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Como identificar um político populista?

Com a proximidade das eleições municipais de 2024, o tema política volta a ser bastante citado entre as pessoas, veículos de imprensa e principalmente entre a própria classe política. Por mais que seja um assunto visto como "chato, complexo e cansativo", é muito importante que o cidadão tenha ao menos o básico de conhecimento para assim poder realizar a escolha correta sobre quais indivíduos devem representa-lo na esfera executiva (prefeitura) e legislativa (câmara de vereadores).

A principal função da política é que os envolvidos possam chegar em acordos que tragam benefícios a todos os cidadãos, proporcionando justiça para a sociedade e assim garantindo que a mesma funcione de forma correta. Alem disso a política é a principal forma de relacionamento entre os cidadãos e o governo (seja municipal, estadual ou federal), pois ela irá garantir que todos sejam ouvidos e seus interesses sejam atendidos. Por se tratar de um tema complexo, surgiu ao longo do tempo o curso de Ciências Políticas onde o aluno aprende sobre a lógica da vida em sociedade e o papel da política nesta mesma sociedade.
Para quem tiver mais interesse sobre o tema, segue um artigo do blog Descomplica sobre como surgiu a política neste link.


Políticos populistas

Contudo em meio ao debate político, infelizmente é comum surgirem aquelas pessoas que prometem resolver todos os problemas da sociedade de forma mágica e surreal, enquanto esbanjam um carisma caricato que pode convencer até o mais incrédulo dos eleitores a seguirem suas ideias surreais. Desta forma, podemos classifica-los como políticos populistas.

Excesso de carisma e forte apelo emocional são
algumas das características que definem um populista.

Um político populista é aquele que busca ganhar apoio popular ao adotar discursos e medidas simplistas, muitas vezes apelando para emoções e prometendo soluções rápidas para problemas complexos. Com grande poder de manipulação, esse tipo de líder tende a explorar sentimentos de insatisfação e descontentamento, destacando-se como defensor do povo contra supostas elites. A prejudicialidade ocorre quando esses líderes comprometem a integridade das instituições democráticas, minam a governança eficaz e promovem políticas de curto prazo que podem ter consequências negativas a longo prazo para a sociedade.

Neste tipo de situação a formação dos chamados "currais eleitorais" é bastante presente, onde o político populista sempre terá o apoio necessário para suas ideias surreais e absurdas, mesmo fora do período eleitoral. Lembrando que não existe problema em apoiar político A ou B, mas sempre devemos nos policiar sobre o quanto de atenção estamos desprendendo para este político, para que este apoio não se transforme em fanatismo.

Apesar de ser uma expressão antiga, os currais eleitorais ainda existem
porem com adaptações ao mundo atual.

Identificar um político populista pode ser desafiador, pois eles muitas vezes usam estratégias carismáticas e retóricas persuasivas para atrair o apoio popular. No entanto, aqui está uma lista de 15 características e comportamentos comuns que podem ajudar a identificar um político populista:

  1. Carisma excessivo: Políticos populistas frequentemente exibem um carisma marcante e magnético, capaz de cativar as massas.
  2. Retórica simplista: Eles tendem a simplificar questões complexas, oferecendo soluções fáceis e diretas para problemas complexos.
  3. Discurso anti-establishment: Populistas frequentemente se apresentam como outsiders que lutam contra a elite política e econômica, culpando-os por todos os problemas da sociedade.
  4. Apelo emocional: Usam discursos carregados de emoção e apelam para sentimentos de raiva, medo ou esperança para mobilizar o público.
  5. Divisão social: Populistas muitas vezes dividem a sociedade em "nós contra eles", criando inimigos ou bodes expiatórios para culpar por problemas.
  6. Nacionalismo excessivo: Podem promover um nacionalismo agressivo, enfatizando a superioridade do país e criticando acordos internacionais e organizações globais.
  7. Promessas de mudança radical: Populistas costumam fazer promessas de mudanças dramáticas e rápidas, mesmo que sejam difíceis de alcançar na realidade.
  8. Uso de meios de comunicação populares: Eles muitas vezes aproveitam as redes sociais e outras formas de comunicação direta para contornar a mídia tradicional e chegar diretamente ao eleitorado.
  9. Ataques à imprensa: Populistas tendem a desacreditar a mídia independente e rotulá-la como "notícias falsas" para minar a confiança do público nas instituições.
  10. Personalização do poder: Populistas frequentemente concentram o poder em si mesmos, enfraquecendo instituições democráticas e limitando o equilíbrio de poder.
  11. Apego à imagem de homem/família comum: Podem retratar-se como pessoas comuns, identificando-se com a população e enfatizando sua conexão com as lutas da classe trabalhadora.
  12. Ignorar regras e normas democráticas: Alguns populistas podem mostrar desrespeito pelas normas democráticas, como a independência judicial, a liberdade de imprensa e a separação de poderes.
  13. Polarização política: Populistas muitas vezes polarizam a sociedade, criando uma atmosfera de confronto e hostilidade entre grupos políticos.
  14. Estratégias de comunicação direcionadas: Eles usam estratégias de comunicação direcionadas para diferentes grupos de eleitores, adaptando sua mensagem conforme necessário.
  15. Promessas de resgate do passado: Populistas podem apelar para um passado idealizado, prometendo restaurar a grandeza de tempos passados.


Lembrando que essas características podem variar de acordo com o contexto político e cultural de cada país. Identificar um político populista requer análise crítica e atenção aos detalhes de seu discurso e comportamento.


Papel do eleitor

O sistema político está longe de ser perfeito. Por este motivo muitas pessoas preferem se afastar de todos estes fatos e seguir suas vidas a ponto de sequer se lembrarem em quem votaram nas últimas eleições. Alguns vão alem acreditando que ao anularem seus votos ficariam assim isentos de qualquer responsabilidade que tal político eleito possa ter.

Isso não significa que devemos falar e respirar política 24 horas por dia, porem que ao menos tenhamos o básico de conhecimento sobre os principais fatos seja nas esferas federal, estadual e municipal. Tentar acompanhar os temas que podem influenciar em sua rotina pessoal ou profissional é algo muito importante.

Políticos adoram pessoas desinformadas, pois são campos férteis para semear ideias populistas que num futuro a médio prazo se transformarão em negociatas a fim de prejudicar a todos. E o pior: com o aval do próprio eleitor, afinal foi ele quem colocou tal político no cargo em questão.

Se o político busca reeleição, a cobrança precisa ser ainda mais intensificada.

E este é apenas o início da jornada
Via: Época Negócios
"Mas então se eu coloquei um político corrupto no poder, eu não posso fiscaliza-lo ou cobra-lo?" Não só pode como DEVE. O trabalho do eleitor não termina no voto; este é apenas o começo de tudo.

Infelizmente, ao contrário de um funcionário no setor privado, não podemos mandar embora um político por mal execução de seu trabalho (salvo ressalvas em casos graves comprovados de corrupção, e mesmo assim de acordo com a visão da justiça e poder de articulação dos advogados do acusado). O nosso "você está demitido!" só poderemos aplicar nas próximas eleições; isso se o político em questão não conseguir se reeleger novamente (brasileiros possuem memória curta, o que facilita o retorno de populistas ao poder).

A falta de vontade política só acontece porque nós eleitores somos alheios a tudo isso. Preferimos deixar para lá ao inves de nos envolvermos. Um eleitor sozinho tem uma força quase nula perante tudo isso. Mas centenas ou mesmo milhares de eleitores possuem muito mais força.

Ilustrando aquela tão conhecida frase do conhecido filme V de Vingança: "O povo não tem que temer seu governo, o governo é que tem que temer seu povo."

Não fique de fora da vida política de seu país. 😉


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Artigo criado com a ajuda de IA (GPT-3.5 e DALL·E 3)

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