Enquanto Ribeirão Preto enfrenta problemas graves de mobilidade urbana, saúde pública e educação, a Câmara de Vereadores parece habitar um mundo paralelo — tão fantástico e desconectado quanto o de As Crônicas de Nárnia. Lá, enquanto criaturas mágicas travam guerras épicas, aqui, nossos representantes legislativos travam batalhas igualmente teatrais, porém estéreis, por projetos de lei que beiram o absurdo.

Em vez de discutir soluções concretas para o transporte público precário, propõem a instalação de banheiros em ônibus — ignorando os custos e a viabilidade prática. Em outra sessão, defendem a colocação de "botões do pânico" nos coletivos, como se isso fosse resolver a insegurança estrutural que afeta o transporte. Há quem queira substituir os sinais sonoros nas escolas por “música suave”, como se isso fosse prioridade diante da falta de merenda, infraestrutura ou professores.
Outras propostas beiram o surrealismo: desconto no IPTU para imóveis com ponto de ônibus em frente (como se fosse um privilégio), o fim do corredor de ônibus na Treze de Maio (uma das poucas tentativas de modernizar a mobilidade), além da rotina quase litúrgica de aprovar nomes de ruas, moções de repúdio e títulos de cidadão ribeirão-pretano, como se fossem troféus de um universo simbólico desconectado da realidade.
Nossa Câmara de Vereadores vive sua própria Nárnia legislativa — onde cada vereador monta seu próprio castelo de irrelevâncias. E, enquanto isso, a cidade segue sem respostas para suas verdadeiras demandas. Esse descompasso entre o legislativo e a vida real mina a confiança pública, desvia recursos e esvazia o sentido da política local.
Desta forma, tal como os personagens do livro, os vereadores parecem atravessar um portal para um universo onde tudo é simbólico e nada é urgente. O problema é que, diferentemente das fábulas, aqui o tempo passa, os recursos públicos se esvaem e os problemas reais se acumulam.
É possível combater isso com mais participação popular, fiscalização ativa e voto consciente. A chave para voltar do mundo mágico é simples: lembrar que o portal entre fantasia e realidade se fecha a cada eleição.

Em vez de discutir soluções concretas para o transporte público precário, propõem a instalação de banheiros em ônibus — ignorando os custos e a viabilidade prática. Em outra sessão, defendem a colocação de "botões do pânico" nos coletivos, como se isso fosse resolver a insegurança estrutural que afeta o transporte. Há quem queira substituir os sinais sonoros nas escolas por “música suave”, como se isso fosse prioridade diante da falta de merenda, infraestrutura ou professores.
Outras propostas beiram o surrealismo: desconto no IPTU para imóveis com ponto de ônibus em frente (como se fosse um privilégio), o fim do corredor de ônibus na Treze de Maio (uma das poucas tentativas de modernizar a mobilidade), além da rotina quase litúrgica de aprovar nomes de ruas, moções de repúdio e títulos de cidadão ribeirão-pretano, como se fossem troféus de um universo simbólico desconectado da realidade.
Nossa Câmara de Vereadores vive sua própria Nárnia legislativa — onde cada vereador monta seu próprio castelo de irrelevâncias. E, enquanto isso, a cidade segue sem respostas para suas verdadeiras demandas. Esse descompasso entre o legislativo e a vida real mina a confiança pública, desvia recursos e esvazia o sentido da política local.
Desta forma, tal como os personagens do livro, os vereadores parecem atravessar um portal para um universo onde tudo é simbólico e nada é urgente. O problema é que, diferentemente das fábulas, aqui o tempo passa, os recursos públicos se esvaem e os problemas reais se acumulam.
É possível combater isso com mais participação popular, fiscalização ativa e voto consciente. A chave para voltar do mundo mágico é simples: lembrar que o portal entre fantasia e realidade se fecha a cada eleição.
As colunas #considerações e #questionamentos são publicadas todas as quartas-feiras primeiramente em nosso Facebook e Instagram e posteriormente aqui no blog.
Imagens e textos criados com auxílio de IA (GPT-3.5)
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