terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Telhados sustentáveis

Atualização: 25/05/2022

Nos últimos anos as pessoas tem se conscientizado melhor sobre a importância de preservar os recursos naturais do planeta. Seja por questão ecológica ou econômica, a população, grupos e empresas tem se mostrado preocupados na questão da sustentabilidade. Preservar a natureza deixou de ser um papo de "naturebas" e tem sido discutido por todos os setores da sociedade.

A produção de energia e o consumo de água são os mais mencionados nestas discussões. Todos lançam propostas e ideias de como podemos economizar estes recursos e buscam formas alternativas de obtê-los. Surge nesta história uma estrutura que muitos só a conseguem ver quando estão sobrevoando uma cidade ou mesmo subindo na casa para efetuar alguma manutenção nas calhas por exemplo: o telhado.

Quilômetros de telhados

O telhado é uma estrutura cuja a função é proteger seus moradores ou usuários de ações da natureza como chuva, sol e ventos. Todas as construções possuem telhado: residências, comércios, industrias, prédios públicos e demais edificações.

Telhado de várias águas
Via: Madeiras Barão
Como estes telhados poderiam ajudar em uma proposta de sustentabilidade? Ora, este espaço "ocioso" de uma construção pode ajudar na produção de energia e economia de água.

Ideia utópica de hoje

A proposta da semana seria utilizar estas alternativas sustentáveis nos telhados de Ribeirão Preto. A princípio os prédios públicos (escolas,unidades de saúde, prédios administrativos, entre outros) poderiam ter estes mecanismos instalados proporcionando uma grande economia para os cofres públicos. Seguem abaixo:
  1. Telhado solar
  2. Telhado verde
  3. Captação de águas pluviais
1 - Telhado solar

Telhado com placas solares
Foto via: Ciclovivo
Os painéis fotovoltaicos convertem a energia do sol em energia elétrica para a residência ou industria. Tem sido bastante usadas em diversos países e mostrado resultados bastante positivos em se tratando de economia de energia. Como o Brasil é um dos países com mais incidência de sol durante todo o ano, a energia solar tem tudo para ser viável. A ideia dos painéis não é substituir por completo a energia vinda da rede, mas sim complementa-la, gerando economia na conta de luz ao final do mês.

Vantagens:
  1. Energia limpa sem queimar nenhum tipo de combustível;
  2. Produzem energia mesmo em dias nublados;
  3. Gera energia em paralelo com a rede padrão;
  4. Por ficarem em um local de acesso mais restrito, ficam livres de ação de vândalos;
  5. Pode aliviar a rede nos horários de pico;
  6. Economia a longo prazo.
Desvantagens:
  1. Custo inicial de instalação ainda é alto;
  2. Falta de incentivos do governo dificultam a adesão em massa (redução ou eliminação de impostos na fabricação dos equipamentos;
  3. Exige profissionais capacitados para instalação e manutenção.


Outro grande avanço na geração de energia solar é a criação de telhas fotovoltaicas; são telhas que possuem pequenos painéis solares em sua constituição. Assim ela eliminam um pouco o impacto visual gerado pelas placas tradicionais.

Telhas fotovoltaícas
Via: Vida Decora
Saiba mais: Perguntas frequentes

As placas poderiam ser instaladas nos prédios pertencentes a prefeitura, semáforos e até mesmo em postes de praças e parques, reduzindo consideravelmente o custo fixo de energia do município. A prefeitura poderia fazer parceria com empresas do ramo e assim gerar energia limpa para estes prédios (mesmo que seja apenas uma iluminação de emergência). Vale lembrar que a ideia de utilizar energia solar já foi citada nas propostas de modernização dos pontos de ônibus de Ribeirão e readequação do parque Maurilio Biagi.

Postes solares instalados no parque Barigui em Curitiba-PR
Foto via: Gazeta do Povo

Caso se interesse pelo assunto, conheça este game online criado pelo Greenpeace chamado Solariza (link desativado). Nele você deve instalar painéis solares em telhados reais usando o Google Maps. O sistema mostra o custo de instalação e a economia de energia gerada a longo prazo. Até o momento 1139 telhados tiveram a "instalação" dos painéis. Uma forma educativa de ensinar sobre a energia solar.

Saiba mais: projeto Solariza (link desativado).

2 - Telhado verde

Telhado verde em edifício na França
Via: JLL.com

Neste tipo de cobertura, a laje é impermeabilizada e recebe camadas de tecido permeável, terra e sistema de drenagem, finalizando com uma camada de grama. Telhados verdes são usados com maior frequencia em países europeus atuando como isolantes térmicos, mantendo o calor dentro da residência. Até mesmo os historicamente conhecidos jardins suspensos da Babilônia utilizavam este tipo de estrutura.

No Brasil existe uma lei federal desde 2011 que incentiva que novos edifícios tenham "telhados verdes" implantado. Link da lei em PDF.

Vantagens:
  1. Bastante eficiente no controle térmico da construção. Evita a entrada do calor no verão e sua saída no inverno;
  2. Reduz as chamadas ilhas de calor, problema permanente nos grandes centros urbanos;
  3. Economia em ar concionado e aquecedores;
  4. Diminui a poluição e as enchentes;
  5. Reduz a poluição sonora da cidade;
Desvantagens:
  1. Custo elevado inicial;
  2. A laje precisa ser dimensionada para suportar o peso extra das camadas de grama e terra;
  3. Exige manutenção periótica;
Esquema das camadas de um telhado verde
Foto via: Arquidicas
A proposta do telhado verde precisa ser repassada com cuidado para que as pessoas não acreditem que basta colocar grama no telhado e assim terá um telhado verde. Trata-se de uma estrutura que exige planejamento e cuidados durante sua execução. Estruturas novas podem ter sua laje dimensionada para a futura instalação destes telhados, mas no caso de construções mais antigas, um engenheiro pode fazer uma pré-analise e informar se a laje está apta para receber um telhado verde.

Em Ribeirão, regiões mais adensadas como o Centro e grandes condomínios (exemplo, Jardim das Pedras no Jardim Paulista) poderiam ter telhados verdes, reduzindo a sensação de calor e aumentar a umidade do ar, aumentando a qualidade de vida daquela região.



3 - Captação de águas pluviais

Captação de águas de chuva em prédios.
Via: blog useaguadechuva.com 

Enquanto muitas cidades são abastecidas por rios e represas, Ribeirão Preto tem 100% de sua água retirada do Aquífero Guarani, a maior reserva de água doce do mundo. Em termos bem simplificados, se perfurássemos um poço em qualquer lugar da cidade, logo teríamos água pura e limpa para consumo. Atualmente a perfuração de novos poços é autorizada apenas pelo SAERP (o que não impede que poços clandestinos sejam criados).

Mesmo tendo água doce sob nossos pés, não é por isso que devemos gasta-la de forma imprudente. E novamente o telhado entra como parte da solução do problema, através de sistemas de captação de águas pluviais.

Solução muito usada em regiões rurais, o reuso destas águas ganhou força em 2014 com o agravamento da crise hídrica em São Paulo. Com isso, muitos sistemas caseiros e profissionais que captam a água das chuvas passaram a ser divulgados.

Esquema de sistema de captação de águas pluviais.
Via: Porte Jr.

Esta água ao passar por filtros especiais, armazenada em cisternas e pode ser utilizada para irrigação de jardins e abastecimento de pias, vasos sanitários, sistemas de incêndio e ar-condicionado, sendo que em regiões com baixos índices de poluição, esta água pode até ser usada para se beber. Já a chuva que cai em grandes metrópoles torna a água impropria para consumo devido a elevada poluição do ar.

Vantagens:
  1. Redução no consumo da água utilizada pela rede;
  2. Reduz o risco de enchentes;
  3. Pode ser instalada em qualquer ambiente;
  4. Diversidade de modelos com capacidades diferentes de acordo com o uso;
Desvantagens:
  1. As calhas precisam ser limpadas com uma frequencia regular;
  2. Exige mão de obra qualificada;
  3. A água não pode ser usada para consumo humano.
Hoje em dia é possível encontrarmos tutoriais e manuais com instruções para a instalação de sistemas de captação de baixo custo que trazem resultados bastante satisfatórios, como segue neste vídeo do canal Manual do Mundo.

Como CAPTAR ÁGUA da CHUVA para economizar
Manual do Mundo (YouTube)


Este sistema também pode ser usado pela prefeitura, principalmente em parques, assim tendo água garantida para irrigação, banheiros e até mesmo para a criação de espelhos d'água (melhoram a umidade do ar ajudam na decoração da praça em si). Uma chuva constante pode encher as cisternas e pouquíssimo tempo, garantindo a não interrupção do sistema.

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Por fim, estes sistemas trariam grandes resultados em relação a economia e preservação do meio ambiente. Caso a prefeitura adotasse estas idias, elas poderiam ser copiadas por moradores, empresários e por cidades vizinhas, nos deixando a vanguarda da sustentabilidade. Por isso ajudem a divulgar a proposta! Confiram os links e vejam mais detalhes da cada um dos sistemas propostos. Cobrem de seus vereadores e da administração municipal.

Mas muita atenção: em um ano eleitoral, saiba diferenciar um candidato sério de um candidato puramente oportunista, cujas promessas são realizadas sem nenhum critério e comprometimento para com os eleitores.

Obrigado e até a próxima postagem!


Links para pesquisa
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Viaduto da Av. Zerrener com Via Norte (Centro-Bairro)

Atualização: 26/01/2017

Dica rápida: Você pode interagir com o blog e também com a página no Facebook. Sugestões e críticas são bem vindas, afinal são propostas que interferem diretamente em nosso cotidiano.

Pontes e viadutos são construções importantes e única nas grandes cidades. Talvez por isso sejam chamadas de "obras de arte" entre os profissionais da engenharia. Quando bem executadas e planejadas, podem reduzir ou até mesmo eliminar problemas de congestionamentos na região onde ele for implantado.

Em Ribeirão Preto existem 11 viadutos dentro do perímetro urbano. Não estou incluindo os viadutos que fazem parte do Trevão e pontes:
Viaduto Ayrton Senna, acesso as avenidas
Constabile Romano e Nove de Julho.
Via: Mapio.net
Viaduto Prof. Julio Cesar Voltarelli (zona Leste)
ligando a avenida Henry Nestlé com a rotatória da
Praça Sir Winston Churchil
Via: Jornal da Clube

Seria impossível imaginar estas ruas e avenidas sem este tipo de obra de arte. E conforme a cidade cresce, novos viadutos são sendo necessários. Alguns contam no pacote de obras do PAC 2 (federal) e Pacto pela Mobilidade (municipal), ambos denominados Obras de Mobilidade Urbana, mas enquanto as licitações apresentarem problemas, estas pontes e viadutos ainda permanecerão no papel.

Bairros antigos, trânsito intenso

Enquanto o número de veículos em Ribeirão sobe ano apos ano, muitas ruas e avenidas e cruzamentos não evoluíram na mesma velocidade. Por isso é função da Secretaria de Infraestrutura e Transerp fazerem estudos ágeis e elaborarem projetos modernos e eficientes para o tráfego. Como eu já disse muitas vezes: semáforo não resolve todos os problemas de trânsito.

Por isso vou falar sobre um trecho que ao meu ver, merece mais atenção por parte da prefeitura: a região da Via Norte com a avenida Antônio e Helena Zerrener, 

Vista geral da região
Foto via: Google Maps
Vista térrea da região
Foto via: Google Street View
Esta região da Vila Tibério possui um tráfego intenso pelos seguintes motivos:
  • Início/término da avenida Zerrener;
  • Via de saída do Sumarezinho;
  • Veículos que entram na Via Norte (pela rotatória Amim Calil);
  • Presença do supermercado Carrefour ao lado da Via Norte Centro-Bairro.
Originalmente a Via Norte deveria ser uma via expressa, com poucos ou nenhum cruzamento em nível. Mas conforme a cidade foi crescendo sem planejamento, esta região ficou bastante densa, impedindo até mesmo a construção de vias marginais. Assim, parte do comércio acaba ficando com a testada diretamente na Via Norte. Acompanhe na legenda:

1- Nesta saída da Zerrener se concentram veículos que precisam entrar na Via Norte (Centro-Bairro), os que precisam ir ao Centro e os que precisam ir ao Carrefour. Futuramente, também será acesso para os futuros moradores de um condomínio que está sendo construído ao lado do Carrefour. Desta maneira, a grande maioria dos motoristas vão precisar cruzar a Via Norte até o retorno próximo ao semáforo do supermercado.

Veículos costumam parar no bordo esquerdo, aguardando a travessia.
Risco para ciclistas e outros motoristas
2- A ciclovia Via Norte termina neste semáforo de retorno e de acesso aos bairros, fazendo o ciclista encarar um trecho bastante perigoso da via, incluindo a saída da Zerrener. Para quem vem da Amim Calil de bicicleta, também terá problemas ao tentar entrar na ciclovia, que fica no canteiro central da via;

Ao fundo, final da ciclovia, obrigando o ciclista
a enfrentar um trecho de trafego intenso.
3- Os pedestres não tem nenhuma segurança ao tentarem atravessar a Via Norte. Não existem faixas de segurança e nem ao menos rampas de acessibilidade. Já nos pontos próximos a Zerrener, os pedestres ficam em pontos cegos da via e junto com a alta velocidade que os veículos desenvolve, o riscos de acidentes são bastante altos.



Com base nestas informações, temos vários pontos de conflito e tempo de deslocamento levemente aumentado.


Ideia utópica de hoje

A proposta de hoje visa melhorar o deslocamento de veículos, ciclistas e pedestres neste trecho da Via Norte com avenida Zerrener: a construção de um viaduto, extensão da ciclovia e implementação de sinalização para pedestres. Clique nas imagens para ampliar:




Viaduto

O viaduto de uma ou duas pistas sentido único começaria na avenida Zerrener, atravessaria as duas pistas, canteiro e terminaria depois do retorno semafórico. A continuação da Zerrener passaria a ser de apenas uma faixa, levando em consideração que o número de carros que a utilizaria seria reduzido. Dependendo da demanda, o viaduto poderia ter uma ciclovia no bordo direito e com ligação para a ciclovia Via Norte. Parte das palmeiras junto ao córrego precisariam ser removidas, alem da construção de uma estrutura sobre parte do córrego. No trecho onde o viaduto se finalizaria, podem ocorrer algumas desapropriações.





Outra mudança seria quanto a sinalização, pois não existe nenhuma placa de orientação de destino nas proximidades (avenidas, bairros e região).

Entrada do viaduto

Antes do retorno semafórico

Acesso à avenida Zerrener
Extensão da ciclovia

A ciclovia Via Norte seria estendida até a rotatória Amim Calil pelo canteiro central. Para evitar a derrubada de arvores, a ciclovia teria uma faixa para cada lado do canteiro. Semáforos e sinalização vertical seriam instaladas ao longo do trecho, alertando os motoristas da presença de ciclistas nos cruzamentos.




Sinalização para pedestres

Faixas para pedestres e rampas são equipamentos obrigatórios neste tipo de obra viária. As faixas seriam pintadas de forma a evitar deslocamento desnecessário do pedestre. Um semáforo do tipo botoeira seria colocado próximo ao retorno semafórico, funcionando de forma independente de todo o conjunto. Para evitar infrações, um radar poderia ser instalado junto ao semáforo e fotografar motoristas que insistirem em furar a luz vermelha. Mas para evitar transtornos, a noite depois das 22:00 este semáforo em específico não funcionaria por questão de segurança.




Como podem ver, seria uma grande transformação em todo o entorno, beneficiando quem usa carro, bicicleta ou se desloca a pé. Todo o terreno modelado na maquete assim como o viaduto foram feitos baseados em medidas aproximadas para que vocês tenham melhor entendimento do projeto. Pode ser que a proposta seja viável, pode ser que não seja. O importante é jogar a ideia para que possamos discuti-la. Abaixo mais algumas fotos em detalhe.






Ajudem a divulgar a proposta. Fico por aqui e até a próxima postagem!

Links para pesquisa
Governo de MT entrega viaduto da Sefaz
Faixas de tráfego

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Padronização de calçadas em postos de combustível

Atualização: 05/05/2022

Não importa o meio de transporte que você utilize, em alguma hora do dia você se tornará um pedestre, a peça mais frágil do trânsito. Digo isso porque caminhar nas grandes cidades tem se tornado cada vez mais difícil. Não digo apenas pela falta de educação dos motoristas, mas também pelas calçadas.

Muitas vezes o mau exemplo vem justamente
de quem deveria dar o exemplo.
Foto via: Mobilize
Calçadas irregulares com buracos, inclinações muito altas, piso escorregadio, mobiliários como caçambas, cadeiras de bares, lixeiras e bancos colocados de maneira incorreta, veículos estacionados, dentre outros obstáculos. Se para as pessoas que podem caminhar sem dificuldades isso seria um transtorno, imagine o quanto sofre uma pessoa com cadeira de rodas, um idoso, uma gestante ou um entregador com carrinho de entregas ao encarar calçadas nestas condições?


Todavia, as calçadas costumam ser lembradas apenas quando estão em uso. Em situações específicas, os condutores de veículos acabam usando os passeios como acesso aos lotes lindeiros (comércios, residências, garagens e afins) e neste processo ignoram totalmente a passagem do pedestre neste processo.

Projeto de padronização de calçadas em São Paulo-SP
Via: blog Ricardo Shimosakai

Por padrão uma calçada é dividira em três partes:
  1. Faixa de serviço: local destinado para o mobiliário urbano da rua como postes, arvores, lixeiras, hidrantes, rampas, etc.
  2. Faixa livre: é o local para a circulação de pedestres. Deve ter largura suficiente para a passagem cadeira de rodas ou pessoas portadoras de andadores ou muletas, alem do piso antiderrapante;
  3. Faixa de acesso: local que fica em frente ao imóvel, destinado a toldos, floreiras, placas, etc.

Postos de combustível x Pedestres

Em determinados momentos o pedestre terá que cruzar com alguma entrada/saída de garagem. Toda a atenção é necessária para evitarmos acidentes, mesmo sendo uma curta travessia. Mas quando falamos de postos de combustível, o risco de acidentes aumenta.

Calçada anexada ao posto de combustível no Rio de Janeiro-RJ
Via: site Urbe Carioca

Por exigência da ANP (Agência Nacional de Petróleo), a grande maioria dos postos de combustível são localizados em esquinas por questões de segurança (rápida evacuação em casos de incêndio) e para facilitar a manobra de caminhões tanque usados no abastecimento. Com isso, todo o perímetro do posto acaba tendo guia rebaixada. Isso faz com que os postos não tenham um ponto fixo de entrada/saída para veículos.

Para o pedestre, isso é bastante perigoso, pois não é dificil encontrarmos veículos estacionados neste espaço onde seria o equivalente a calçada ou pior, veículos entrando e saindo do posto em alta velocidade, podendo provocar sérios acidentes.

Fila de veículos em posto de combustível prejudica
a passagem de pedestres.
Via: ACidade ON Campinas


Ideia utópica de hoje

A proposta de hoje foi inspirada numa foto que encontrei faz alguns anos no Google, de um posto de gasolina em Santiago no Chile.

Percebam que existe uma limitação no acesso de veículos ao posto, alem de faixas amarelas para alertar a entrada e saída de carros. Neste caso, foi construída uma calçada junto a um canteiro de grama. Este tipo de acesso força o motorista a reduzir a velocidade ao entrar no posto de combustível e trás muito mais segurança ao pedestre e também para as pessoas que trabalham no estabelecimento.

A ideia seria que através de lei municipal, todos os postos de combustível de Ribeirão tivessem suas calçada padronizadas para total acessibilidade. Vale lembrar que alguns poucos postos possuem algum tipo de separação da calçada com o pátio de abastecimento. Nos demais, o pedestre precisa atravessar com atenção esta região.

Posto Shell esquina da Francisco Junqueira com
Dom João VI (atualmente desativado)
Canteiros e faixa de pedestre
Via: Google Street View
Posto Ipiranga esquina da Dom Pedro I com Bahia
com guia rebaixada em toda a extensão da testada.
Via: Google Street View
Segundo o site Mobilize, existe um decreto na cidade de São Paulo N.º 45.904, de 19 de maio de 2005, que diz:

“O rebaixamento de guia para acesso de veículos aos postos de gasolina e similares não poderá ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total da testada do lote, não podendo ultrapassar 7,00m (sete metros) contínuos, ficando vedado o rebaixamento integral das esquinas.”

Esta norma passaria a valer para todos os postos que forem construídos a partir da publicação do decreto. Os postos já existentes teriam um período de adaptação, pré estabelecido no próprio decreto. As mudanças incluiriam:
  • Faixas de pedestres nas cores branca ou amarela na área onde fica o rebaixo da calçada, para alertar visualmente motoristas e pedestres.
  • Canteiros entre a calçada e área útil do posto. No caso de postos de menor porte, seriam utilizados dispositivos como balizadores verticais ou qualquer outro que melhor se adapte.
  • Placas alertando o motorista sobre a passagem de pedestres.
Diagrama ilustrando um layout de posto
muito comum em Ribeirão Preto

Diagrama com o mesmo posto, adaptado com
as novas normas

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Mas apenas a criação da lei não é suficiente. A fiscalização é muito importante, tendo em vista que os postos de Ribeirão já passaram por diversas denuncias como suspeitas de cartelsonegação de impostos e lucro excessivo. Ou seja, muitos donos poderão ser contra a padronização das calçadas por vários motivos, dificultando a aplicação da lei. É nestas horas que o poder público precisa mostrar sua autoridade e exigir o cumprimento desta lei.

Se você já teve problemas ao caminhas em frente a postos de combustível, vai entender como esta proposta é importante. Ajude a divulga-la entre seus amigos.

Até a próxima postagem.


Links para pesquisa

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Ônibus articulados

Atualização: 14/04/2022

Sempre quando falamos sobre cidades, logo nos lembramos de suas avenidas, a maior parte do tempo ocupadas por dezenas e centenas de veículos diferentes, em sua maioria carros de passeio. Mas nem todos optam por usar o carro em seus deslocamentos, dai surgiu a necessidade da criação de um sistema de transporte em massa, que pudesse transportar uma grande quantidade de pessoas para pontos pré-estabelecidos. Hoje é dificil imaginar uma cidade que não possua uma rede de ônibus, trens ou metros.

O mais popular de todos, o ônibus, foi um dos primeiros modais criado no mundo. Existem registros de que o primeiro veículo deste porte surgiu no ano de 1798, mas foi em 1826 que foi implantada a primeira linha de ônibus da história na cidade de Nantes na França. Ela era composta por carruagens mais longas e compridas que os modelos existentes na época, puxadas por cavalos, e seguiam um itinerário fixo que ligava a cidade até uma casa de banho.

Primeiro "omninus" da história
Foto via Ebah.com

Saiba mais: Transporte público urbano parte 2 - História e evolução

Alias, a palavra Ônibus é derivada do latin omnibus, que significa "para todos". Mas o jogo de palavras vai um pouco alem; o ponto final da primeira linha de ônibus terminava em frente à uma chapelaria cujo o nome era Omnes Omnibus, que significava "tudo para todos". Este nome combinava muito bem com a proposta do novo transporte e logo foi associado a ele.

Assim o transporte foi evoluindo, onde os ônibus puxados por cavalos foram sendo substituídos ao longo da história por motores a vapor, gasolina e diesel. Outros partiram para os trilhos e alimentados pela rede elétrica, dando origem aos bondes.

No Brasil, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade do país a implantar um sistema de transporte público por ônibus, em 1817, operado via concessão dada por Dom João VI. O sistema utilizava uma carruagem de quatro rodas puxadas por cavalos ou mulas.

Primeira carruagem para passageiros no Brasil
Foto via maxwell.vrac.puc-rio.br (em PDF)

Primeiro ônibus no Brasil
Via: Programa Conta Giro (YouTube)

Ônibus em linha no Rio de Janeiro em 1963
Via: Arquivo Nacional do Brasil

Ônibus da CMTC em São Paulo, década de 80
Via: Pinterest

Ônibus de SP nos dias atuais
Foto via: Nossa SP
Das carruagens passamos pelos bondes, chegando aos ônibus dos dias de hoje. Por mais que muitos torçam o nariz para eles, é impossível imaginar uma cidade sem um sistema de transporte coletivo por ônibus em funcionamento. Eles não substituem completamente o transporte individual, mas por transportarem uma maior quantidade de pessoas por viagem, eles devem ter total prioridade nos deslocamentos diários.

Ônibus articulados

Um ônibus articulado (popularmente chamado de "sanfona" ou "sanfonado") trata-se de um ônibus que possui uma articulação para garantir a flexão entre as duas composições. A capacidade de passageiros de um articulado varia entre 120 a 150 passageiros. No Brasil, o primeiro ônibus articulado foi produzido pela Scania em 1977, o B111 RS, rodando na cidade de Goiânia - GO.

Saiba mais: Como funciona a articulação dos ônibus?

Scania B111 RS
Foto via: Ônibus paraibanos

Hoje capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e demais grandes cidades do país, utilizam os articulados em sua frota. Talvez os mais populares são de Curitiba, primeira cidade brasileira a implanta-los num sistema até antes na época desconhecido e que ficou bastante famoso no mundo todo: o BRT. Aqui no blog você poderá conferir uma proposta voltada para Ribeirão Preto.

Suas configurações podem variar. Em Curitiba os articulados costumam ter portas apenas do lado direito, em São Paulo as portas ficam em ambos os lados e no Rio de Janeiro ficam do lado esquerdo (estes são exclusivos das linhas BRT).

Entre as principais vantagens dos articulados são:
  • Seu gasto de combustível é equivalente a de dois ônibus convencionais (desde que focados em vias planas e com largura adequada);
  • Transportam o dobro de passageiros comparado a um ônibus convencional;
  • Maior vida útil, por serem construídos sobre chassis rodoviários (muito mais resistentes);
  • Por padrão vem com cambio automático, eliminando os irritantes trancos nas trocas de marchas;
  • Operam bem em ruas estreitas;
  • Quando implantados em corredores exclusivos, conseguem boa média de velocidade, variando entre 24 km/h (corredores) à 40 km/h (periferia).

Ônibus articulado em Curitiba - PR
Foto via: Skyscrapercity Transporte Público de Curitiba

Ônibus articulado em São Paulo - SP
Foto via: Via Trólebus
Ônibus articulado no Rio de Janeiro - RJ
Foto via: Blog do Ponto de Ônibus
Dos articulados saiu uma nova evolução: os biarticulados. Estes por sua vez possuem duas articulações, podem atingir entre 25 à 28 metros, podendo transportar até 250 passageiros. No Brasil, apenas Curitiba, São Paulo e Cuiabá possuem estes veículos. Curitiba mantinha o recorde mundial de maior ônibus urbano do mundo com o Ligeirão Azul, lançado em 2011 com 28 metros de comprimento.

Sim, mantinha, pois este mesmo recorde foi quebrado em 2012 por uma empresa Alemã, o AutoTram, com nada menos que 30 metros de comprimento. Todavia, o Ligeirão Azul ainda cumpre bem o seu papel e mantem Curitiba como referência de transporte público do Brasil.

Ligeirão Azul em Curitiba-PR
Via: Prefeitura de Curitiba
Saiba mais: Maior ônibus do mundo tem 30 metros de comprimento e está sendo testado na Alemanha

Vale lembrar que isso não significa substituir todos os ônibus convencionais por articulados. Os dois veículos são importantes e devem ser implantados em locais com demanda correspondente. Os biarticulados podem ser usados como linhas expressas (como em um sistema troncal por exemplo), os articulados em linhas de alta demanda, preferencialmente em avenidas e os convencionais nas demais linhas.

Ônibus em Ribeirão Preto

A empresa Antonio Achê & Cia. Ltda teve a permissão do transporte público da cidade, rodando com 15 ônibus modelo GM Coach na década de 50, considerados bastante luxuosos na época.

Família Achê e os novos ônibus GM Coach
Foto via: Família Achê.blogspot
Em 1954 a empresa Cometa assumiu o transporte público de Ribeirão, operando com novos ônibus. Anos mais tarde, a Cometa passaria a ser concorrente da recém inaugurada Transerp em 1982, operando com veículos do tipo elétricos, os nostálgicos Trólebus. Em 1984, as empresas Andorinha, Transcorp e Rapido D'oeste assumiram as antigas linhas da Cometa. A Transerp continuou em funcionamento até 1999 onde foi desativada e transformada em gestora do transporte público. As três empresas passaram a operar as antigas linhas da rede trólebus, sob condição de adquirirem novos veículos do tipo padron, com suspensão a ar, letreiro digital e ar condicionado. Estes ônibus rodaram na cidade até meados de 2002.

Ônibus da Cometa, linha Vila Virginia
Foto via: Ônibus Alagoas

Foto rara onde um trólebus e ônibus da Cometa
descem a rua Duque de Caxias no Centro
Foto via: ACidade ON

Ônibus Padron da antiga empresa Andorinha
Foto via: Skyscrapercity
De 2002 até meados de 2012 o transporte de Ribeirão não seguia um padrão sobre modelos de ônibus. Durante o período de desativação dos trólebus, a Transerp chegou a testar um ônibus do tipo articulado nas ruas da cidade. O veículo, um Torino GV com pintura branca e faixa verde padrão STPTrans, chegou a fazer testes na linha Jd. Presidente Dutra e durante um evento beneficente no Sesi Castelo Branco, fazendo a linha Centro/Castelo. Agradecimentos ao André, do fórum SkyscraperCity pela raríssima foto deste modelo.

Ônibus articulado que rodou para testes em meados de 2000
Foto via: André (fórum Skyscrapercity)
Com o novo edital firmado entre as permissionárias, o contrato estabelecia um padrão nos tipos de ônibus utilizados; algo que Ribeirão nunca teve na história do transporte público da cidade. Atualmente existem 118 linhas de ônibus na cidade, divididas entre os tipos abaixo:
  • Linhas convencionais: operadas na cor verde por ônibus comuns de 12 metros de comprimento. 91 linhas são atendidas por estes ônibus;
  • Linhas estruturais: operadas na cor azul por ônibus do tipo Padron de 13 metros de comprimento. Entre as diferenças com os ônibus comuns estão suspensão a ar, ventilação forçada de ar, maior capacidade de passageiros e duas catracas para embarque. Quatro linhas são atendidas por estes ônibus (com exceção das 399 e 499 que ainda continuam rodando com carros Convencionais);
  • Linhas alimentadoras: operadas por micro-ônibus na cor laranja com até 10 metros de comprimento. 23 linhas são atendidas por estes ônibus.
Novos modelos e pinturas dos ônibus para
Ribeirão Preto implantadas em 2013
Foto via: Marland Design

Mas e os ônibus articulados?

Durante o período de 2012/2013 enquanto os novos ônibus chegavam e começaram a rodar na cidade, a empresa Rápido D'oeste fazia testes em um articulado nas principais avenidas de Ribeirão Preto, sem fazerem muito alarde.

Ônibus articulado da Volvo em testes em Ribeirão Preto
Via: Tiago Henrique (Ônibus Brasil)

Atualização: durante o mês de Janeiro de 2017 a empresa Rápido D'Oeste esteve realizando testes com um novo veículo articulado pelas ruas de Ribeirão Preto (inclusive pela região central). As expectativas para que estes novos ônibus sejam adquiridos pelas empresas e utilizados no transporte público de Ribeirão são grandes. Caberá a prefeitura e Transerp demonstrarem interessem em realizar as modificações nas ruas por onde este modal poderá circular.

Ônibus articulado Mercedes em testes nas ruas do Centro de Ribeirão
Foto via: Ribas
Vídeo na page do Ribeirãotopia
Estes articulados ficaram em testes durante alguns meses e ninguém teve notícias dele. Inclusive no edital do transporte e Plano de Mobilidade Urbana, os articulados foram citados, junto com outros modais como VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e metrô de superfície.

E mais uma vez a Transerp mostra que não tem o menor preparo para gerir o transito e o transporte de Ribeirão, ao fazer a seguinte citação em uma reportagem da EPTV:


Na época, segundo o superintendente da Transerp - empresa que gerência o trânsito em Ribeirão Preto -, Willian Latuf, a cidade não comporta novos tipos de transporte coletivo.

"O investimento para esse tipo de veículo (metrô e trem) é alto e não se justifica, já que nós ainda não temos demanda para isso", explicou Latuf.

Nota RT: Segundo o então superintendente Latuf na época, Ribeirão não teria demanda nem para os ônibus articulados. Entendem como é importante a Transerp ser extinta e no lugar ser criada a CET Ribeirãopretana? Como alguém responsável por uma órgão tão importante pode soltar um impropério tão grande? São Paulo também possui ruas estreitas e mesmo assim os articulados são muito usados no transporte público. Como o senhor superintendente pode ver ônibus lotados rodando em horário de pico e alegar que não existe demanda?

Pois acredito que a verdade seja outra: os motivos para Ribeirão ainda não ter articulados rodando na frota vão alem de "falta de demanda", mas tem muito haver com a péssima qualidade do asfalto de nossa cidade! Apesar de não ser anunciado de forma pública, este seria o real motivo das empresas não terem adquirido. Afinal, que empresa de ônibus arriscaria comprar ônibus deste porte, para rodar em ruas e avenidas infestadas de buracos? 

Ônibus preso em buraco na Vila Tibério em Ribeirão Preto
Via: Jornal da EPTV

Quando os ônibus Padron começaram a operar em Ribeirão, muitos apresentaram problemas graves de danos na suspensão devido aos buracos e as valetas para passagem de água. Neste caso, alguns ônibus tiveram até para-choques danificados por conta da profundidade das valetas.

Ideia utópica de hoje

Ribeirão Preto já passou da hora de adquirir ônibus articulados para operarem no transporte público. A desinformação é tão grande que muitas pessoas sequer tem conhecimento deste tipo de veículo.
  • As linhas Estruturais Circular 1 e Circular 2, alem de outras linhas perimetrais (que cruzam a cidade de uma ponta a outra) possuem demanda suficiente para operarem com articulados;
  • Os articulados transportam maior quantidade de passageiros, diminuindo a necessidade de carros extras e aumentando o conforto dos passageiros;
  • Podem ser utilizados nos futuros Corredores Estruturais de Transporte.

Projeção bem amadora de um articulado nas recém
inauguradas plataformas anexo ao terminal da Jerônimo.
Foto original do ônibus via: Jornal Pequeno
Foto original da plataforma via: Nosso Rítmo
Claro que nenhuma empresa traria estes novos carros com a situação que a cidade se encontra. Temos avenidas e ruas que comportariam tranquilamente os articulados, mas que precisariam de manutenção como novas sinalizações e nova pavimentação asfáltica. Mesmo que estes ônibus possuam chassis mais resistentes, eles não aguentariam rodar em situações tão extremas, se formos considerar o pavimento atual de Ribeirão Preto.

Projeção de um superarticulado como modal
Estrutural no padrão Ritmo
Foto usada para montagem via: Blog do Ponto de Ônibus 
A desculpa do ex-superintendente da Transerp de que "a cidade não comporta" BRTs é infundada. É possível ver em São Paulo ou até mesmo em cidades de menor porte, a agilidade dos articulados em ruas mais estreitas. Até mesmo no Centro de Ribeirão é possível a passagem destes ônibus, mas pela qualidade do asfalto de ruas como Américo Brasiliense, Barão do Amazonas e Duque de Caxias. nenhuma empresa de ônibus arriscaria botar um veículo tão caro para circular (camadas de recape totalmente aparentes, deixando a angulação da rua extremamente alta e com grandes valas entre o meio fio e o leito carroçável).

Na questão segurança para os pedestres, Curitiba sai novamente na frente, desenvolvendo um sistema de alarme sonoro que é acionado quando o articulado passar por regiões com grande concentração de pessoas.

Ônibus articulado sendo testado em ruas estreitas
na cidade de Montes Claros - MG
Foto via: O Tempo

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O sistema de transporte coletivo da maior cidade do interior do estado está estagnando e nenhuma providência ou atitude vem sendo tomada. Enquanto tivermos representantes medianos e acomodados, nada irá mudar. O motivo de Ribeirão não possuir os articulados foi apenas um exemplo, pois este desleixo municipal se estende em quase todas as secretarias. Até quando você ira assistir tudo isso calado? Cobre de seu vereador, cobre dos secretários, cobre da prefeita. Apenas assim teremos a cidade que queremos e merecemos.

Até a próxima postagem.

Links para pesquisa
Campinas ganha 41 novos articulados Volvo
Ônibus - História
Ônibus articulado - História
Ebah - Transporte público urbano
A história do transporte no mundo (em PDF)
A história dos ônibus articulados de Fortaleza
História da empresa Antonio Achê & Cia. Ltda
História do transporte público de Ribeirão Preto
Os ônibus articulados são eficientes?