Atualização: 24/01/2017
Dica rápida: curta a página do Ribeirãotopia no Facebook. Lá você encontrará links compartilhados sobre assuntos relacionados a politicas urbanísticas em geral.
Dica rápida: curta a página do Ribeirãotopia no Facebook. Lá você encontrará links compartilhados sobre assuntos relacionados a politicas urbanísticas em geral.
Sempre quando falamos sobre transporte público, nos lembramos de ônibus, metro, trens metropolitanos, BRTs e as vezes esquecemos de um personagem que está sempre presente no nosso transito: os táxis e também mototáxis.
Existem registros que o serviço de táxi surgiu no século XVII na Europa, em Londres e Paris e a partir de 1662 começaram a ser emitidas as primeiras licenças para os condutores. Hoje é impossível imaginar uma cidade sem este serviço, muito presente principalmente em aeroportos, rodoviárias e praças em geral.
Táxi na cidade do Rio de Janeiro Via: IPLANRIO PCRJ |
Saiba mais: Conheça os primeiros táxis da história
A praticidade do táxi é poder levar seu cliente para qualquer lugar da cidade, não dependendo de pontos, corredores exclusivos ou itinerário. A pessoa busca um mínimo de conforto aliado a um valor acessível. O serviço é uma boa alternativa para turistas que estejam chegando em uma cidade, seja para lazer ou para negócios.
Padronização de pinturas
Os táxis das principais capitais e cidades do mundo costumam ter uma pintura única e exclusiva. Entre a vantagem desta padronização temos a fácil identificação do veículo em meio ao trânsito, criação de uma identidade para a cidade, traz maior segurança para o taxista (fácil identificação em casos de roubos ou sequestros) e ajuda a reduzir a ocorrência de táxis clandestinos. Abaixo seguem algumas pinturas de táxis de cidades brasileiras e estrangeiras. Clique nas imagens para ampliar:
Rio de Janeiro - RJ / Táxis amarelos com faixa azul na lateral
Porto Alegre - RS / Táxis vermelhos alaranjados (tomate) e faixa azul claro
Curitiba - PR / Táxis laranjas
Foto via: Portal 6
Florianópolis - SC / Táxis brancos com capô vermelho e faixas azuis xadrez na lateral
Belo Horizonte - MG / Táxis brancos com logo personalizado na lateral
Foto via: Portal Prefeitura de Belo Horizonte
Goiânia - GO / Táxis brancos com faixa verde-amarelo
Foto via: G1 - Goiás
Salvador - BA / Táxis brancos com faixa azul e vermelha na lateral
Vitória - ES / Táxis brancos com faixa laranja na lateral e capô
Piracicaba - SP / Táxis prata com faixa azul na lateral
No Brasil, a personalização é focada apenas nas cores e demais características (adesivos com telefones, logos das cidades, código do táxi). Já lá fora, alguns táxis são quase que icônicos a ponto de, apenas ao vermos o modelo do veículo, identificamos rapidamente a cidade a qual ele pertence.
Táxi Ford Crown Victoria de Nova York. Tornaram-se ícones na capital americana e reconhecidos mundialmente. Podemos vê-los como figurantes em filmes, séries, desenhos animados e até mesmo em games. Foto via: CityRoom |
O London Cab modelo FX-4 é o clássico táxi usado em Londres. São tão tradicional que existem regras específicas para sua circulação, entre elas: o motorista não pode deixar o táxi abandonado na rua e o passageiro é proibido de gritar "Táxi, táxi!" na calçada. Foto via: Molho Inglês |
Em Berlin, na Alemanha, os táxis costumam ser modelos Mercedes Benz e possuem coloração Marfim, deixando-os com um toque de sofisticação. Foto via: Simplesmente Berlim |
Acredite, o Fusca já foi o principal carro usado no México como táxi. Com pintura verde e branca, eles deixaram de circular no país no final de 2012 Foto via: Eu amo Fusca |
E os mototáxis?
O serviço de mototáxi é bastante novo no Brasil, tanto que em 2009 o então presidente na época Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que regulamenta o serviço de mototaxista e motoboy. Não consegui encontrar dados sobre países que utilizam os mototáxis como transporte. Pode ser que em países em desenvolvimento são bastante usados de maneira informal.
Mototaxista com passageiro em São José do Rio Preto Foto via: G1.com.br |
O mototáxi passa a ser uma forma prática e rápida de transporte e com baixo custo, visto que é mais barato que um táxi e mais rápido que um ônibus. Mas como eu disse a categoria é muito nova e precisa seguir regras específicas e fiscalização quase nula. O resultado são profissionais despreparados que podem colocar em risco a vida de passageiros, demais pedestres, motoristas, motociclistas e a própria vida do mototaxista.
Capitais como Manaus e Belém já iniciaram processos para liberações de licenças para novos mototaxistas e padronização de seus mototáxis. O processo tem as mesmas vantagens da padronização de táxis, com a exceção de que o condutor também deverá estar com equipamentos específicos como cor de capacete e colete com descrição da função e a instalação de mototaximetro (o que seria equivalente ao taxímetro para motos).
Modelo de mototaxi padronizada em Lucas do Rio Verde - MT Via: Prefeitura de Lucas do Rio Verde |
Mototáxi padronizado em Açailância - MA Foto via: Portal Veras |
Mototaxímetro Via: TopmídiaNews |
Saiba mais: Estudo de Sistema de Transporte por mototáxi em Fortaleza (em PDF)
Táxis e mototáxis em Ribeirão Preto
Ribeirão tem aproximadamente 35 pontos de táxis espalhados pela cidade, localizados em praças, shoppings, aeroporto e rodoviária. Não existe um número oficial de quantos pontos de mototáxis existem na cidade. Os veículos não possuem pintura específica e alguns até rodam sem o luminoso TÁXI no teto, o que os deixam irreconhecíveis no trânsito. No caso dos mototáxis, alguns usam coletes com o nome da empresa, normalmente acompanhados de propagandas.
Táxis aguardando clientes em frente a Rodoviária de Ribeirão Foto via: Diário FM |
Mototaxista com colete nas ruas de Ribeirão Foto via: G1.com.br |
Alguns anos atras chegaram a serem testados painéis de publicidade que iriam sobre os táxis, proposta que foi esquecida com o tempo. Nunca se foi falado de forma oficial sobre uma padronização dos táxis, o que torna a atuação de táxis clandestinos ainda maior. Quanto aos mototáxis, existe um projeto de lei criado em 1999 que instituía o serviço de mototáxi no município. A regulamentação do serviço está praticamente parada em Ribeirão e até o momento não se tem noticias sobre seu andamento.
Mas infelizmente muitas mudanças são barradas pelos próprios mototaxistas. Por exemplo, exigências como o tempo de uso da moto e exigência de plotagem nas motos foram removidas. Sabe-se que muitos mototaxistas rodam com motos velhas por conta do risco de assaltos e alegam que a pintura personalizada ficaria muito cara para ser colocada.
Mototaxistas - Projeto é aprovado com adequações - Link do fórum SkyscraperCity Infraestrutura e Transporte.
Como vamos ser uma cidade importante e séria
com este tipo de pensamento?
Uma cidade que se autodenomina "Capital do Agronegócio" é gerida como uma vila de duzentos habitantes, muitos com total aversão a tudo que é moderno e atual. Organização é o que nos faz uma sociedade racional. Não estamos falando de exigências extravagantes, complicadas e absurdamente caras, estamos falando sobre o mínimo exigido, para uma categoria que até ontem mal era reconhecida, funcionar. Se o profissional que quer se manter na área não quiser aceitar tais mudanças, simples: não entre na área!
Cidades como Toledo e nossa vizinha Franca já estão se adiantando para este processo. Mais uma vez, Ribeirão Preto ficará para trás?
A chegada do Uber ao Brasil
O serviço de Uber nas grandes cidades já se tornou uma realidade e muitas pessoas tem deixado de utilizar outros modais em preferência ao serviço privado. Em 2014 São Paulo foi a primeira cidade brasileira a contar com os serviços do aplicativo. Entre as vantagens que o mesmo oferece estão os preços oferecidos pelas viagens, veículos novos ou seminovos e a opção do passageiro poder avaliar o motorista ao final da corrida.
Isso fez com que a concorrência entre os táxis e transporte público ficassem mais acirrada, a ponto de surgirem propostas exigindo sua regulamentação e em casos mais extremos, até mesmo a proibição dos serviços de Uber no Brasil. A situação chegou ao ponto de motoristas do aplicativo serem agredidos por taxistas em locais movimentados como aeroportos.
Quando uma empresa não oferece serviços adequados ou que não atendam as necessidades do cliente, outra empresa o fará. Isso se chama concorrência. Com a chegada do Uber e demais aplicativos de transporte, a categoria ligada aos taxistas se sentiram ameaçados. No entanto ao inves de exigirem do poder público uma flexibilização nas regras e impostos necessários para poder operarem de forma mais competitiva, preferiram utilizar o pior caminho: exigir a regulamentação ou mesmo a proibição do aplicativo nas cidades.
Este tipo de briga apenas ajuda a afastar os usuários que utilizam táxi nos municípios. E em um cenário de crise como o que estamos passando, tudo o que um comerciante ou prestador de serviços quer é perder clientes.
A chegada do Uber ao Brasil
O serviço de Uber nas grandes cidades já se tornou uma realidade e muitas pessoas tem deixado de utilizar outros modais em preferência ao serviço privado. Em 2014 São Paulo foi a primeira cidade brasileira a contar com os serviços do aplicativo. Entre as vantagens que o mesmo oferece estão os preços oferecidos pelas viagens, veículos novos ou seminovos e a opção do passageiro poder avaliar o motorista ao final da corrida.
Isso fez com que a concorrência entre os táxis e transporte público ficassem mais acirrada, a ponto de surgirem propostas exigindo sua regulamentação e em casos mais extremos, até mesmo a proibição dos serviços de Uber no Brasil. A situação chegou ao ponto de motoristas do aplicativo serem agredidos por taxistas em locais movimentados como aeroportos.
Quando uma empresa não oferece serviços adequados ou que não atendam as necessidades do cliente, outra empresa o fará. Isso se chama concorrência. Com a chegada do Uber e demais aplicativos de transporte, a categoria ligada aos taxistas se sentiram ameaçados. No entanto ao inves de exigirem do poder público uma flexibilização nas regras e impostos necessários para poder operarem de forma mais competitiva, preferiram utilizar o pior caminho: exigir a regulamentação ou mesmo a proibição do aplicativo nas cidades.
Este tipo de briga apenas ajuda a afastar os usuários que utilizam táxi nos municípios. E em um cenário de crise como o que estamos passando, tudo o que um comerciante ou prestador de serviços quer é perder clientes.
Atualização 27/06/2021: Os ânimos entre taxistas e motoristas de aplicativos estão bem menos exaltados. Porem é fato que os aplicativos de transporte conquistaram o usuário e que os serviços prestados pelos taxistas acabaram sendo deixados de lado.
Algumas cidades tem utilizado de estratégias para que os táxis voltem a ser vantajosos como aplicativos próprios e autorização para circularem nas faixas exclusivas de ônibus na cidade de São Paulo. Pode ser que o serviço de táxi acabe se tornando um nicho de mercado, oferecendo serviços específicos que os aplicativos de transporte ainda não ofereçam.
Ideia utópica de hoje
Sem mais demoras, a proposta de hoje seria a padronização dos táxis e mototáxis de Ribeirão. A identificação dos veículos seria feita com plotagem, o que não tiraria as características originais de carros e motocicletas que prestarão o serviço. Clique nas imagens para ampliar:
Projeção baseada em Chevrolet Cruze Foto base via: Dreamstime.com |
Tentei criar algo baseado na pintura do sistema Ritmo, justamente para dar uma identidade única para o sistema de transporte atual. As mudanças são:
- Pintura verde escura, para diferenciar da pintura verde clara usada nos ônibus do tipo Convencional;
- Identificação de táxi comum ou rádio táxi;
- Número de cadastro do táxi;
- Espaço para o logo ou nome da empresa ou autônomo;
- Telefone e site do serviço.
Para os mototáxis, pensei em usar a cor amarela por chamar mais atenção no trânsito e alguns elementos extras para diferencia-la de uma moto convencional. Me perdoem pela montagem, espero que consiga passar a ideia proposta.
Projeção de moto adaptada para prestar o serviço de mototáxi em Ribeirão Preto |
- Identificação de "mototáxi" junto ao tanque de combustível;
- Placa vermelha indicando veículo de aluguel;
- Proteção lateral de PVC ou fina chapa de aço para o pedestre não ter risco de encostar na roda traseira da moto;
- Instalação do mototaximetro;
- Protetor de pernas no motor, popularmente chamado de "mata-cachorro";
- Número de cadastro do mototáxi;
- Logo e nome da empresa ou ponto;
- Para-lamas com identificação de numero.
Nota RT: todas estas punturas são apenas sugestões. Não sou um designer e acredito que estes profissionais possam elaborar um layout muito mais agradável e visualmente mais chamativo para as categorias.
Insisto em dizer que os moradores de Ribeirão, assim como seus representantes (presidentes de associações de bairros, vereadores e prefeito municipal), precisam ver que a cidade cresceu e precisa se adequar a seu porte. Não podemos mais admitir "gambiarras" para que as coisas funcionem. Ajude a divulgar a proposta e cobre de nossos representantes! Pode ser que o desenho que propus tenha ficado mal feito ou de mal gosto, porem o importante é que o assunto seja discutido.
Até a próxima semana!
Links para pesquisa:
Cores de táxis em cidades do Brasil
Pelo mundo de táxi - Diferentes cores, formas e curiosidades em cidades do Brasil e do mundo
Táxis já são obrigados a andarem padronizados em Campos - RJ
Comentários
Postar um comentário