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Lombadas eletrônicas

As lombadas, também conhecidas como redutores de velocidade, são elevações no pavimento das vias utilizadas para reduzir a velocidade dos veículos em locais específicos, como áreas residenciais, proximidades de escolas, hospitais ou cruzamentos movimentados. As funções principais das lombadas são a redução de velocidade, prevenção de acidentes e controle de tráfego, sendo um dispositivo de traffic calming utilizado com frequência em muitas cidade pelo mundo.

Mas infelizmente, muitas delas não seguem os critérios técnicos ao serem instaladas e o resultado disso é que temos um dispositivo que pode danificar o veículo e até provocar novos acidentes, ao contrário de sua proposta inicial.

Alem disso, a falta de padronização permitiu que outras soluções no mínimo bizarras fossem criadas, como a colocação de tachões na transversal da via. Foi dai que as lombadas acabaram ganhando o infame apelido de "quebra-molas". Atualmente este tipo de redutor está proibido de ser instalado nas vias brasileiras (apesar de ser comum encontra-los em condomínios fechados ou estacionamento de shoppings) tendo seu uso liberado apenas como auxiliar das linhas de canalização de tráfego.

Lombada convencional - Via: Blog Auto Serviços

Tachões em rua de Ourinhos - Via Negocião


Lembrando que no blog outro dispositivo já foi citado posteriormente, as faixas de travessia em nível para pedestres (lombofaixas).


Lombada eletrônica - Uma invenção brasileira

Em 20 de agosto de 1992, na cidade de Curitiba-PR, foi implementada a primeira lombada eletrônica e esta tecnologia completou 32 anos em 2024. A pioneira foi instalada em frente a uma escola no bairro de Xaxim, com a ideia de reduzir a velocidade e proporcionar mais segurança aos pedestres, neste caso, a maioria crianças. As lombadas eletrônicas foram homologadas junto com a atualização do Código de Transito Brasileiro em 1994.

No caso da lombada de Curitiba, foi criado um canteiro central por conta da via ser de mão dupla; fator este que ajuda na redução de velocidade dos veículos que por ela cruzarem.

Primeira lombada eletrônica em Curitiba - Via G1 Paraná

A lombada eletrônica seria um "hibrido" entre radar, lombada e faixa de segurança, programada para autuar motoristas que passem o limite máximo permitido naquela região. Ao contrário do radar, que pega a velocidade média do veículo ao longo da via, a lombada eletrônica foca apenas na região onde ela é instalada.

Por serem ao níveo do solo, as lombadas eletrônicas não causam desgastes na suspensão dos veículos que por ela passam, porem exigem que o condutor reduza a velocidade naquele ponto específico.

Lombada eletrônica - Via: Soluções Industriais/

Saiba mais: Como funciona a lombada eletrônica?

Ideia utópica de hoje

Em Ribeirão Preto, nem todas as lombadas seguem critérios técnicos. Muitas são altas demais, possuem pintura desgastada e até mesmo buracos. Alem disso, acabam se tornando ineficientes para motoqueiros, já que muitos acabam passando entre a lombada e a sarjeta em alta velocidade.

Lombadas irregulares na avenida Patriarca - (pouca distancia entre elas e dimensões fora do padrão do CONTRAN)
Lombada irregular na avenida Pio XII -  (medida fora do padrão)

Em Ribeirão Preto muitas lombadas costumam ser instaladas antes das faixas de pedestres, como uma forma de fazer com que o condutor dê preferência ao pedestre no momento que reduz a velocidade. No entanto sabemos que esta é uma solução bastante improvisada, quando o correto nestes casos seria a implementação de uma faixa elevada (lombofaixa).

Sobre radares, atualmente a cidade conta apenas com dispositivos do tipo móvel, que funcionam em regime de escala nas principais avenidas e não operam aos finais de semana.


Conclusão

É inadmissível que este tipo de dispositivo viário ainda não seja realidade em Ribeirão Preto, onde grande parte dos problemas de trânsito costumam ser resolvidos unicamente instalando semáforos. As lombadas eletrônicas podem ser grandes aliadas na segurança do trânsito e assim servindo como uma forma de disciplinar os condutores que insistem em trafegar acima da velocidade permitida em regiões sensíveis como unidades de ensino e de saúde.

Obrigado pela audiência e nos vemos na próxima publicação.

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Comentários

  1. Muito boa ideia, tem n avenidas que se beneficiariam disso ou de um semáforo eletrônico que fecha se o camarada vem em alta velocidade, como tem em Portugal.

    Eu só acho estranho que o sistema apareceu por aqui (no estado de SP) uns 15-20 anos atrás e não se popularizou, tendo sido cada vez mais raro de ser visto.

    Será que é ineficiência em reduzir acidentes ou o lucro operacional que é baixo ?

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