entregues em 2016.
Via: ACidade ON
Antigo pátio para manobras de trólebus foi transformado
em depósito de carros e motos apreendidos
Foto via: Mais Ribeirão
Atualização 22/07: nos últimos anos foram adquiridas novas viaturas para o trabalho de fiscalização e orientação aos motoristas. Veículos antigos foram aposentados e não circulam mais na cidade.


Os polêmicos radares

Desde já afirmo que, de forma alguma, eu sou contra os radares de velocidade, apenas sou contrário com a forma que eles são utilizados. Acompanhem a seguir.

O que tem incomodado os motoristas ribeirãopretanos, são os tão criticados radares de fiscalização de velocidade. A cidade possui cinco radares moveis espalhados pela principais avenidas, em dias alternados e divulgados diariamente pelo órgão e por parte da imprensa. E justamente ai está o problema. Somos absolutamente contra os radares móveis! Os mesmos são colocados cada dia em um local diferente, gerando um efeito contrário do esperado: o motorista irá respeitar o limite de velocidade naquela avenida apenas no dia que o radar estiver presente, nos outros dias ele continuará dirigindo acima da velocidade permitida.

Alem disso, a Transerp é acusada por motoristas de manter alguns de seus radares escondidos e em 2013 um fato inusitado ocorreu: o furto de um radar em plena operação durante o dia.

"Amarelinho" operando radar em Ribeirão Preto
Foto via: Folha de São Paulo

Então qual a nossa posição sobre os radares? Sou totalmente favorável de radares fixos (como o existente na avenida Dr. Celso Charuri), inclusive daqueles implantados em semáforos por uma razão: o transito de Ribeirão Preto piorou bastante nos últimos anos, a ponto de vermos infrações acontecerem em qualquer horário do dia, inclusive nos de pico. Ultrapassar o sinal vermelho, dirigir falando ao celular, estacionar em local proibido, pilotar motocicleta com a viseira levantada... estas são algumas das mais graves que, como uma epidemia, se espalham pela cidade de forma descontrolada, aumentando o numero de acidentes com vítimas fatais. Por mais que seja convidativo não sermos autuados, é muito importante um órgão de trânsito realizando este trabalho.

Para exemplo de comparação, a cidade Sorocaba-SP que possui um porte populacional semelhante à Ribeirão Preto (aproximadamente 700 mil habitantes, segundo o último Censo 2021) tem instalados em suas vias 171 radares do tipo fixo, alem de mais 15 em testes em semáforos. Enquanto isso em Ribeirão, temos apenas dois do tipo fixo em operação.

A falta de fiscalização com certeza é um dos fatores mais agravantes para o aumento contante no número de infrações de trânsito na cidade. Por isso a Transep precisa ser reinventada imediatamente.

Ideia utópica de hoje

O leitor mais atento já deve saber qual seria a proposta. Por isso seguem na ordem abaixo:

1- Extinção da Transerp como órgão gestor do trânsito de Ribeirão Preto, ou pelo menos sua conversão em uma autarquia 100% pública ou absorvida como uma secretaria (tão qual foi realizado no Daerp em 2021). Costumo dizer que ela terminou junto com o sistema trólebus. Não faz mais sentido mante-la "viva" desta forma, gerando gastos excessivos com folha de pagamento, com funcionários sem função alguma dentro do órgão. Na maior das hipóteses, que seja transformada em órgão fiscalizador do transporte;

2- Criação de um órgão equivalente a CET de São Paulo em Ribeirão Preto, totalmente adequada e atualizada com as necessidades da cidade, com poder de autuar motoristas infratores; situação que a Transerp vem enfrentando dificuldades perante a justiça. 


3- Modernização da frota de veículos atual, dando baixa nos mais antigos e adquirindo veículos novos de acordo com a necessidade do órgão. Alguns possuem mais de 20 anos de fabricação, gerando gasto excessivo de manutenção;

Alem do péssimo estado de conservação desta Kombi,
a mesma se encontra estacionada atrapalhando a
passagem de pedestres. Felizmente já aposentada.
Foto via: G1.globo.com
4- Criação de site próprio da "CET Ribeirãopretana" com proposta próxima ao site da CET de São Paulo, com todas as informações pertinentes, inclusive dados em tempo real e balanço contábil. A Transerp possui uma sub-pagina no site oficial da prefeitura de Ribeirão, bastante resumida. Alem disso, não possui nenhum contato via redes sociais como o Facebook, dificultado o acesso do cidadão comum as atividades rotineiras do órgão;

Site da CET, informando dados em tempo real, inclusive via Twitter

Atualização: a partir de janeiro de 2017, a nova gestão lançou a página da Transerp no Facebook. A mesma ainda possui pouquíssimas atualizações, mas não deixa de ser um canal entre o órgão e o cidadão ribeirãopretano.

5- Destinação transparente e correta na arrecadação das multas emitidas pelos agentes (os populares "Amarelinhos"). Este inclusive é um dos maiores questionamentos dos motoristas e moradores: para onde vai o dinheiro das multas?


6- Busca por formas de modernizar a sinalização da cidade. Enquanto outras já implantaram lombofaixas, temporizadores em semáforos, lombadas eletrônicas e mini rotatórias, o órgão atual tem apenas se preocupado com a implantação de semáforos, muitos deles bastante subutilizados, gerando gastos desnecessários com manutenção e energia elétrica. Alem disso a sinalização na cidade precisa de atualização urgentemente.

Exemplo de semáforo subutilizado no cruzamento das ruas
Piaui com Rio Grande do Norte, bairro Sumarezinho.
Muito importante na década de 90, ficou subutilizado
depois que a rua Espirito Santo passou a ser mão única.
Foto via: Google Street View

Cavaletes sinalizando a presença de buracos
em rua de Ribeirão Preto.
Via: G1.globo.com
7- Atenção maior para os usuários de ônibus, ciclistas e pedestres. Como citei no começo da postagem, o trânsito não é formado apenas de carros. É preciso maiores iniciativas para o respeito com o pedestre (motoristas ignoram sua travessia nas faixas e nunca são punidos por isso) e para o ciclista (raramente a distância minima de 1,50 metros é respeitada pelos motoristas).

Poucos motoristas são punidos por ameaçar ciclistas
Foto via: G1.globo.com

Pedestres atravessando na faixa em frente a Rodoviária
Foto via: G1

O número de carro novos em Ribeirão Preto aumenta dia apos dia, isso sem contar usuários do transporte público, novos ciclistas e pedestres. A criação de um órgão de porte semelhante a CET é muito importante para a cidade. Teremos profissionais técnicos exclusivos para resolverem problemas atuais a futuros que poderemos enfrentar. Se não agirmos agora, Ribeirão ficará imersa num caos envolvendo carros e ruas inadequadas, ainda chamadas de leito carroçável, atribuição usada na época que as carroças eram os veículos predominantes na via.

Ajude a divulgar a proposta! O cidadão que deixa os problemas da cidade de lado, acaba sendo cúmplice dos futuros erros que possam aparecer.

Até a próxima postagem!



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