terça-feira, 27 de setembro de 2016

Mapa Cicloviário de Ribeirão Preto 2016

Atualização: 01/02/2017

Dica rápida: caso estejam lendo a proposta pela primeira vez, leiam-na com calma e devagar para que possam absorver toda a mensagem passada. Ao longo da postagem é possível conferir links externos com mais informações sobre o assunto debatido.

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Mobilidade urbana é um tema bastante amplo que a poucos anos atras sequer era lembrado pelos gestores públicos. Normalmente era referido apenas ao trânsito de veículos particulares, fato que hoje já sabemos que envolve outros personagens, como o transporte público (ônibus, trens, metrô, BRT, monotrilho etc), ciclistas e pedestres. Não desmerecendo outros modais, nesta publicação irei focar no tema mobilidade urbana voltado para os ciclistas.

Enquanto países como Dinamarca e Holanda possuem uma maciça rede cicloviária existente e fortes incentivos para o uso da bicicleta no dia a dia, aqui no Brasil o tema ainda está nos seus primeiros passos e visto por muitos como algo desnecessário e irrelevante. A verdade é que não dá mais para ignorar o tema. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro já sofrem com constantes congestionamentos que não se concentram apenas nos horários de pico, mas também ao longo de todo o dia e parte da noite.

Congestionamento em São Paulo
Via: Veja
Saiba mais: Trânsito nas grandes cidades: o preço do tempo perdido

Por isso é importante que sejam discutidas alternativas que vão alem do automóvel e que incentivem o uso da bicicleta como solução alternativa para deslocamentos e mobilidade urbana. A bicicleta não deve ser vista como a "solução absoluta" e os carros como "vilões da sociedade moderna"; é possível a convivência de ambos modais de forma que todos possam sair satisfeitos e com uma coisa em mente: todos precisam de deslocar pela cidade.

As bicicletas possuem diversas vantagens. Algumas podem parecer piegas, mas não deixam de serem verdades. Seguem algumas abaixo:
  • Não gastam combustível;
  • Possuem baixo custo de manutenção;
  • São práticas e podem ser trancadas e estacionadas na grande maioria dos lugares;
  • Promovem benefícios a saúde como redução de peso e redução no risco de doenças;
  • Melhoram a qualidade de vida;
  • Não poluem o ar e não emitem ruídos;
  • Podem ser usadas por pessoas de todas as idades;
  • Acessível a qualquer classe social;
  • Não exigem habilitação para sua condução.
Ciclovia em Curitiba -  PR
Foto via: Brasil Post
Mesmo sendo um assunto bastante discutido, muitas pessoas ainda possuem resistência ao uso da bicicleta em sua rotina. Entre os mais citados são:
  • Ausência de ciclovias e ciclofaixas: são estruturas importantes para os ciclistas e que muitas cidades sequer as tem ou são bastante escassas, obrigando assim o ciclista a utilizar ruas e avenidas;
  • Falta de respeito no trânsito: muitos motoristas não aceitam dividirem um espaço, antes dominado pelos carros, com os novos ciclistas. Os resultados são os constantes riscos de atropelamentos, onde alguns são até propositais e com a certeza de total impunidade por parte dos motoristas;
  • Condições das vias: não são apenas os motoristas que reclamam dos buracos e irregularidades no pavimento, os ciclistas também sofrem com o mal estado de conservação de ruas e avenidas das cidades. Fato que pode resultar em quedas com graves riscos de ferimentos ou mesmo a vida do ciclista;
  • Violência urbana: todos estão sujeitos a roubos e assaltos, e infelizmente os ciclistas também acabam se tornando alvo para bandidos. Ruas mal iluminadas e com policiamento escasso favorecem a prática de crimes;
Entre os perfis mais comuns de ciclistas estão os que usam a bicicleta para trabalho, para estudos e para lazer. Nos bairros mais afastados do Centro, é comum um número maior de ciclistas, visto que estes utilizam a bike com alternativa ao ônibus, assim como muitos adolescentes que utilizam a bicicleta para chegarem a escola. Já em se tratando de lazer, estas pessoas utilizam a bicicleta apenas nos finais de semana, muitas vezes em parques ou nas chamadas Ciclofaixas de Lazer.


Ciclovias no Brasil

Estudos apontados pelo site Mobilize em 2015, Brasilia, Rio de Janeiro e São Paulo são as capitais com maior malha cicloviária do país, tendo entre 200 e 400 km de ciclovias implantadas. A partir da 6ª colocação, as capitais mantem uma média de 50 a 70 km de ciclovias. Conforme a cidade cresce, a malha cicloviária também precisa acompanhar seu crescimento. Do contrário teremos uma estrutura bastante defasada e ineficiente.

Estruturas cicloviárias no Brasil
Foto via: Mobilize
Por hora é preciso saber as principais diferenças entre Ciclovias, Ciclofaixas e Ciclorrotas:
  • Ciclovia: via exclusiva para ciclistas construída de forma a ficar separada do tráfego motorizado por meio de barreiras físicas como muretas, alambrados, balizadores e demais estruturas;
  • Ciclofaixa: faixa exclusiva para ciclistas, apenas pintada no chão paralela a calçada e em alguns casos com sinalizadores do tipo "olho de gato";
  • Ciclorrota: rua dotada de sinalização alertando que o ciclista possui preferência na via. Normalmente são implantadas em regiões onde o fluxo de ciclistas costuma ser maior e que se torne inviável a implantação de ciclovias ou ciclofaixas.
Foto via: Ideias Green
E a Ciclofaixa de lazer?
Elas se enquadram na categoria de Ciclovias Operacionais, uma vez que possuem separação física temporária (cones de trânsito) e permanecem em funcionamento por um determinado horário e dia da semana.


Vale lembrar que mesmo nos países citados a pouco, é impossível que todas as ruas e avenidas de uma cidade possuam ciclovias ou ciclofaixas, por melhor que seja o planejamento urbano envolvido. Em determinados momentos o ciclista precisará pedalar pelas ruas e os motoristas precisarão aceita-los e respeita-los, nem que para isso as autoridades públicas precisem agir na forma de multas e demais punições cabíveis. Alem disso, não podemos resolver todos os problemas de mobilidade com ciclovias. Elas são parte do sistema de mobilidade urbana, e como tal possuem suas vantagens e desvantagens. Um bom gestor de trânsito saberá utilizar cada ferramenta de mobilidade de tal forma que todos possam sair beneficiados.

Ciclovias em São Paulo

De todas as cidades brasileiras, a capital São Paulo passou por uma mudança radical nos últimos anos, tendo um aumento bastante expressivo em sua malha cicloviária. A gestão do prefeito Fernando Haddad (2012 - 2016) entregou aproximadamente 380 km de ciclovias (isso já somadas os 87 km existentes antes), algo bastante impressionante para uma cidade que possui a maior frota de veículos do país e uma das maiores frotas do mundo. A meta da prefeitura é entregar 400 km de ciclovias até o final de 2016 e bater a marca de 1000 km até 2030.

O caso mais famoso está na ciclovia da Avenida Paulista. Muitos jamais imaginariam que uma das avenidas mais importantes do país viesse a receber tal estrutura.

Ciclovia na avenida Paulista em São Paulo
Via: CicloVivo
Grande parte das ciclovias e ciclofaixas da capital foram implantadas em canteiros centrais de avenidas, alem da remoção de vagas de estacionamento e adaptações de calçadas. Pouquíssimas resultaram na redução de número de faixas de rolamento de ruas e avenidas (ou seja, o impacto no trânsito como um todo foi baixo). O processo de implantação foi complicado e enfrentou grande resistência dos habitantes da capital. Entre os motivos apontados contra as ciclovias são seu baixo uso por ciclistas, redução do movimento no comercio ao redor e até no "aumento no número de acidentes". Este último não faz o menor sentido, sendo que uma das funções das ciclovias é justamente reduzir o numero de atropelamentos de ciclistas.


Em um caso específico, um colégio na Vila Mariana ganhou na justiça o direito de remover a ciclovia que passava em frente ao prédio escolar. Detalhe que mesmo com a sinalização dentro das normas do Código de Transito Brasileiro, o motivo alegado é "sensação de insegurança dos pais dos alunos".

Ciclovia antes e depois de ser removida.
Foto via: Vá de Bike
Muitas pessoas ainda vem as ciclovias como um fator de risco para o trânsito, quando o propósito delas é justamente o contrário. A cultura do automóvel está tão fixada na cabeça da maioria das pessoas, que muitas acreditam que uma ciclovia possa trazer mais riscos de atropelamentos do que uma avenida com intenso fluxo de veículos, com muitos deles em velocidades acima dos 60 km/h. Ou pior: que uma bicicleta possa trazer mais riscos do que um carro. Não existindo respeito as leis de trânsito, não importa qual veículo seja, o risco de acidente é o mesmo. Mudar uma cidade é bem mais fácil do que mudar uma sociedade.

Felizmente aos poucos os paulistanos estão se acostumando com as novas ciclovias. Talvez isso possa servir de incentivo para que novos ciclistas possam surgir. Em uma cidade onde a expressão "tempo é dinheiro" é levada muito a sério, um veículo como a bicicleta pode fazer muito a diferença, tanto de ser utilizada de forma integral ou de forma integrada com transporte público.

Ciclovias em Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto existem aproximadamente 13 km de ciclovias implantadas. Para título de comparação, a cidade de Sorocaba (que possui porte semelhante com Ribeirão) possui 76 km de ciclovias. Sem levar em conta o projeto que pretende ligar Sorocaba até a vizinha Itú, com uma ciclovia expressa de será construída junto com um projeto de duplicação da rodovia SP-79. Estamos muito atrasados em relação a malha cicloviária.

Ciclovia Via Norte em Ribeirão Preto
Foto via: Folha
Alem da baixa quantidade de ciclovias na cidade, todas estão localizadas em trechos completamente isolados, excluindo qualquer chance de integração. De todas presentes, a ciclovia Via Norte é que apresenta maior uso de frequentadores, ligando o bairro Simioni até as imediações do Centro.

Por conta do baixo número de ciclovias na cidade, os ciclistas ribeirãopretanos precisam se arriscar pelas ruas e avenidas, muitas vezes bastante hostis e perigosas para quem depende da bicicleta para trabalhar ou estudar. Posso dizer com propriedade, pois utilizo a bicicleta em boa parte de meus deslocamentos e digo com todas as palavras: o transito de Ribeirão é bastante violento para com os ciclistas. Assim, aqueles que gostam de pedalar apenas por lazer, optam por frequentarem a Ciclofaixa de Lazer de Ribeirão.

A ciclofaixa funciona apenas aos domingos, das 7:00 as 13:00, fazendo ligação entre os parque Curupira e Luis Carlos Raia. O percurso conta com agentes de trânsito e colaboradores que ajudam os usuários a cruzarem as avenidas por onde a ciclofaixa funciona.

Ciclofaixa de Lazer em Ribeirão Preto
Via: Revide
Acredito que a iniciativa da Ciclofaixa de Lazer aos domingos é válida, mas inclui-la como uma opção de mobilidade urbana para a cidade é no mínimo muita irresponsabilidade. A avenida Maurílio Biagi não é nada amigável para ciclistas durante os demais dias da semana; ciclistas que a evitam justamente por conta do sério risco de acidentes. Uma ciclovia precisa ser implantada de forma a atrair pessoas que utilizam a bicicleta para trabalho, estudos, deslocamentos diversos e até mesmo para lazer.

Ribeirão possui um Plano Cicloviário que está engavetado na Câmara Municipal desde 2007 e apenas poucas vezes chegou a ser discutido pela população. A construção de ciclovias voltou a ser debatida com o anuncio do PAC da Mobilidade em 2012, que previa a construção de 30 km de ciclovias pela cidade junto com os chamados corredores estruturais do transporte público.


De todas as propostas, a que tem se mostrado mais completa é o projeto Ciclovia Entre Rios, idealizado pela arquiteta Lívia Fornitano Roveri e pelo professor da FEA/USP André Lucirton Costa. O projeto tem por base utilizar as áreas próximas dos leitos dos principais rios da cidade para a implantação de ciclovias interligadas a várias partes da cidade.

Projeto Ciclovia Entre Rios
Foto via: Ciclovia Entre Rios
Ribeirão Preto é uma grande cidade e está crescendo sem planejamento algum. Muitos fatores ainda podem ser corrigidos a tempo, evitando grandes gastos e transtornos no futuro. Já é fato que a bicicleta consegue ser mais ágil que o carro nos horários de pico na cidade, isso sem nenhuma estrutura cicloviária existente. Se começarmos a implantar tais estruturas, iremos gerar uma demanda de ciclistas bastante reprimida nos últimos anos, e este fato pode até mesmo transformar o trânsito de Ribeirão como é hoje.

Ideia utópica de hoje

Respeito a iniciativa do Ciclovia Entre Rios, entretanto resolvi criar um mapa cicloviário e acrescenta-lo ao portfólio de projetos existente no blog, que baseado em estudo empírico, pretende criar uma malha cicloviária eficiente, atendendo os principais corredores e bairros de Ribeirão Preto. O mapa é focado em deslocamentos do tipo Casa - Trabalho e demais pontos de interesse que possam gerar grande fluxo de pessoas como escolas, universidades, shoppings entre outros.

A proposta não é definitiva, o que significa que o mapa poderá sofrer alterações sugeridas pelos usuários ou outras que eu julgar necessárias.




O mapa possui um menu com as seguintes informações:
  • Ciclovias Existentes: são todas as ciclovias que já existem em Ribeirão, representadas pela cor vermelha. Extensão total: 13 km.
  • Ciclovias a Implantar: seriam construídas nos canteiros centrais das principais avenidas da cidade, que possuam entre 3 a 4 metros de largura. São representadas pela cor verde. Extensão total prevista: 104 km.
  • Ciclofaixas a Implantar: seriam construídas junto a calçada e necessitando a eliminação de vagas para estacionamento em um dos lados da via. Também podem ser construídas junto a canteiros centrais que não possuam largura suficiente para uma ciclovia. São representadas pela cor amarela. Extensão prevista: 24 km.
  • Ciclorrotas a Implantar: seriam implantadas paralelas ou próximas de ruas ou avenidas que não comportem uma ciclovia e/ou ciclofaixa e em casos mais específicos com a avenida Nove de Julho (considerada uma via histórica e tombada pelo patrimônio público). São representadas pela cor laranja. Extensão prevista: 16 km.
  • Paraciclos e bicicletários públicos: seriam colocados em locais estratégicos, próximos a locais com grande fluxo de pessoas e edifícios de interesse. Lembrando que este já foi tema da proposta de Paraciclos e Bicicletários aqui no blog.
  • Pontos de Integração: são locais onde ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas possam ser usadas como baldeação em terminais de ônibus ou estações de integração.
  • Pontos de Interesse: são locais que possuam grande fluxo de pessoas e podem ser considerados polos geradores de tráfego como shoppings, hospitais, faculdades entre outros.
Atenção: ciclovia e ciclofaixa são duas estruturas diferentes, apensar de ambas terem o mesmo objetivo. Este friso é necessário pois ficou comum muitas pessoas e até mesmo a mídia em geral confundirem estes dois termos e chamar de ciclovia qualquer espaço usado para bicicletas.

Observações importantes:
  1. Grande parte das ciclovias e ciclofaixas foram criadas de modo a gerarem o máximo de integração possível, evitando que o ciclista passe por ruas e avenidas consideradas perigosas e trazendo mais segurança em seu deslocamento. Desta forma, é possível atravessar grande parte da cidade sem precisar sair de uma ciclovia ou ciclofaixa;
  2. Todas as ciclovias localizadas em canteiros centrais serão do tipo bidirecional (fluxo nos dois sentidos), valendo a mesma regra para as ciclofaixas. Sua largura teria entre 2,50 a 3,00 metros, o que seria adequado para um fluxo de até 1000 bicicletas/hora;
  3. Ainda sobre as ciclovias nos canteiros centrais, estas devem ser construídas de forma a evitar ao máximo a extração de árvores já existentes e em regiões que possuam grande inclinação do solo (como o caso da ciclovia da Caramuru), devem passar primeiro por um trabalho de nivelação de terreno e construção de muros de arrimo. Caso o estudo demonstre sua inviabilidade, a ciclovia passa a se tornar uma ciclofaixa junto ao canteiro central da via;
  4. Sinalização vertical e semáforos seriam instalados nas avenidas com maior fluxo de veículos e ajudariam na organização e na segurança dos ciclistas;
  5. Ciclorrotas devem ser bem sinalizadas e ter seus limites de velocidade reduzidos. Elas não eliminam vagas de estacionamento e devem possuir o mesmo sentido de direção da via;
  6. Será necessária uma grande campanha de conscientização para ciclistas e motoristas. Orientações para que as estruturas sejam bem utilizadas e seu uso seja maximizado. A fiscalização para com motoristas e ciclistas também será bastante importante;
  7. GCMs e PMs com bikes passariam a fazer o patrulhamento destas novas ciclovias a fim de reduzir o número de roubos a ciclistas. Postes com iluminação em LED também ajudam a aumentar a sensação de segurança.

Grande parte das ciclovias serão implantadas no canteiro central das avenidas, o que evitaria transtornos como remoção de vagas para estacionamento e dificuldades para um futuro sistema de BRT que possa ter um dia na cidade. No mapa existem casos específicos como a ciclovia da Francisco Junqueira e Independência. Ambas são importantes avenidas da cidade e igualmente possuem seu fluxo de ciclistas. No caso da Francisco Junqueira, o único espaço disponível seriam as calçadas que margeiam o córrego e para transforma-lo em uma ciclovia seria preciso um diálogo maior com a sociedade envolvida e melhores estudos técnicos a serem encomendados. O mesmo vale para a ciclovia da Independência.

Ciclovia em canteiro de avenida em Goiânia - GO
Foto via: RMTC / SkyscraperCity Ciclovias
Ciclofaixa junto ao canteiro de avenida em Porto Alegre
Foto via: Gaúcha
Ciclorrota em São Paulo
Via: Revista Bicicleta
Em outras situações, a implantação de ciclofaixas junto aos canteiros se torna uma solução mais prática e viável. Neste caso, é preciso também a instalação de mecanismos que reduzam a velocidade das vias como radares fixos, lombofaixas e demais dispositivos. Também não estaria descartada a redução na largura das faixas de rolamento da via em questão.

Projeções

Abaixo seguem algumas projeções de como algumas avenidas poderiam ficar caso as ciclovias e ciclofaixas fossem implantadas:

Projeção de parte da ciclovia Costa e Silva
Projeção de parte da ciclovia Maurilio Biagi / Celso Chaguri
Projeção de parte da ciclofaixa Monteiro Lobato
Projeção de parte da ciclorrota Barão do Amazonas
Trabalho de divulgação

Trata-se de algo tão importante quanto a construção da malha cicloviária em si. Sem divulgação, as ciclovias e ciclofaixas terão um número bastante reduzido de usuários. Prefeitura, Secretaria de Infraestrutura, Transerp e se necessário Secretaria de Esportes e Lazer, precisam investir massivamente na divulgação destas estruturas e suas vantagens. Entidades como a ACIRP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) e SINCOVARP (Sindicado do Comércio Varejista de Ribeirão Preto) também precisam estar cientes da importância da ciclovia para o comércio da cidade. Associações de Bairros também devem entrar na discussão e ajudar tanto em sugestões como na propaganda incentivando o uso das ciclovias.


O trabalho incluiria:
  • Construção de bicicletários em escolas, incentivando assim os alunos a usarem mais a bicicleta como meio de locomoção;
  • Empresas e comércios podem investir na construção de bicicletários com vestiários para seus funcionários e clientes. Uma vaga para veículo pode acomodar até 10 bicicletas. Se necessário, a prefeitura daria incentivos fiscais para a construção destas estruturas;
  • Prefeitura e demais prédios públicos podem incentivar seus servidores a irem de bicicleta e também receberiam bicicletários, Regiões do Centro seriam bastante beneficiadas devido a maior dificuldade em se encontrar vagas para estacionamento de carros;
  • Incentivo a criação de serviços de Bikes Compartilhadas, como já existentes em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre;
  • Ônibus poderiam fazer adaptações para levarem bicicletas, aumentando ainda mais a integração entre ciclista/transporte público. São suportes que podem ser colocados tanto na frente do ônibus quanto no seu interior, de forma a não trazer transtornos aos demais passageiros.
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Paraciclo em praça de Curitiba-PR
Via: site prefeitura de Curitiba

Paraciclo em terminal de ônibus em Curitiba - PR
Foto via: Tribuna PR
Ônibus com adaptação para bicicletas em Santa Cruz do Sul - RS
Foto via: Via Trólebus
Por que isso é tão importante? Em São Paulo muitos comerciantes e motoristas tem reclamado da implantação de ciclovias baseados em informações não oficiais ou em "achismos". Muitos veem as vias para ciclistas apenas como "estorvo no trânsito" ou que elas irão "prejudicar os comerciantes" ao seu redor. Toda esta falta de informação acaba gerando um ódio completamente desnecessário para com os ciclistas e que ao final não trará nenhum benefício. Diálogo é importantíssimo.

Paralelo ao Ribeirãotopia, mantenho um outro blog chamado Bike Ribeirão, onde identifico os locais que permitem ao ciclista deixarem sua bicicleta em segurança enquanto fazem compras ou demais serviços. Sinalizo se o local possui paraciclos ou bicicletários, se possui proteção contra sol e chuva, existência de seguranças ou demais sistemas de identificação e a nota final, onde avalio como Recomendado, Recomendado em Termos e Não Recomendado. Até o momento foram avaliados 73 estabelecimentos, entre comércios, parques e prédios públicos. Destes avaliações, 53 foram classificadas como Recomendado, um número bastante alto para uma cidade que possui uma malha cicloviária tão precária. Agora imagine se existissem mais ciclovias em Ribeirão Preto?

Mapa interativo com todas as ciclovias e paraciclos
particulares existentes em Ribeirão Preto
Site: Bike Ribeirão Preto
Bicicletário no Savegnago Ipiranga
Foto: acervo pessoal
Bicicletas presas em poste no Habib's da rua São José.
Falta de estrutura prejudica os clientes.
Foto via: acervo pessoal 
Quantas pessoas deixam de pedalar ou mesmo tem vontade de incluir a bicicleta em sua rotina? Muitos pais ficam receosos em deixarem seus filhos irem de bike para a escola e não é para menos. Temos uns dos trânsitos mais perigosos e violentos do Brasil. Isso precisa ser mudado. É inconcebível que mais inocentes percam a vida em nossas ruas por conta de imprudência e negligência de nossos motoristas. 

Todos precisam entender que uma ciclovia pode ser utilizada por todos. Pelo cliente de um comércio, pelo funcionário de um comércio, pelo proprietário de um comércio; pelo estudante, pelo professor, pelo diretor da escola. As ciclovias não são uma imposição, são apenas uma opção. Você pode ir para seu destino usando o carro, o transporte público ou mesmo a pé, como também pode usar a bicicleta. Se a pessoa não possui problemas de saúde, possui um horário regular de trabalho e não precisa se deslocar por uma distância muito longa... por que não optar pela bicicleta? Não precisa ser todos os dias; pode revesar com o carro ou ônibus ao longo da semana. Você estará gastando menos dinheiro com combustível, praticará uma atividade física regular e deixará o trânsito mais livre para as pessoas que tem maior necessidade de usar o carro. Pense nisso.


Ajudem a compartilha a publicação! Use suas redes sociais, discuta com seus amigos de escola, de empresa, membros de associação de bairro e questione seu vereador e prefeito. Mais do que isso: aproveitando que estamos em ano eleitoral, questione seu candidato sobre o que ele tem em mente para os ciclistas de Ribeirão Preto. É o seu dever cobrar.

Obrigado e até a próxima postagem!


Links para pesquisa
100% da frota de ônibus de Juiz de Fora/MG terá suporte externo para bicicletas
Ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota e espaço compartilhado
Muita tinta e 2 anos depois, ciclovias passam a fazer parte da vida da cidade
Cresce aceitação da redução de velocidade e ciclovias em SP, diz Ibope
No trânsito de Ribeirão, bicicleta é mais rápida
Em Piracicaba (SP), 53% dos ciclistas usam bicicleta para trabalhar
Sobre largura mínima para ciclofaixas e ciclovias

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Ribeirão Preto na internet

Atualização: 01/02/2017

Ao longo da história foram criadas várias formas de comunicação que evoluíram de tal maneira até chegarmos ao uso massivo da internet. De todas as mídias, esta foi a que propagou-se mais rapidamente e atingindo um grande número de usuários em todo o mundo. Podemos encontrar assuntos variados em sites, blogs, portais, fóruns de discussão e demais tipos de interação. A facilidade para encontrar estes assuntos e informações foi fundamental para a criação deste blog.

Temas como mobilidade urbana, planejamento urbano e sustentabilidade são bastante discutidos em muitos sites espalhados pela rede, em níveis globais e nacionais. Mas encontrar fatos mais específicos para a cidade de Ribeirão Preto e região era algo mais complicado e muitas vezes sem resultados práticos. Este alias, foi um dos motivos para a criação do blog Ribeirãotopia: propor a discussão destes temas e propostas entre a comunidade e autoridades, para que possam um dia serem implementadas na cidade.

Ribeirão na rede



Ribeirão Preto pode ser considerada uma cidade de grande porte, uma das maiores do interior do estado de São Paulo, portanto é natural que possamos encontrar noticias relacionadas a cidade em grande quantidade. Como exemplo, farei a busca pelo termo "Ribeirão Preto" nos seguintes sites:
  • Google - site de buscas
  • Youtube - portal de vídeos 
  • Twitter - rede social e microblog
  • Facebook - rede social
  • Google+ - rede social
  • Vimeo: portal de vídeos
Google: nas duas primeiras páginas da busca, podemos notar muitos resultados apontando para páginas da prefeitura, portais de notícias (como UOL, Folha e Estadão), sites de venda online, e termos relacionados como turismo, shopping, baladas e USP.

Youtube: por ordem de visualizações, podemos encontrar vídeos com gravações amadoras de shows, notícias relacionadas a política da cidade, alguns vídeos genéricos e infelizmente vídeos de acidentes, conteúdo impróprio e sensacionalista.

Twitter: podemos encontrar twittes aleatórios de usuários que são de Ribeirão, links para portais de notícias local e algumas postagens com conteúdos impróprios.

Facebook: as buscas são separadas por páginas, pessoas, e grupos. Em destaque para páginas da prefeitura, associações, eventos, empresas diversas e muitos grupos de empregos e feira de trocas. 

Google+: pouquíssimos resultados são encontrados sobre Ribeirão Preto.

Vimeo: vídeos institucionais da prefeitura, shoppings e festas de casamento acontecidas na cidade.

Obs: serviços como Instagran e LinkedIN não foram acrescentados a pesquisa por se tratarem se postagens mais de cunho pessoal e não relacionados com a vida pública da cidade.

Fato é que Ribeirão ficou bastante em evidência depois do início da Operação Sevandija, deflagrada pela Polícia Federal no dia 1º de Setembro de 2016. Antes destes acontecimentos, era possível acompanhar as notícias pelos principais veículos de comunicação da cidade.

Para que o amigo frequentador do fórum possa se manter informado, abaixo seguem alguns links de alguns dos principais sites e portais de notícias de Ribeirão e região:
Mas quando procuramos por assuntos relacionados a mobilidade urbana ou planejamento, raramente encontramos algo sendo referido a Ribeirão Preto, com exceção do prometido e aguardado PAC da Mobilidade. No PAC estariam inclusas obras como a construção de viadutos, túneis, ciclovias e corredores para ônibus. Na época foi criado o mapa Obras de Mobilidade, com informações colhidas com a ajuda dos usuários do fórum SkyscraperCity Infraestrutura e Transportes. Passados mais de três anos, as obras sequer saíram do papel. E mesmo sendo um assunto de grande importância, muitos veículos de comunicação davam poucas informações. O mapa foi um dos primeiros a mostrar de forma mais detalhada todas as obras contempladas no PAC.

Posso dizer com grande margem de segurança que é possível encontrar muitas informações sobre obras da cidade de Ribeirão Preto por intermédio dos fóruns SkyscraperCity. O SkyscraperCity trata-se de uma rede de fóruns presente no Brasil e no mundo, onde são compartilhadas informações e notícias sobre as cidades. Abaixo seguem alguns dos links que acompanho com regularidade e aconselho o leitor a conhece-los também. São relativos a cidade de Ribeirão Preto (claro que é possível encontrar fóruns das demais cidades da região):


Cidadão ribeirãopretano e a internet

Costumo dizer que a internet é uma ferramenta bastante poderosa e útil, que se usada de maneira correta, pode trazer inúmeros benefícios aos seus usuários. Mas infelizmente muitas pessoas não conhecem a fundo este tipo de mídia, assim ficando restritos apenas a grupos de WhatsApp e páginas de Facebook. E não me refiro a pequenos grupos de pessoas, mas sim a um grande número de indivíduos que possuem dificuldade em acessarem uma simples página de internet por exemplo.

Um exemplo bastante comum são páginas de notícia no Facebook que publicam links para chamadas e que levam o usuário a notícia completa ao site em questão. Muitas pessoas sequer clicam no link e usam o espaço nos comentários para tirarem dúvidas... dúvidas estas que estão presentes na própria notícia. Segue um exemplo mais prático: um portal de notícias publica um link onde a empresa X oferece vagas para diversos cargos, horários e telefones para contatos. Logo em seguida, um usuário do Facebook pergunta nos comentários "Como faço pra ver os cargos?". Detalhe: este usuário sequer clicou no link para saber mais informações.

Sobre a falta de participação, notei isso em uma proposta recente intitulada Questionário Pergunte ao Prefeito, onde incentivei que os frequentadores da página fizessem perguntas aos então candidatos a prefeitura de Ribeirão Preto. A adesão foi incrivelmente baixa, tanto que acabei não enviando os questionários aos candidatos. Agradeço aos poucos que contribuíram, mesmo o projeto não tendo seguido em frente. Publicar as propostas sem nenhuma contrapartida dos frequentadores da page é semelhante a um palestrante que dá sua palestra para uma sala completamente vazia.

Alem dos usuários que possuem dificuldades em navegar na rede, temos os já conhecidos Haters:

Haters é uma palavra de origem inglesa e que significa "os que odeiam" ou "odiadores" na tradução literal para a língua portuguesa. O termo hater é bastante utilizado na internet para classificar algumas pessoas que praticam "bullying virtual" ou "cyber bullying". Fonte: Significados


E acredite, a internet está repleta deles. São pessoas que criticam tudo e todos, de forma gratuita e sem nenhuma intenção de ajudar perante um problema. Explico com mais um exemplo: um morador fica bastante irritado por ter seu carro danificado por conta de um buraco na rua. Este morador vai reclamar em postagens aleatórias da prefeitura, não dará detalhes sobre o ocorrido e tudo isso acompanhado de uma grande sequencia de palavrões e insultos. Claro que um fato deste deixaria qualquer pessoa furiosa, mas reclamar apenas por reclamar não irá adiantar nada. E detalhe: este usuário sequer marcou a página da prefeitura e sequer mandou uma mensagem reclamando sobre o ocorrido. Apenas os amigos deste usuário viram a reclamação.

Por isso, acredito que os principais problemas dos internautas ribeirãopretanos são:
  • Inabilidade com a internet: não conseguem utilizar o Google ou Youtube, não possuem paciência para entrar em sites por mais bem explicados que possam ser. Resumem-se apenas a navegar pelo Facebook e mesmo assim de maneira bastante limitada;
  • Falta de participação: o internauta ribeirãopretano participa muito pouco da vida online de sua cidade. Não participam de grupos de discussão sobre o tema e acham tudo isso uma "perda de tempo";
  • Reclamar, reclamar e reclamar: em qualquer publicação de sites como A Cidade ou Revide você encontrará em peso usuários que tudo o que sabem fazer é reclamar. Não importa qual seja a notícia, sempre existirá o típico reclamão para expor seus pontos negativos.
Defendo a liberdade de expressão, entretanto devemos saber usa-la de forma inteligente e eficiente. Cobrar um político ou empresa sobre algo que esteja errado é uma coisa. Xingar e ofender de forma gratuita é outra completamente diferente.

Infelizmente as notícias ruins dão muito mais ibope do que notícias boas. Basta procurar por grupos no Facebook que estejam reclamando dos problemas da cidade e verá centenas de seguidores. Eles não discutem soluções e não cobram por ações; eles apenas estão lá para reclamarem. Acredito que mesmo a página Ribeirãotopia tendo poucos seguidores, estes são seguidores otimistas e realistas, que sabem que apenas reclamar e xingar nas redes sociais não ajuda nada. Precisamos discutir soluções. Por isso eu elaboro as propostas e compartilho para que todos também as compartilhem.

Por fim darei dois exemplos de propostas já publicadas no Ribeirãotopia e foram compartilhadas: Uma delas foi a proposta de Volta do Terminal Carlos Gomes e compartilhada pela página Troque Todos. Muitas pessoas comentaram e trocaram ideias sobre o projeto. Teve sugestões, elogios e criticas, mas todas dentro do contexto de discussão e totalmente válidas. A outra foi a proposta de Prolongamento da rua Goas até a avenida Costa e Silva; que compartilhei em um grupo de Facebook a qual não participo mais. O único comentário foi de um usuário que classificou a proposta como "ridícula", apontando os vários motivos dela jamais dar certo. O problema é que este mesmo usuário sequer deu uma alternativa ao projeto. Ele apenas queria reclamar.


No fundo são pessoas deprimidas e depressivas. Elas não aceitam que as boas ideias sejam discutidas. Elas apenas querem reclamar que "nada irá dar certo" e este tipo de sentimento é tão tóxico quanto uma doença contagiosa. Um reclamão pode contaminar todos que estejam a sua volta.

Algumas dicas para melhorar a qualidade de suas pesquisas:
  1. Cuidado com os boatos. Não compartilhe uma notícia polêmica sem ter certeza de sua veracidade. Links e mensagens que imploram para que sejam compartilhados tem fortes indícios de serem falsos;
  2. Mantenha uma lista de contatos confiável. São pessoas que você pode contar com informações reais e sólidas, que possuam fontes seguras de suas informações;
  3. Mantenha-se atualizado. Sites de notícia regionais podem passar muitas informações úteis, assim como páginas no Facebook. Foque naquelas que realmente postem conteúdos sérios;
  4. Critique, mas não exagere. Cobrar um vereador ou administração municipal é válido e todos devem fazer. Mas a partir do momento que nos reservamos apenas a ofensas e palavrões, perdemos toda a razão daquela reclamação;
  5. Compartilhe. Pode parecer contraditório com o 1º item, mas aqui me refiro a boas notícias ou aquelas que sejam realmente relevantes. Isso ajuda a criarmos uma corrente de fatos, mantendo todas as pessoas de nosso circulo de amizade informadas.
Por isso a postagem de hoje não se trata de uma mera proposta, mas sim um pedido: vamos utilizar a internet de forma mais inteligente e eficiente. Não vamos nos resumir a meros hater despreparados que tudo o que sabem saber é cuspir fogo em qualquer comentário ou notícia que aparecer pela frente. Precisamos quebrar este ódio desnecessário e focar na discussão de ideias. Eu ainda acredito que sim é possível termos este debate. Ser pessimista irá resolver os problemas da cidade? Eu acredito que não.

Obrigado e até a próxima postagem!


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Na era do WhatsApp, jovens deixam de usar emails, blogs e até fóruns

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Projeto Cidade Humana - IPCCIC

Existem muitos sites, blogs e páginas de Facebook que costumam falar sobre os problemas das cidades. Em Ribeirão Preto não é diferente. Mas a questão não é o fato de estarem reclamando, já que esta é uma forma de manifestação válida, mas sim por apenas se concentrarem nas reclamações e não mostrarem soluções para os problemas apresentados. Soluções estas que vão desde ideias mais simples porem eficientes até as mais complexas e que exigem um maior diálogo com o poder público e sociedade.

Ideias de cunho mais fantasiosos ou utópicos também costumam entrar nestas discussões, mas os que as divulgam precisam ter consciência que nem todas as pessoas as aceitarão, por diversos motivos como alta complexidade, custos altíssimos para implantação ou total falta de visão no desenvolvimento da ideias.

O primeiro passo é reunir estas ideias e divulga-las. Muitos optam por fazer de forma individual e anônima; outros se reúnem em grupos de pessoas que possuam os mesmos ideias. E a postagem desta semana fala exatamente sobre isso.

Um grupo de profissionais de diversas áreas tem se esforçado para divulgar suas ideias para Ribeirão Preto. Este grupo criou um instituto, o Instituto Paulista de Cidades Criativas, também conhecido como IPCCIC. 

Reunião entre os membros do IPCCIC
Foto via: IPCCIC
Saiba mais: Site oficial do IPCCIC

A ideia do instituto é a divulgação de propostas de desenvolvimento e estratégias para curto, médio e longo prazo para Ribeirão Preto. Os projetos são focados em áreas como educação, preservação do patrimônio, planejamento urbano, economia sustentável entre outros assuntos. O grupo não possui interesses políticos e tem como principal objetivo a troca de ideias para a cidade.

Recentemente no último dia 8 de setembro de 2016, no centro de eventos do RibeirãoShopping, o IPCCIC fez o lançamento dos cadernos, onde são ilustradas as propostas com maiores detalhes e suas soluções.

Apresentação do trabalho no centro de convenções RibeirãoShopping
Foto via: ACidade
O projeto é denominado Seja Comunidade Cidade Humana. Para quem tem interesse em conhecer o material, basta acessar o site do instituto e na aba Seja Comunidade, você poderá baixar os cadernos com todas as informações, que vão desde levantamentos históricos da cidade e estatísticas, até as propostas de fato apresentadas. São no total três cadernos (sendo o caderno 1 dividido em duas partes):

  • Caderno 1 - Referências Identitárias
    • Caderno 1b - Referências Identitárias
  • Caderno 2 - Planejamento Estratégico a partir das Potencialidades
  • Caderno 3 - Projetos e Programas

Saiba mais: página do IPCCI no Facebook

O material é uma peça muito importante para que possamos discutir novas soluções para a cidade de Ribeirão Preto, sendo de leitura obrigatória principalmente entre os candidatos a prefeito e vereadores que concorrem as eleições de 2016, visto que estes terão que tomar decisões sobre o futuro da cidade, tendo os cidadãos ribeirãopretanos como aliados e parceiros.

Decidi fazer a divulgação destes materiais por acreditar que boas ideias devem ser compartilhadas. Estamos vivendo dias com muitas incertezas, principalmente na esfera municipal devido aos últimos acontecimentos da Operação Sevandija coordenada pela Polícia Federal. Por isso este é o momento para refletirmos sobre escolhas do passado e pensarmos como queremos uma Ribeirão para o futuro. A frase pode parecer piegas, mas ela é a que melhor se adequá ao momento.

Conheçam o projeto e vamos multiplicar boas ideias e trabalharmos para que elas um dia se tornem algo real e concreto.

Até a próxima postagem!


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Instituto apresenta estratégias de desenvolvimento para Ribeirão Preto