terça-feira, 29 de novembro de 2016

Novo Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto - Antiga Cianê

Atualização: 27/02/2021

Em algum momento da vida, qualquer pessoa pode sentir necessidade de se deslocar até alguma cidade vizinha, seja para trabalho, para estudos, para turismo ou qualquer outro motivo. Mesmo que a pessoa não possua um veículo próprio, ela tem a disposição diversos modais para realizar este deslocamento. Entre os existentes temos o modal ferroviário (trens), aeroviário (aviões), hidroviário (navios e balças) e o rodoviário (ônibus).

No Brasil o transporte rodoviário é o mais utilizado, seja para o transporte de cargas, quanto para passageiros. E quando um indivíduo precisa ir de uma cidade a outra, uma das opções com melhor custo benefício disponível são por meio de ônibus rodoviários.

Ônibus rodoviário com destino a Juiz de Fora - RJ
Foto via: Notícias Fora do Ar
Como todo modal, era necessário um local onde estes veículos pudessem parar para pegar seus passageiros com agilidade e segurança. Na década de 50, foi implantada uma forte "cultura rodoviarista", o que incentivou a construção de novas rodovias no país. E aos poucos foram surgindo as primeiras rodoviárias.

Rodoviárias (também conhecidas por Estação Rodoviária ou Terminal Rodoviário) são estruturas que realizam o embarque e desembarque de passageiros que estejam saindo ou chegando a uma cidade. Trata-se de um edifício presente em todas as cidades (sejam elas grandes ou pequenas) e podem ser administradas pela prefeitura ou através de contratos de concessão para com a iniciativa privada.

Seu funcionamento é parecido com o de um terminal urbano de ônibus: o passageiro compra a passagem em guichês e enquanto aguarda a chegada do ônibus rodoviário, tem a disposição sanitários, balcões de informação, lojas, praça de alimentação, guarda-volumes, internet via WiFi, correios, entre outros serviços. Para o viajante, a rodoviária é o primeiro contato com a cidade a qual está sendo visitada, pois isso é importante que esta estrutura possa atender todas as necessidades do recém chegado.

Plataformas de embarque da rodoviária de São José dos Campos
Foto via: Apontador
Sobre a primeira rodoviária brasileira, existe uma pequena disputa entre Vacaria-RS e Marília-SP, pois alegam que são as primeiras cidades a terem um terminal rodoviário do Brasil. Sobre a maior rodoviária, o título fica para o Terminal Rodoviário Governador Carvalho Pinto, ou mais conhecida como Rodoviária do Tietê. Esta rodoviária é a maior da América Latina e perde apenas para o Terminal Rodoviário de Nova York. No total, são 89 plataformas para embarque e desembarque de passageiros.

Área de espera e corredor de embarque da rodoviária do Tietê em São Paulo
Foto via: SkyscraperCity / Band.com
Saiba mais: Os principais terminais rodoviários do Brasil


Características e importância das rodoviárias

Assim como aeroportos e estações de trens, as rodoviárias precisam ser projetadas para que possam acomodar uma quantidade significativa de pessoas todos os dias, de forma ágil e eficiente. Sua estrutura (tanto física quanto administrativa e logística) pode ser equiparada a grandes shoppings centers, grandes hospitais e universidades; são quase como uma "pequena cidade". Seus gestores precisam estar atentos a tudo o que acontece no ambiente e evitar falhas e prejuízos a seus clientes / passageiros.

Exemplo: uma rodoviária que tenha um gerador de energia elétrica que apresente falhas constantemente (ou pior, que sequer possua um gerador). Sem energia, os guichês não poderão emitir passagens (pois dependem de um computador para fazer a impressão), não será possível saber o horário de chegada e saída de um ônibus (monitores ficarão apagados), escadas rolantes e elevadores terão seu funcionamento interrompido, freezers e geladeiras de restaurantes poderão ter seus alimentos comprometidos... são muitos transtornos que podem ser evitados ou mesmo minimizados. E se esta falha acontece justamente nas vésperas de um feriado prolongado? Já imaginou tamanho prejuízo? Talvez uma rodoviária do porte de Borá-SP (menor município do Brasil) tenha menos problemas por conta deste incidente, mas quando falamos de uma rodoviária como a do porte de Campinas-SP, a escala das coisas é infinitamente maior.

Rodoviária de Borá - SP
Via: Record TV Paulista - Youtube

Rodoviária de Campinas - SP
Via: Prefeitura de Campinas - SP
Apesar do terminal rodoviário de Campinas inaugurado em 2008 ser bastante moderno, nem todas as demais seguem o mesmo padrão. É comum encontrarmos terminais rodoviários com arquitetura e configurações que praticamente pararam no tempo, devido a falta de investimentos das empresas que administram os prédios e com a queda no número de passageiros nos últimos anos.

Rodoviárias de pequenos municípios podem permanecer com sua estrutura inalterada por anos, mas quando falamos de cidades de médio e grande porte, é preciso planejamento para que a rodoviária não fique obsoleta num curto espaço de tempo. Um exemplo é a rodoviária da cidade de Londrina-PR, que foi projetada acima de sua capacidade atual e possui 55 plataformas de embarque desembarque para passageiros. Para título de comparação, a rodoviária de Ribeirão Preto possui apenas 11 plataformas para ônibus rodoviários. 

Cidades que façam parte de alguma região metropolitana e com potencial alto de crescimento, precisam pensar em como estarão nos próximos 20 ou 30 anos. Quando projetamos uma estrutura para apenas atender uma demanda atual e imediata, estamos investindo tempo e dinheiro em algo que já nascerá defasado.

Outro fator importante é a questão de integração com outros modais de transporte. Uma boa rodoviária precisa fazer parte do sistema viário seja por ônibus, trens metropolitanos, ciclovias ou metrô. Lembre-se que um recém chegado vai precisar se deslocar pela cidade e quando temos um sistema de transporte público funcionando de maneira integrada, as pessoas conseguem dirigir-se a seus destinos de maneira rápida e ágil.

Por fim outra característica importante para uma rodoviária é sua localização. É normal que as primeiras estações rodoviárias tenham surgido em regiões próximas ao centro das cidades e com o passar dos anos foram deslocadas para novos locais. Um exemplo é a rodoviária de São Sebastião do Paraíso-MG, que fica localizada ao lado da rodovia Domingo Ribeiro Resende. Isso evita que os ônibus tenham que transitar dentro na cidade e permite que os mesmos acessem a rodovia de forma rápida e ágil. Anteriormente a rodoviária da cidade ficava ao lado da câmara municipal, bem próximo ao Centro; ou seja, os ônibus enfrentavam dificuldade para chegarem até a rodovia mais próxima.

Rodoviária de São Sebastião do Paraíso-MG

Portanto, os quatro fatores para que um terminal rodoviário tenha seu potencial maximizado são:
  1. Gestão competente;
  2. Estrutura pensada para o futuro;
  3. Integração com os demais transportes;
  4. Localização estratégica.

Rodoviária de Ribeirão Preto

Aviso: quem tiver maiores informações sobre a primeira rodoviária de Ribeirão, fique a vontade para comentar por e-mail. Elas serão acrescentadas a postagem com os devidos créditos.

A primeira rodoviária da cidade foi construída na década de 60 e chamada por muitos como Rodoviária do Triângulo. Sua localização é bem conhecida, pois esta rodoviária ficava entre as ruas Antônio Grelet, rua Alagoas e avenida Fábio Barreto, nos Campos Elísios. Desta forma, os ônibus paravam ao lado esquerdo da rodoviária, na Fábio Barreto, enquanto o lado direito da rodoviária era destinado para táxis e carros particulares.

Ao centro, em formato de triângulo, a primeira rodoviária de Ribeirão Preto
Foto via: Grupo Lembranças Ribeirãopretanas / Paulo Garde
Ônibus parado na antiga Rodoviária do Triangulo em Ribeirão Preto
Foto via: Grupo Lembranças Ribeirãopretanas / Jonnhy Caldeira 
Rodoviária do Triangulo em Ribeirão Preto
Foto via: Mauro Porto - grupo Lembranças Ribeirãopretanas
Conforme relatos de usuários do grupo, a ideia de manter a rodoviária neste local era apenas temporária, pois era uma forma de unificar as diversas "mini-rodoviárias" existentes na região da Jerônimo Gonçalves, enquanto uma nova rodoviária era construída no local da antiga estação Mogiana. Sua inauguração ocorreu em 1º de novembro de 1976 e atualmente no local da antiga rodoviária esta localizado o 9º Agrupamento de Bombeiros de Ribeirão.

Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto
Via: ACidade ON

Saguão do terminal rodoviário de Ribeirão Preto
Via: Socicam
Terminal rodoviário de Ribeirão Preto - plataformas
Foto via: Ônibus Brasil
Plataforma para ônibus suburbanos em Ribeirão Preto
Foto via: Wikipédia
A princípio a fachada do terminal é bem diferente da área de embarque e desembarque de passageiros. Isso aconteceu porque as 11 plataformas foram construídas apenas na reforma ocorrida em 2000, pois a área construída anteriormente se tornou subutilizada, não levando em conta a evolução dos modelos de ônibus da época (mais altos). Com isso, os novos ônibus sequer conseguiam parar nas antigas plataformas e atualmente esta área é destina para a parada de ônibus do tipo suburbanos.

Infelizmente a "nova" rodoviária já nascera deficiente, conforme os três pontos que destaquei algumas linhas atras. Não bastasse o prédio ser projetado de forma a não se adequar com o futuro, a localização da rodoviária compromete bastante o trânsito da Jerônimo Gonçalves. A avenida é uma das principais rotas para a região oeste e sul da cidade, sendo que várias ruas importantes do Centro outras avenidas como a do Café também terminam nesta via. O resultado é um trânsito caótico nos horários de pico e períodos pré e pós feriados.

Constantes acidentes deixam a região com trânsito bastante lento
Foto via: Revide
Saiba mais: Socicam - Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto

Entre os problemas da rodoviária atual estão:
  • Prédio subutilizado para ônibus grandes, necessitando a construção de novas plataformas;
  • Má localização; dificuldade para os ônibus acessarem e deixarem a rodoviária;
  • Reformas de 2007 foram realizadas em apenas parte do centro comercial; demais áreas pouco receberam melhorias;
  • Constante sensação de insegurança; corredores escuros e pouco policiamento;
  • Área para táxis e embarque / desembarque saturada; em períodos de feriados o transito chega a congestionar parte da avenida Jerônimo Gonçalves;
  • Pontos de parada para ônibus urbanos em frente à rodoviária são bastante subutilizados; abrigos ineficientes e com pouca iluminação;
  • Falta de segurança na travessia de pedestres em frente ao terminal; apenas o semáforo não garante a segurança na via.
Durante a gestão do prefeito na época Antônio Palocci (2001-2004) foram feitas negociações para a transferência do terminal rodoviário para outra região da cidade (o local escolhido seria um grande terreno aos fundos da Fundação Educandário), mas que por diversos motivos jamais se concretizou.

Mini-rodoviária: alem do terminal rodoviário principal, Ribeirão também possui uma míni rodoviária no bairro Jardim Paulista. Inaugurada em 1983, a estrutura oferece viagem para 14 destinos diferentes e costuma chama a atenção dos novos viajantes, sabendo que talvez Ribeirão seja uma das poucas cidade do país que possua duas rodoviárias dentro do perímetro urbano. 

Mini rodoviária no Jardim Paulista - Embarque
Foto via: Google Street View

Mini rodoviária no Jardim Paulista - Desembarque
Foto via: Google Street View
Ideia utópica do dia

Em setembro deste ano, fiz uma rápida pesquisa na página do Ribeirãotopia no Facebook sobre qual seria o melhor lugar para uma novo terminal rodoviário de Ribeirão Preto. A maioria das respostas apontaram o prédio da Cianê da antiga fábrica das Indústrias Reunidas Matarazzo como local ideal. Por isso, em comemoração a proposta de número 50 do blog, na postagem de hoje falarei sobre um projeto que elaborei para a construção de uma nova rodoviária para Ribeirão Preto. Antes, um pouco de história.


História

A antiga fábrica de tecidos entrou em operação no ano de 1945 e seguiu até 1981 quando entrou com pedido de falência. É possível que o internauta conheça algum parente ou vizinho que tenha trabalhado nas industrias Matarazzo ou Cianê nesta época, onde sempre relembrarão deste período com nostalgia. Fato é que a fábrica possuía muitos funcionários, tanto que em 1951 foram realizadas obras para a construção de casas para os operários. Em 1981 a fábrica que entrara em falência foi comprada pela Cianê (Companhia Nacional de Estamparia), que a administrou até também entrar em falência em 1994. O prédio foi tombado em 2004.

Mas isso não significa que o mesmo tenha sido preservado. Em uma matéria publicada pelo UOL em 2015 sobre a destinação de edifícios que abrigaram marcas famosas como Mappin e Mesbla, a antiga fábrica da Cianê em Ribeirão foi a única que ainda permanecia abandonada. Nos últimos anos o prédio tem servido como abrigo para usuários de crack, o que resultou em incêndios que comprometeram ainda mais o estado do edifício. Entre as promessas de revitalização, estavam desde a criação de um instituto federal de educação até a implantação de uma FATEC (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo). Novamente, nenhum dos projetos saiu do papel.

Antiga industria Matarazzo
Foto via: Elfandarilha

Visão aérea das antigas estruturas das
indústrias Matarazzo nos dias de hoje.
Via: G1.globo.com

Incêndio causado por usuários de crack e mendigos que moravam no local
Foto via: G1.globo
Saiba mais: Destino de área da Cianê ainda é incerto

Simplesmente deprimente ver um prédio com tamanha importância história para Ribeirão Preto estar completamente abandonado e sem nenhuma perspectiva de melhoria. Como nossos representantes podem falar de futuro se nem ao menos conseguimos preservar o passado e aprender com seus erros? E isso é apenas com esta edificação, pois muitas outras em Ribeirão estão em estado igual ou pior de conservação.

Por isso, segue abaixo a proposta da semana: transformar a antiga fábrica Cianê em um novo Terminal Rodoviário para Ribeirão. Clique nas imagens para ampliar:





Características e definições
  • Área total: aproximadamente 54222 m²
  • Área de cada galpão: 6820 m²
  • Número de plataformas: duas com capacidade para 15 ônibus cada (totalizando 30 baias).
  • Quantidade de espaços para locação de lojas: 58 sendo 45 para lojas e serviços e 13 para alimentação;
  • Praça de alimentação com capacidade para até 64 mesas;

Local escolhido

A princípio pode parecer uma região qualquer, mas o local para a nova rodoviária é bastante estratégico. Primeiro por ele ficar paralelo à Via Norte, que por sua vez liga-se ao anel viário norte, dando acesso a rodovia Alexandre Balbo, rota para cidades como Franca, Uberlândia e Uberaba pela rodovia Anhanguera. Também a Via Norte por terminar na rotatória Amim Calil, terá acesso sentido Oeste (avenida Bandeirantes, Sertãozinho) e ao anel viário Sul pela avenida Francisco Junqueira (Cravinhos, Campinas, São Paulo).

Mapa com principais acessos
Acessos para ônibus e demais veículos
Com isso, os ônibus rodoviários e intermunicipais teriam acesso ao terminal diretamente pela Via Norte, via esta melhor preparada para receber um tráfego maior de veículos pesados. Já a fachada para a avenida Costa e Silva ficaria destinada apenas para táxis, veículos que forem realizar embarque / desembarque, passageiros que desejem deixar seus carros no estacionamento e pedestres.

Todo projeto foi feito por base empírica, através de pesquisas via Google Maps e dados das rodoviárias de Ribeirão Preto e Campinas, alem de troca de ideias entre amigos na internet. A ideia seria utilizar os galpões da antiga fábrica, para a construção das plataformas para embarque e desembarque de passageiros, alem de lojas e guichês para compras de passagens. Abaixo os dois principais pontos a serem discutidos e estudados;
  1. Estudo preliminar do edifício: devido aos incêndios ocorridos outrora, pode ser que as estruturas do prédio possam ter sido danificadas. Em ultimo caso, seriam construídas novas estruturas metálicas para a reconstrução dos galpões, mantendo o mais próximo possível do formato original;
  2. Trabalho de terraplanagem: o terreno apresenta um grande declive que se inicia próximo a avenida Costa e Silva e segue até as margens da Via Norte. Pelo menos a região onde se encontra o galpão principal precisa estar devidamente plana;
Estas duas etapas são fundamentais para a viabilidade do projeto. Caso elas apresentem custos e trabalhos muito acima da realidade, será completamente inviável a construção de uma nova rodoviária no local.


Sendo assim, o esquema a seguir mostra a configuração da nova rodoviária:

- Prédio Norte A: Entrada para pedestres e acesso à táxis e demais veículos; balcão de informações e galeria de lojas no térreo e mezanino;

- Prédio Norte B: Galpão de embarque e desembarque de passageiros, ficando no térreo as baias e plataformas de embarque / desembarque (sendo 15 baixas para cada lado do galpão); acesso à caixas eletrônicos, elevador, escada rolante, escadas, telefones públicos e saída para o edifício garagem; no mezanino espaço destinado para 60 guichês com 2,5 metros de fachada para acomodar as 35 empresas de viagem disponíveis;

- Prédio Sul A: Entrada para veículos que queiram acessar o edifício garagem e para realizarem embarque / desembarque rápido de passageiros; setor de achados e perdidos; setor de guarda-volumes;

- Prédio Sul B: Parada rápida para desembarque embarque; no térreo, sanitários masculinos e femininos; área para carga e descarga; rampas e escadas; no mezanino, praça de alimentação e galeria de lojas diversas; acesso ao prédio Norte A.



Prédio Norte A


Fica a entrada principal para pedestres. Neste espaço o usuário terá acesso ao balcão de informações e a galeria com até 20 lojas, tendo em média 35 m² cada uma (7 m x 5 m). Os mezaninos teriam 3 metros de largura, todos protegidos por guarda corpos e seu acesso poderá ser realizado por escadas ou elevador para cadeirantes. Á esquerda ficaria o corredor de acesso ao Prédio Sul B e a frente seria o acesso as plataformas (Prédio Norte B).






Prédio Norte B


Local destinado para a parada de ônibus intermunicipais regulados pela Artesp e ônibus rodoviários com até 5 metros de altura (comportando inclusive modelos do tipo Double Deck já utilizado por algumas empresas como a Cometa). Serão 15 baias para cada lado do salão, dispostas em posição de 45º, totalizando 30 ônibus sendo atendidos simultaneamente. No mesmo piso térreo ficará a área para aguardar o embarque, alem de serviços como caixas eletrônicos, placas informativas, painéis com horários, relógio e telefones públicos. Parte do espaço pode ser alugado para empresas, com a instalação de quiosques para a venda de produtos ou serviços.

Já na parte superior (mezanino) será destinado para a venda de guichês, com 60 boxes de 15 m² para acomodar as 35 empresas que prestam serviço de venda de passagens.





















Prédio Sul A


Acesso para embarque / desembarque de veículos particulares e para o edifício garagem, servindo também de saída para o mesmo. Á direita, box destinado ao serviço de Guarda-Volumes e Achados e Perdidos. Este corredor também dará acesso ao Prédio Sul B. 





Prédio Sul B


No piso térreo encontra-se sanitários masculino e feminino (com controle de acesso seja gratuito ou pago), totalmente adaptados para cadeirantes e com área para chuveiros e fraldário. Para evitar longas filas de veículos a frente da rodoviária, este espaço é adequado para acomodar até 25 carros de maneira temporária para título de embarques /desembarques rápidos. O espaço ainda possui área administrativa e setor para separação de mercadorias. O acesso ao piso superior se dá por rampas e escadas.

Já no pavimento superior, espaço para 25 lojas diversas e 13 destinados para alimentação (como lanchonetes e restaurantes) e praça de alimentação com capacidade para 64 mesas. O piso superior dá acesso do corredor até o prédio Norte A e por sua vez até as plataformas de ônibus.


























Acessos

No acesso para os ônibus (Via Norte), serão construídas baías para aguardar o acesso as plataformas em caso de lotação. Logo ao acessarem a área útil do terminal, o ônibus seguirá pela esquerda (plataformas 1 a 15) ou pela direita (plataformas 16 a 30) conforme instruções do operador na guarita.

Abaixou uma breve explicação sobre a movimentação dos ônibus e demais veículos dentro da área do terminal:
Linha amarela: acesso de ônibus para as plataformas 01 a 15
Linha verde: acesso de ônibus para as plataformas 16 a 30
Linha azul: acesso de veículos de passeio para embarque/desembarque rápido e ao edifício garagem
Linha vermelha: acesso de veículos para carga e descarga
O acesso dos ônibus rodoviários e intermunicipais será realizado pela Via Norte. No projeto eu acrescentei vias marginais junto a via principal, ideia está publicada aqui no blog em agosto de 2016. Com vias marginais, os ônibus terão mais segurança ao executar a manobra de entrar na rodoviária. Ainda como sugestão, uma ponte poderia ser construída nas imediações que servirá como via de retorno para os ônibus que chegarem pelo anel viário norte.

Os ônibus cruzarão a via exclusiva para veículos particulares que forem acessar o edifício garagem e este edifício contará com quatro pavimentos e capacidade total para 400 veículos, alem de um outro edifício de dois pavimentos destinados para os associados das lojas e funcionários. Junto a eles também serão construídos um paracilo para viajantes e funcionários.

Destaque para a área de carga e descarga que fica próxima ao Prédio Sul B. O local possui espaço para manobra de veículos que vão desde vans até caminhões do tipo toco, com plataforma em nível e acesso ao prédio Sul B. Desta forma, mercadorias e passageiros não terão contato direto.

Os táxis ficarão posicionados junto a entrada principal, sendo que eles não terão necessidade de entrar no prédio para embarcar passageiros.

Entrada principal para pedestres, veículos de passeio e ponto de parada para táxis

Sugestão: ponte de acesso à rodoviária sentido Bairro-Centro
Entrada de ônibus intermunicipais e rodoviários



Guarita com controle de acesso

Edifícios garagem para viajantes e condôminos das lojas

Área coberta para manobra e carga / descarga de mercadorias

Fachada

O muro que fica a frente delimitando a calçada e o terreno seria demolido e no local seria implantada uma pequena praça arborizada. O antigo acesso a fábrica seria restaurado e funcionaria como um portal para os veículos que deixarem o terminal. O acesso ao pátio de manobras seria cercado com alambrados, garantindo total visibilidade das atividades da rodoviária.

Como sugestão para maximizar o trânsito do entorno, as vagas em frente a rodoviária seriam removidas, implantando assim uma terceira faixa. Parcialmente, esta terceira faixa frente a rodoviária poderia ser convertida em faixa exclusiva para ônibus, podem assim ser construída uma estação de integração de forma isolada na área de entrada principal da rodoviária. Para a segurança dos pedestres, seriam implantadas também lombofaixas nos dois lados da avenida Costa e Silva, conforme proposta já apresentada aqui no blog.

Para título de patrimônio histórico, a antiga caixa d'água seria restaurada e mantida em frente a rodoviária, assim como foram com as chaminés da antiga Cerâmica São Luiz que hoje ficam no estacionamento do Carrefour Via Norte.




Considerações finais
  • Mesmo sendo um prédio antigo, toda a tecnologia que envolva economia de energia e recursos seria aplicada. O teto dos galpões por exemplo, seriam parcialmente transparentes, para assim evitar o uso excessivo de lâmpadas;
  • A área a frente do patio de manobras pode ser utilizado no futuro para a construção de mais 15 plataformas, totalizando para 45 baias de embarque e desembarque;
  • Os ônibus que acessarem das baias 16 a 30, passariam "por dentro" do salão de embarque, separados por um muro, mas acessíveis pelo piso superior;
Sobre a antiga rodoviária

Vale lembrar que a nova rodoviária seria destina para ônibus rodoviários e intermunicipais, com isso a antiga rodoviária poderia ser destinada integralmente para os futuros ônibus metropolitanos da EMTU, previstos com a criação da Região Metropolitana de Ribeirão Preto

Desta forma, todo o terminal seria readequado e teria total integração com o Terminal Urbano Dra. Evangelina e suas plataformas em anexo.



Esta foi uma das propostas mais trabalhosas que criei para o blog; não pelo texto em si, mas para a criação da maquete eletrônica e todos os seus detalhes, alem dos dados históricos para pesquisa. Por isso ajudem a compartilha-la! Divulguem, comentem com os amigos, conhecidos e até mesmo com os novos vereadores que assumirão o pleito em 2017. A região metropolitana de Ribeirão Preto já é uma realidade, mas precisamos evoluir nossos pensamentos, afinal nós não somos mais uma cidadezinha isolada no meio do estado.

Obrigado e até a próxima postagem!


Links para pesquisa
Algodoeira da S.A. Industrias Reunidas Francisco Matarazzo
A recuperação da Cianê