terça-feira, 29 de setembro de 2015

Viaduto entre as ruas Goias e André Rebouças

Atualização: 24/01/2017

Alguns bairros antigos como Ipiranga e Campos Elíseos possuem sérios problemas de mobilidade urbana. Ruas estreitas e com pavimento antigo dificultam bastante a circulação de veículos e ônibus do transporte público. Alem disso, são bairros bastante populosos, fazendo com os poucos pontos de acessos para os bairros vizinhos se transformem em um verdadeiro caos.

Um exemplo disso é a avenida Dom Pedro I, um dos principais acessos para os bairros Ipiranga, Sumarezinho, Planalto Verde, José Sampaio entre outros. Quem utiliza a avenida com frequencia, sabe que ela fica praticamente intransitável nos horários de pico, onde carros, motos, bicicletas, ônibus, caminhões e pedestres precisam dividir um espaço tão pequeno e reduzido.

Av. Dom Pedro I em horário comercial
Foto via: Folha.com.br
Enquanto isso algumas ruas muito próximas são praticamente desertas. São ruas onde apenas os moradores as utilizam (tráfego local) e muitas vezes estão em bom estado de conservação. Mas seria possível usar algumas destas ruas como alternativa para as que já estão saturadas de carros? Eu acredito que sim.

Continuação da rua Goias

A rua Goias a partir da avenida Silveira Martins (sentido Ipiranga) é uma destas ruas que passam a maior parte do tempo com um baixo fluxo de veículos. Ela continua até terminar na antiga fábrica Leite Nilza e a partir dali passa a se chamar rua Cap. Lino Engrácia de Oliveira, que segue até a rua Capitão Salomão.

Final da rua Goias
Foto via Google Street View
Se observarmos pelo Google Maps, reparem que a rua André Rebouças (que começa próximo a antiga estação Barracão) segue a mesma linha da rua Goias. Então fiquei pensando: será que seria viável interligar as duas ruas através de um viaduto?

Ideia utópica de hoje

A proposta seria exatamente esta: abrir as ruas Goias e André Rebouças e construir um viaduto interligando-as. Vamos imaginar que uma pessoa que desça a Goias precise ir até um comércio no Ipiranga. Ele faria um trajeto mais ou menos assim:


Mas se o viaduto fosse implantado, o trajeto passaria a ser assim:


Vantagens:
  • Desafogaria a rua Capitão Salomão;
  • Reduziria o tempo de deslocamento entre os bairros;
  • Acesso seguro e facilitado para pedestres e ciclistas;
  • Revitalização da região;
Desvantagens:
  • O viaduto seria apenas sentido único (Campos Elíseos - Ipiranga) o que poderia deixa-lo ocioso em alguns períodos da manhã;
  • Algumas residencias precisariam ser desapropriadas, o que envolveria uma boa negociação perante a prefeitura;
  • Resistência de moradores mais antigos que poderiam ver a abertura das ruas como uma "ameaça ao sossego".
Projeção bem abstrata de como ficaria o viaduto cruzando a Via Norte
Foto da ponte original: Portal do Servidor - GO
Com isso a Goias cruzaria totalmente as avenidas Costa e Silva e Silveira Martins, o que tornaria desnecessária a proposta anterior de Prolongamento da rua Goias, que já apresentei aqui no blog.

Pode parecer desnecessário um viaduto tão próximo a ponte que interliga a Dom Pedro com a Capitão. Mas lembre-se que estamos falando de uma das regiões mais populosas da cidade, com um fluxo intenso de veículos durante todo o dia. Dando mais esta alternativa para os motoristas, a avenida Dom Pedro I ficaria com o transito mais aliviado e trazendo até mais segurança, reduzindo o numero de acidentes.

Início da rua André Rebouças
Foto via: Google Street View
Esta proposta está alinhada com outra proposta já postada aqui no blog, a conversão da avenida Dom Pedro I em via de mão única

Se você tiver dúvidas, sugestões, elogios e/ou críticas, comente aqui nos Comentários ou lá na página do Ribeirãotopia no Facebook! Independente da ideia ser boa ou ruim, o importante é que possamos discutir propostas ou ideias para melhorarmos o trânsito de Ribeirão e cobra-las das autoridades competentes.

Até a próxima postagem!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Praça do Lanche (Food Park)

Atualização: 27/01/2021

Com a falta de tempo causados por uma rotina cada vez mais corrida, muitas vezes as pessoas não possuem tempo sequer para almoçar com tranquilidade. Com isso acabam comendo qualquer alimento vendido nas ruas e assim resolvem rapidamente este problema. Por isso é bem comum encontrarmos carrinhos de lanche espalhados pela cidade, que oferecem uma refeição de qualidade proporcional ao preço cobrado. Normalmente ficam próximos de escolas, faculdades, hospitais, alguns shoppings e avenidas em geral.

Towner adaptada para vender cachorro-quente.
Eram muito usadas na década de 90.
Via: Google Imagens

Claro que eles não funcionam apenas durante o dia. Muitos são exclusivamente noturnos, servindo de opção para aqueles que gostam de sair a noite e comer algo diferente. A variedade de opções é grande como cachorro quente, lanches na chapa, pizza, churros, temakes, hambúrguer gourmet entre outras. Em alguns casos, a rua ou avenida onde eles se instalam ficam bastante conhecidas e viram ponto de referência para este tipo de refeição:

Saiba mais: A história dos trailers de lanches em Lavras contada pelo seu criador 

Os tais carrinhos de lanche sempre existiram, mas de 2012 para cá, uma nova moda surgiu. O que podemos chamar de "a gourmetização dos trailers para lanches" ou simplesmente, os Food Trucks.

De carrinhos de lanche aos Food Trucks

Existem registros que o primeiro caminhãozinho de comida teria surgido em 1872 em Providence, no estado de Rhode Island, Estados Unidos. Tratava-se de uma carroça onde eram vendidas tortas e sanduíches para os trabalhadores de jornais. Ou seja, food truck, no começo, era sinônimo de comida barata e com nenhuma preocupação com qualidade. Hoje os food trucks oferecem comida com maior qualidade e variedades para todos os tipos de clientes.

Um dos primeiros "Food Trucks" da história
Foto via: Mobile Cuisine
Saiba mais: Food truck: saiba como surgiu essa moda

Food Truck em Londres
Foto via: Dri Everywhere

Vários Food Trucks estacionados em uma avenida nos EUA.
Via: Opinião e Notícia

Em Ribeirão Preto os "carrinhos de lanche gourmet" estão se consolidando e conquistando novos clientes a cada dia, gerando até eventos específicos em alguns shoppings da cidade para aumentar a divulgação deste tipo de serviço. O mercado se tornou tão aquecido que até mesmo foi criado um guia online indicando os principais tipos de food trucks existentes em Ribeirão Preto, o Food Truck Ribeirão.

Entretanto também aconteceram fatos como a criação de uma CEE (Comissão Especial de Estudos) por parte da câmara dos vereadores sobre a situação dos veículos que vendem comidas na cidade, sugerindo regulamentações específicas para o setor. 

Food Parks privados

Meses depois de lançada esta proposta no blog, Ribeirão Preto ganhou dois espaços para a permanência de Food Trucks que funcionam a maior parte da semana servindo os mais diversos tipos de refeições. Tratam-se do Food Park Cidade e do Botânico Food Park, ambos presentes na região sul da cidade. Infelizmente o mercado de food trucks no país acabou passando por turbulências nos últimos anos. Sendo assim, os dois food parks acabaram encerrando suas atividades em 2017


Evento de Food Trucks em um shopping no Rio de Janeiro.
Via: Veja Rio

Nota RT: Do ponto de vista pessoal, sempre quando tenho oportunidade, consumo os lanches oferecidos pelos trailers de lanches convencionais. Uma boa alternativa para um lanche rápido sem complicações e acredito que muitos leitores façam o mesmo. Já as opções de alimentos mais "gourmetizados" costumo deixar apenas para os finais de semana ou ocasiões especiais. 

É possível encontrar trailers fixos em bairros como João Rossi e Ribeirão Verde, como uma alternativa a falta de comércios nos arredores. As avenidas Treze de Maio, Presidente Vargas e Dom Pedro I são algumas onde é possível encontrar os trailers no horário noturno. No caso da Treze de Maio, a variedade de carrinhos é grande, tendo como opções de refeição lanches, pizzas e até porções de yakisoba. São trailers, picapes adaptadas, kombis e até ônibus adaptados.

Dog do Fá transformou um ônibus em uma lanchonete.
Foto via: G1.com
Mas tudo isso pode mudar em breve. Segundo a prefeitura, as vagas serão removidas para a implantação de uma terceira faixa de rolamento e futuramente para parte do corredor estrutural Leste/Oeste 2 de transporte coletivo. Alguns comerciantes já estão se preparando para ocuparem ruas perpendiculares à avenida, como alternativa. E a proposta de hoje fala exatamente sobre isto.

Atualização: até o momento, apenas a avenida Presidente Vargas teve uma remoção parcial de vagas de estacionamento. Os trailers da Treze de Maio ainda continuam operando normalmente.


Ideia utópica de hoje

Mesmo com a existência dos Food Parks que citei acima, ainda acho importante um espaço público para a acomodação de outros trailers de comida rápida na cidade. Gostaria de agradecer ao amigo André, participante do fórum Skyscraper City, que me ajudou na criação da ideia e proposta. Segundo ele, próximo ao parque Vitória Régia em Bauru - SP, existe uma praça onde todos os trailers ficam instalados. Então a proposta da semana é esta: a criação da Praça do Lanche (ou um Food Park como passou a ser conhecido). Clique nas imagens para ampliar:

Proposta para readequação da praça Reinaldo de Souza Consoni
"Praça do Lanche" - Softwares usados: Google SketchUp e Photoshop
Objetos e veículos via Armazém 3D
A ideia seria adaptar a praça Acadêmico Reinaldo de Souza Consoni (parque dos Bandeirantes) para receber os trailers de lanches espalhados ao longo da avenida. A praça em questão possui uma fraca infraestrutura e se não fossem pelas arvores presentes, seria mais um terreno abandonado pela prefeitura. A praça do Lanche concentraria diversos tipos de pratos e comidas diferentes, trazendo vida nova a praça, e movimentação para aquela região.

Praça Acad. Reinaldo de Souza Consoni atualmente.
Via: Google Street View (imagem atualizada em julho/2015)
Abaixo segue legenda com as propostas sugeridas:


  1. Baias para paradas de trailers, vans e pequenos caminhões;
  2. Espaço para mesas e clientes;
  3. Caixa de força;
  4. Readequação do pavimento interno;
  5. Iluminação diferenciada;
  6. Plantio e readequação de arvores;
  7. Renovação no mobiliário urbano da praça.
1 - Baias para paradas de trailers, vans e caminhões de lanche

Na situação atual, os trailers ficam estacionados na avenida. As baias são uma alternativa para evitar que eles fiquem parados ao longo da calçada e evitar a concentração de pessoas em um pequeno espaço disponível. Suas dimensões seriam de aproximadamente 14 metros x 4 metros, o que permitiria a parada da grande maioria dos carrinhos de lanche. O espaço seria pavimentado com paralelepípedos, que ajudariam na drenagem de águas pluviais e contaria com guia rebaixada.

Espaço adaptado para qualquer porte de veículo
que venda comida
Pavimento mais baixo para a parada dos trailers
2 - Espaço para mesas e clientes

Todas as baias teriam ao lado um espaço para a colocação de mesas e cadeiras, separados da calçada, não atrapalhando a passagem de pessoas. O espaço teria aproximadamente 14 metros x 5 metros e contaria com piso diferenciado do pavimento padrão da praça.

Espaço para cadeiras e mesas do comerciante
O espaço evitaria cadeiras ao longo da calçada
3 - Caixa de força

Alguns comerciantes costumam trabalhar com geradores portáteis ou fazem ligações direto na rede elétrica. A ideia seria instalar pequenas centrais com tomadas e evitar fios soltos em volta do veículo que esteja vendendo lanches, alem de dar mais segurança para os clientes.


4 - Readequação do pavimento interno

O piso interno da praça se encontra desgastado, com bastante desníveis, rachaduras e buracos. Alem da troca do piso, novos caminhos seriam criados no terreno para facilitar o deslocamento das pessoas pela praça, podendo ir de um trailer para o outro sem a necessidade de cortar caminho pela grama. Qualquer tipo de degrau seria removido para facilitar o acesso de cadeirantes e idosos.


5 - Iluminação diferenciada

Alem da iluminação já existente da praça, seriam colocados novos postes próximos aos trailers, controlados pelos comerciantes, justamente para evitar que os postes fiquem ligados sem necessidade nos dias de semana. Para baratear os custos da prefeitura com energia, os postes poderiam ser do tipo autônomos. Esta ideia já foi apresentada nas propostas de faixas iluminadas para pedestres e readequação do parque Maurilio Biagi.

Os postes exclusivos para a área dos trailers poderiam
ser do tipo autônomos
6 - Plantio e readequação de arvores

Ribeirão é uma cidade quente e possui um número de áreas verdes bastante baixo. Por isso, cortar as arvores da praça para a implantação das baias seria uma total burrice. Algumas podem ser removidas e replantadas na própria praça, em locais mais espaçosos, alem do plantio de novas arvores de grande porte. Até mesmo as calçadas podem receber arvores adequadas para passeios, como as quaresmeiras. Com certeza a temperatura da praça seria bem mais agradável.



7 - Renovação no mobiliário urbano da praça

Tudo o que a praça tem atualmente são bancos, e alguns já bastante danificados. Para atrair o público, o mobiliário da praça deveria ser totalmente renovado. Bancos, lixeiras, paraciclos, bebedouros e mesas deixariam o local mais amistoso para os moradores próximos e clientes que procurarem os trailers de lanches.



Algumas considerações:
  • O uso das baias seriam em sua grande maioria para os comerciantes removidos da avenida Treze de Maio;
  • A ocupação das baias aconteceria apenas no período noturno. Durante o dia, a praça funcionaria normalmente;
  • Trailers fixos seriam totalmente proibidos. A proposta é utilizar o local e ao final do expediente o comerciante leva-lo embora.
  • Cavaletes, cones e placas de orientação evitariam que veículos particulares ocupassem as vagas, claro que a fiscalização precisaria ser intensificada.
  • Caso os comerciantes prefiram, podem organizar uma espécie de associação para resolverem pequenos problemas como a manutenção do parque ou definição de baias.
  • Faixas de pedestres seriam implantadas em frente a praça. Reparem que existem as rampas para cadeirantes, mas como eles atravessariam a avenida?




Trata-se de uma estrutura totalmente diferente. Muitas prefeituras tratam estes tipos de comerciantes de forma irrelevante e sem importância. Um espaço deste tipo poderia servir de exemplo para outras cidades e resolver um problema antigo que é a ocupação irregular de trailers, que permanecem parados na via.

Gostou da proposta? Ajude a divulga-la. E seja rápido! Lembre-se que a partir de janeiro não será mais permitido este tipo de comercio ao longo da avenida Treze de Maio. Se você é cliente de algum destes carros de lanche, conhece algum amigo que possui um ou é parente de algum comerciante, ajude a discutir a proposta!

Fico por aqui e até a próxima postagem!

Links para pesquisa:

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Faixas exclusivas para ônibus

Atualização: 23/01/2017

Dica rápida: sempre veja os link para pesquisa. Você pode encontrar informações mais detalhadas sobre o assunto da postagem.

O sistema de transporte público formado por ônibus é o mais básico que uma cidade costuma oferecer e utilizar. Alguns carros, planejamento de linhas, calculo de oferta e demanda, pontos para embarque e desembarque e um terminal e pronto; temos um sistema funcional para atender uma quantidade x de usuários.

Ônibus urbanos na cidade de São Sebastião do Paraíso-MG
Via: Horário do ônibus


Ao longo dos anos, vários gestores foram inserindo melhorias para o modal ônibus seja mais vantajoso e ao mesmo tempo não gere custos excessivos. Uma destas melhorias é a proposta apresentada hoje: faixas exclusivas para ônibus.

Faixa exclusiva para ônibus em SP
Foto via: Carro Lindo
Saiba mais: Faixas exclusivas deixam os ônibus mais rápidos em São Paulo

Em suma, trata-se de uma faixa com pintura de solo e sinalização vertical (placas) indicando que ali, apenas ônibus poderão utiliza-la. Se uma avenida possui três faixas de rolamento por exemplo, uma seria usada pelos ônibus e as outras duas para o transporte individual. Mas sabemos que o motorista brasileiro não tem um costume de "respeitar o espaço do próximo", por isso radares e agentes de trânsito são importantes para punir e orientar motoristas que invadam as faixas exclusivas.

Novas faixas em São Paulo

Desde o começo na nova gestão do prefeito Fernando Haddad, a prefeitura de São Paulo tem criado novos quilômetros de vias exclusivas para ônibus. Muitas delas possuem horários de funcionamento (geralmente nas horas de pico da manhã e final de tarde) e outras funcionam em tempo integral.

Faixa exclusiva em São Paulo
Foto via: Blog Mobilidade Urbana
As vantagens apresentadas nos primeiros meses foram:
  • Diminuição no tempo de viagem;
  • Aumento da velocidade operacional;
  • Novos passageiros são atraídos para o transporte público, reduzindo a quantidade de carros em ruas e avenidas.

A implantação de faixas para ônibus divide opiniões. Muitos acreditam que as mesmas deixam o transporte mais rápido e atrativo para os usuários, Já outros acreditam que apenas "pintar a palavra ônibus" na rua ou avenida não ajuda a deixa o transporte mais ágil.

Muitas faixas possuem dias específicos e horários de funcionamento
Foto via: Blog do Ponto de Ônibus

Na minha opinião, as faixas são uma solução para curto prazo bastante eficientes. Se forem bem definidas, elas ajudam a deixar o transporte público por ônibus mais eficiente e tiram aquela imagem que "ir ao trabalho de ônibus é algo demorado". Muitos optam por utilizar o carro ou mesmo motocicleta por conta do péssimo transporte coletivo e que tivessem outras alternativas, prefeririam deixar o carro em casa. Mas no médio e longo prazo, o sistema precisa ser atualizado e até mesmo novos modais precisam ser pesquisados e implantados (ciclovias, redes de metrô, VLTs etc)

Novas faixas em Ribeirão Preto

Se em muitas cidades do Brasil isto já é uma realidade, em Ribeirão Preto as tais faixas até então eram comentadas apenas nos projetos dos editais do transporte realizado em 2012 e somente agora em 2015 a cidade ganhou suas primeiras faixas... preferenciais para ônibus.

Ônibus passando pela rua Cerqueira Cesar, Centro de Ribeirão
Detalhe para o carro e moto estacionados de forma irregular
Foto via: G1.globo.com

A partir de 14 de setembro, as faixas preferenciais passam a funcionar oficialmente em Ribeirão, com pintura de solo (bastante questionada pela má qualidade) e sinalização vertical (placas informando a preferencial do ônibus), fixadas no lado direito da via. Elas terão larguras de 7, 8 e 9 metros. Nas faixas preferenciais, carros podem utiliza-la, mas a preferencia é do ônibus. Do mesmo modo que os ônibus podem usar a faixa ao lado (para realizar ultrapassagens por exemplo).

Para efeito de comparação, as faixas exclusivas tem como principal diferença física a linha contínua dividindo as vias, o que segundo o Código de Transito Brasileiro, indica que ali é proibido mudar de via. As faixas preferenciais possuem linhas seccionadas, indicando que ali a mudança de faixas é permitida.

Informações do blog De Mala Pronta. As ruas que receberam as faixas preferenciais são:
  • Com largura de 7 metros
    • Rua Florêncio de Abreu - 700 m
    • Rua Cerqueira Cesar - 500 m
    • Rua Américo Brasiliense - 600 m
    • Rua Visconde de Inhaúma - 200 m
    • Rua José Bonifácio - 200 m
  • Com largura de 8 metros
    • Rua Saldanha Marinho - 600 m
    • Rua Duque de Caxias - 850 m
  • Com largura de 9 metros
    • Avenida Jerônimo Gonçalves - 1250 m
Faixa exclusiva para ônibus na Américo Brasiliense.
Via: arquivo pessoal

Em 2018 a rua Américo Brasiliense teve sua primeira faixa exclusiva para ônibus entre as ruas José Bonifácio e  Visconde de Inhaúma. A implantação foi decidida tendo como base a grande quantidade de linhas que utilizam a via, alem de promover um acesso mais ágil as plataformas da Estação Praça da Bandeira. Na época foram publicadas na page do blog as primeiras impressões da nova sinalização.

Muitas pessoas questionaram negativamente a prefeitura com a seguinte pergunta: Por que faixas preferenciais em vez de faixas exclusivas? Eu também fiz este questionamento. A resposta a seguir veio diretamente do Facebook oficial da prefeitura:

Pessoal, bom dia! Esse questionamento é totalmente conivente e tentaremos repassar a ideia inicial das faixas preferenciais.

Ribeirão Preto é uma cidade que realmente precisa de readequação no trânsito, e a Transerp está trabalhando, de todas as maneiras possíveis, para que essa readequação aconteça. As faixas são preferenciais? Sim, mas isso não significa que não exista estudos para a transformação das mesmas em exclusivas. É uma questão de adaptação!

A empresa optou pela instalação das faixas preferenciais, inicialmente, por trabalhar com um trânsito que não está inserido neste tipo de situação. Hoje, ônibus, carros, caminhões, motos, todo tipo de veículo pode transitar entre as faixas. Os ônibus circulam à direita, mas podem utilizar a esquerda tranquilamente. Se o esquema de faixas exclusivas fosse adotado de prima, sem uma adaptação por parte dos motoristas, não seria agradável também. A Transerp procurou uma maneira de despertar a sensatez do motorista na área central sem ele sofrer penitências graves.

Neste primeiro momento, os agentes de fiscalização de trânsito contarão com a sensibilidade e educação dos motoristas, de carro e ônibus, para chegar ao ponto metalizado. Também serão realizadas ações no centro para incentivar a preferência das faixas. Motoristas serão abordados, haverá trabalhos sonoros, distribuição de informativos; tudo para contribuir com essa "novidade".

O estacionamento nas faixas é extremamente proibido e haverá punição aos que não respeitarem a sinalização.

Qualquer questionamento, estamos à disposição!


Se querem deixar o transporte público mais rápido e eficiente, para quê continuar com testes e mais testes? O motorista e motoqueiro ribeirãopretano tem um péssimo histórico de não respeitar regras e sinalizações. Uma vez não existindo autuação, muitos simplesmente ignorarão as faixas! Isso vale também para as ruas como a Cerqueira Cesar, que tiveram suas vagas removidas e ainda é possível encontrar carros estacionados o dia todo, muitos inclusive pertencendo à comerciantes do Centro.


Caminhonete circulando livremente pela faixa preferencial.
Afinal, ninguém será punido por transitar nela
Foto via: G1.globo.com
Ideia utópica de hoje

Enquanto isso, os chamados corredores preferenciais ainda estão apenas no papel e sem previsão para implantação (apesar das datas estarem todas especificadas nos editais e todas já vencidas). No mapa Obras de Mobilidade, estão marcados todos os futuros corredores que passarão pelas principais avenidas de Ribeirão Preto. Abaixo uma breve descrição:

Corredor Norte/Sul 1: O trajeto será avenida Mugnatto Marincek, avenida Thomaz Alberto Whately, aeroporto, avenida Brasil, avenida Saudade, Centro, rodoviária, avenida Independência, avenida Presidente Vargas, RibeirãoShopping e Unip.

Corredor Norte/Sul 2: O trajeto será avenida Brasil, avenida Mogiana, avenida Paschoal Inecchi, avenida Meira Júnior, avenida Independência, Unip e RibeirãoShopping.

Corredor Leste/Oeste 1: Sairá da região do bairro José Sampaio, na rotatória da avenida Luiz Galvão César com Otávio Golfeto, avenida D. Pedro, Amim Calil, avenida Jerônimo Gonçalves, rodoviária, praça das Bandeiras, Visconde de Inhaúma, avenida Nove de Julho, avenida Costábile Romano, Novo Shopping, avenida Presidente Kennedy, rotatória Wiston Churchil. 

Corredor Leste/Oeste 2: Sairá do Novo Shopping, avenida Castelo Branco, rua Henrique Dumont, avenida Treze de Maio, avenida Capitão Salomão, avenida Saudade, rodoviária, avenida Café, rotatória da USP e Hospital das Clínicas. 

Futura rede de corredores estruturais de Ribeirão Preto
Foto extraída do documento online presente no site da
Prefeitura de Ribeirão Preto

Infelizmente novas irregularidades foram encontradas, por isso o edital para a construção dos corredores e demais obras do PAC foram novamente suspensas. A cidade precisa urgente destas obras, desde que seus projetos apresentem transparência em todos os detalhes.

Esta proposta foi adiantada aqui no blog justamente para aproveitar a "novidade" que são as faixas preferenciais na cidade, e espero que as pessoas continuem comentando. Mas de forma concreta e realista, ao contrário de muitas pessoas que veem apenas o lado negativo da situação. E se você leitor do blog for dirigir por ruas que possuem as faixas, faça o favor de respeita-las!

Então é isso pessoal. Até a próxima postagem!


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Readequação de cruzamento - Rua Rio Grande do Norte com Rio Grande do Sul

Atualização: 23/01/2017

Cruzamentos são elementos inevitáveis em uma cidade. São o maior ponto de conflito que um motorista pode encontrar, tanto que a grande maioria dos acidentes de trânsito ocorrem nestes encontros de ruas. Uma boa sinalização pode prevenir futuras colisões, mas a atenção por parte do condutor do veículo também é muito importante.

Cruzamento em Ourinhos
Foto via: Ourinho Notícias
Saiba mais: Como evitar acidentes em cruzamentos

Em Ribeirão, muitos tem apenas a placa de Pare indicando a preferencial, mas não é dificil encontrar cruzamentos totalmente vazios, sem nenhuma orientação. Estes são ainda mais perigosos, visto que, num caso de acidente, quem seria o culpado?

Mas em muitos casos, apenas a placa de Pare não resolve. São cruzamentos que possuem uma demanda razoável, onde uma placa seria pouco e um semáforo seria demais. Alias, muitos cruzamentos de Ribeirão possuem semáforos completamente desnecessários com a demanda. O pior é que uma vez instalados, eles não podem ser removidos (isso segundo conversa com um funcionário da Transerp anos atras; conversa que alias, não me convenceu)

Cruzamento no bairro Vila Virgínia
Foto via: G1.com.br

Ruas Rio Grande do Norte com Rio Grande do Sul

Este cruzamento com o nome de dois estados tão distantes, fica no bairro Sumarezinho, nas proximidades da Via Norte. Ele é o principal acesso de motoristas para o Centro. Enquanto a Rio Grande do Sul é uma via de mão dupla, a Rio Grande do Norte segue para direções opostas a partir do cruzamento. Na Rio Grande do Sul, também é proibido estacionar do lado par da via, nas proximidades do cruzamento. Proibição que é facilmente desrespeitada pelos motoristas.

Visão parcial do cruzamento
Via: Google Maps
Vou abreviar as ruas para melhor leitura do texto. Quem vem da RGS lado avenida Dom Pedro I, pode seguir reto ou descer a RGN, fazendo com o que o motorista fique parado no meio do cruzamento, confundindo os demais motoristas. E se o condutor não usar a seta então... a situação fica ainda mais complicada. O mesmo vale para quem vem pela RGS lado rua Paraná e queira subir a RGN. Diante disso tudo, fica o pedestre, sem nenhuma faixa de segurança, se arriscando em uma via que, mesmo sendo pequena, é comum flagras motoristas em alta velocidade. Clique nas imagens para ampliar:

Rio Grande do Sul, visão de quem vem da Dom Pedro I
Direita fica a Via Norte e a esquerda fica o Sumarezinho

Rio Grande do Sul, visão de quem vem da rua Paraná
Esquerda fica a Via Norte e a direita fica o Sumarezinho
Ideia utópica de hoje

Novamente reforço que não sou formado em engenharia de tráfego ou coisa parecida. Minha visão é de mero usuário; uso o cruzamento com frequencia e percebo a dificuldade da região. Por isso faço duas propostas simples para ponto em questão: reforço na sinalização e/ou implantação de mini rotatória.

Proposta 1 - Readequação de sinalização
Projeção criada no Photoshop
A Readequação é uma alternativa mais simples, pois seria o reforço da sinalização e orientação aos motoristas. Próximo ao cruzamento, a parada e estacionamento seriam proibidos para a abertura de uma segunda faixa à direita, usada para quem for seguir reto pela RGS. A faixa à esquerda seria usada como retorno, onde o motorista aguardaria em segurança para cruzar em direção a Via Norte. As faixas de pedestre dariam mais segurança para as pessoas que passam pela região.

Proposta 2 - Mini rotatória
Projeção criada no Photoshop
A mini rotatória foi uma proposta que já publiquei aqui no blog em Julho de 2015 e agora estou ilustrando um possível uso prático desta ideia. Reforço que as mini rotatórias ajudam na redução de velocidade do tráfego da região, diminuindo o número de acidentes e dando mais segurança para os pedestres.

Indicação de destino

Ribeirão tem uma carência alta de placas que sinalizam indicações de avenidas e bairros. Neste cruzamento por exemplo, não existe nenhuma placa indicando para que lado é o Centro, Vila Tibério ou Sumarezinho. Seguem alguns exemplos que poderiam ser implantados neste cruzamento.



Muitas vezes as soluções simples acabam sendo as melhores soluções. É inaceitável que uma região com um tráfego tão intenso seja tão desprovida de atenção viária. Junte isso a falta de atenção e irresponsabilidade dos motoristas e temos um cenário perfeito para acidentes.

Se você usa com frequencia este cruzamento, o que achou da proposta? Faça sugestões, críticas, ajude a divulgar esta ideia. Vamos dar um pouco de trabalho para a administração atual e mostrar que não acompanhamos tudo de maneira passiva e dócil.

Obrigado e até a próxima postagem!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Plano de Mobilidade Urbana de Ribeirão Preto

Atualização: 23/01/2017

Quem acompanha o blog e a página no Facebook, sabe que desenvolvi um mapa com todas as obras previstas no PAC 2 e Pacto pela Mobilidade de Ribeirão Preto, com uma ajuda valiosa do pessoal do grupo Infraestrutura e Transportes, do fórum SkyscraperCity (recomendo para que gosta de informações diferentes da grande mídia). Muitos moradores nem faziam ideia da existência destes projetos. Mas semana passada, muitos ficaram sabendo delas por conta de uma péssima notícia: O TCE barrou novamente a abertura dos envelopes para as licitações.

O PAC 2 prevê a implantação de obras como viadutos, túneis, avenidas, corredores para transporte público, readequação de calçadas, recapeamento de ruas e ciclovias.


Esta não é a primeira vez que acontece este impedimento. Em março deste ano, a abertura dos envelopes também foi barrada. O principal motivo são as várias irregularidades presentes nos contratos, entre elas estão falta de transparência, mesma modalidade usada nas obras da copa do mundo, a RDC (Regime Diferenciado de Contratação) e o Plano de Mobilidade Urbana que ainda não foi entregue.

Não discutirei questões políticas nesta postagem, mas por conta do futuro incerto destas obras, hoje estou postando o link para a consulta do Plano de Mobilidade Urbana de Ribeirão Preto. Nele constam informações importantes como demandas por tipo de modais e resultados de estudos feitos pela Transerp e projeções de futuras obras.

Se você se locomove por Ribeirão, seja por carro, ônibus, motocicleta, bicicleta ou mesmo a pé, deve ler pelo menos parte deste documento. Como vamos cobrar se não fazemos ideia do que é um plano de mobilidade?


Acesse o link abaixo e vamos discutir melhor o assunto e conhecer mais o trânsito de nossa cidade.




Links para pesquisa: