terça-feira, 3 de março de 2020

Duplicação da Av. Vanderlei Taffo - especial avenidas

Dica rápida: caso tenha conhecido o blog recentemente, na seção Lista de Propostas você irá encontrar todas as publicações postadas desde 2015. São mais de 60 propostas voltadas para Ribeirão Preto nas áreas de mobilidade, planejamento urbano e meio ambiente. Confira!

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Entre as categorias de vias urbanas pré-definidas pelo Código de Transito Brasileiro, as avenidas estão incluídas como Vias Arteriais. Segue sua definição:

"Arterial - caracterizada por interseções em nível, geralmente controladas por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade."

A grande maioria destas avenidas tem forte zoneamento comercial e prioritárias na implantação de corredores para ônibus e ciclovias. Uma avenida bem planejada pode passar por vários bairros e regiões da cidade, trazendo maior agilidade para motoristas e reduzindo o tempo de viagem até seu destino.

Em Ribeirão Preto temos muitas avenidas importantes como Francisco Junqueira, Jerônimo Gonçalves, Independência, Presidente Vargas, Caramuru, Costa e Silva, entre tantas outras. Boa parte destas avenidas possuem a configuração abaixo:

Site: StreetMix
  • Vagas para estacionamento em ambos os lados;
  • Média de duas faixas de rolamento de 3 metros de largura aproximadamente;
  • Canteiro central arborizado com média de 5 metros de largura.

Graças ao planejamento quanto a divisão de lotes e zoneamentos realizados no passado, muitas destas avenidas atual como verdadeiras arteriais, distribuindo de forma bastante uniforme o fluxo de veículos entre os bairros. Contudo ainda temos avenidas que não estão ligadas ao sistema viário atual, assim resultando em vias subutilizadas e que poderiam estar aliviando a carga viária de outras vias que já estejam saturadas.

Este mês estarei publicando 4 (quatro) propostas voltadas para a implantação de avenidas, que uma vez conectadas ao viário da cidade, poderão incentivar novos zoneamentos, desenvolver regiões e principalmente remover gargalos em vias locais e coletoras que já estejam com sinais claros de saturação.

Em 2016 (com atualização feita em 2019) foi publicada no blog a proposta titulada Readequação e continuação de avenidas, onde foram apontados 29 trechos cuja a duplicação não foi devidamente concluída e assim sugerida a sua conexão com o sistema viário. Todas foram divididas no mapa abaixo por regiões, alem de uma seção com as que já foram citadas no blog e em nossa página no Facebook.



Simioni e Quintino II - Zona Norte

Considerada uma das regiões mais populosas da cidade, o Complexo do Quintino foi um dos primeiros bairros planejados de Ribeirão Preto. Com mais de 120 mil habitantes e com zoneamento predominantemente residencial, a área que inclui os bairros Simioni, Avelino Alves Palma e Quintino II só possui duas entradas principais, sendo elas a avenida Gen. Euclídes de Figueiredo (fazendo ligação com a Via Norte) e viaduto Papa João Paulo II com a avenida Dr. Demétrio Chaguri (fazendo ligação com a avenida Costa e Silva).

Visão geral - Complexo do Quintino
Via: Google Maps
Avenida Magid Simão Trad, uma das avenidas do bairro Simioni
Via: Google Street View
Mater - Centro de Referência em Saúde da Mulher - Maternidade
Via: Google Street View

Existem outros acessos menores como a marginal da rodovia Alexandre Balbo nas proximidades do terminal de petróleo e marginal com a rodovia Anhanguera ao lado do SEST SENAT. Porem estes acessos apenas seriam interessantes para as pessoas que desejassem acessar as rodovias cujo destino sejam regiões mais afastadas da cidade, ou mesmo para as cidades da região. Para aqueles que precisassem seguir em direção ao Centro, as opções acabam ficando restritas nas avenidas citadas no parágrafo anterior.

Mesmo assim, no caso dos acessos com a Costa e Silva, temos alguns problemas:
  1. O viaduto só atende os motoristas que precisarem entrar no Quintino II. Já para aqueles que forem sair do bairro, precisarão passar sob o pontilhão e acessarem a pequena marginal até a Costa e Silva;
  2. Ainda sobre o pontilhão, a passagem sentido avenida-bairro possui apenas uma faixa de rolamento bastante estreita, o que pode provocar congestionamentos nos horários de pico;
  3. A avenida Demétrio Chaguri possui configurações parecidas com a avenida Dom Pedro I e outros problemas adicionais; não possui canteiro central, apenas uma faixa de rolamento e todos os cruzamentos com as demais ruas do bairro são bastante próximos uns dos outros, o que pode reduzir drasticamente a velocidade da via e ser fator de acidentes. Alem disso a grande maioria destas vias são Sem Saída;
  4. Outros acessos menores como a estrada Rafael Defina (tendo ligação com a Via Norte) também se mostram precários, inclusive sendo itinerário da linha A401-Vila Carvalho.
Acessos em amarelo: são os mais utilizados e saturados com acesso facilitado até o Centro.
Acessos em rosa: são secundários e não indicados para veículos com destino ao Centro
Avenida Gen. Euclídes de Figueiredo. Única avenida duplicada
com acesso a Via Norte.
Acesso ao bairro Quintino II. A entrada menor é destinada
para os veículos que vem da Costa e Silva e viaduto João Paulo II
Avenida Demétrio Chaguri. Via estreita e cruzamentos muito próximos
costumam causar lentidão e comprometem a segurança
de motoristas e pedestres.
Apenas a Euclídes de Figueiredo possui melhor estrutura para melhor acomodar o fluxo de veículos e pedestres entre os bairros e Via Norte. Mas ter apenas um acesso como este em uma região tão populosa é algo que poderá gerar transtornos no curto prazo.

Na página do blog publiquei em fevereiro de 2020 uma mini-proposta que poderia trazer um pouco mais de organização em relação aos acessos para os bairros e para a futura UPA Norte que está em fase de obras. Confira a publicação completa e aproveite para curtir e seguir as notícias do blog.

Ideia utópica de hoje

Sabendo dos problemas viários nesta região tão populosa, segue uma proposta que poderia dar uma nova alternativa de acesso ao Complexo do Quintino: a duplicação da avenida Vanderlei Taffo até a avenida Costa e Silva. Clique nas imagens para ampliar:


Entre as vantagens da duplicação estão:
  1. Novo acesso dos moradores do complexo ao Centro e vice-versa;
  2. Redução no fluxo de veículos da avenida Dr. Demétrio Chaguri;
  3. Melhor acesso a Maternidade Mater - Centro de Referência em Saúde da Mulher;
  4. Nova ligação entre os bairros Vila Brasil e Vila Elisa.
O maior empecilho para que esta ideia pudesse ser adotada era a linha férrea paralela a avenida. O ramal ferroviário que tinha acesso ao Terminal de Petróleo da Petrobras foi desativado a alguns meses, sendo que o material processado agora seguia via rodoviário e sistema dutoviário.

Com isso toda a área atualmente em concessão da VLI (empresa que administra a Ferrovia Centro Atlântica - FCA) ficaria livre para que intervenções viárias possam ser feitas.Bastaria um acordo entre a ferrovia e a prefeitura para que o trecho fosse repassado ao município e assim ter liberdade para a obra viária em questão.


Definições

O trecho entre o terminal de petróleo e a rua Francisco Máximo Balieiro Filho possui vias paralelas aos trilhos desativados, sendo o trecho lado Quintino a rua Egydio Petean e o trecho lado Via Norte a rua José Monteiro. A largura entre as duas vias mais os trilhos possuem em média 35 metros, o que seria um bom espaço para a implantação de um futuro corredor de ônibus do tipo troncal ou mesmo uma ciclovia cruzando toda a região.

Em alguns trechos o aterro adicionado precisaria ser refeito por estar muito acima da altura das vias paralelas. Tal procedimento foi realizado na época para reduzir o grau de inclinação da ferrovia e assim permitir que os trens de carga pudessem vencer o declive sem maiores dificuldades. Normalmente processos para a redução de aterros costumam ser bastante altos e devem ser bem planejados. Outro processo complexo seria a remoção dos trilhos do antigo ramal para que todo o aterro fosse refeito.

Com a remoção dos trilhos, as ruas Egydio Petean e José Monteiro
passariam a ser vias de mão única. Os alambrados e a passarela
atual seriam removidas e duas pequenas vias binárias
transpassariam o aterro.
Trecho onde o aterro da antiga linha férrea se mostra bem elevado,exigindo
um trabalho de remoção da terra excedente.
Atenção: neste momento algumas pessoas podem citar a utilização dos antigos trilhos para a implantação de um sistema VLT ou mesmo um "metrô de superfície". Para quem acompanha a page no Facebook sabe que este assunto já foi debatido por lá qual a nossa opinião a respeito. Para acompanhar a discussão clique no link abaixo da imagem:
Voltando a proposta, Isso exigiria uma readequação no cruzamento com a avenida Euclídes de Figueiredo, que passaria a ter uma configuração semelhante aos das avenida Independência e Nove de Julho. Alem disso com a remoção dos alambrados e trilhos, os moradores poderiam acessar mais livremente as regiões do bairro. Um novo acesso a avenida Dr. Wilquem Manoel Neves (próximo ao terminal de petróleo) poderia ser feito com a nova avenida e até mesmo uma nova ligação até a Via Norte.


Já o trecho entre a Francisco Máximo Balieiro Filho até a Costa e Silva não possui nenhuma restrição ou zoneamento próximo, o que traria maior liberdade para a duplicação da avenida Vanderlei Taffo. O grande vazio urbano naquela região poderia ser utilizado para a implantação de novas ruas entre os bairros ou mesmo para um parque urbano, uma vez que a região não possui nenhum aos moldes do parque Curupira ou Tom Jobim.

Outra possibilidade de ligação seria um binário com as ruas Roberto Benedete e Humberto de Biase, que ficam bem próximas a Mater e poderiam ser ligadas a rua José Monteiro e Estrada Cinco e por fim a Via Norte.

A duplicação permitiria a ligação de outras vias do bairro
até a Via Norte, alem de estimular o surgimento de novos
empreendimentos imobiliários nesta região.

Acessos entre bairros

A duplicação da avenida se estenderia até a Costa e Silva permitindo ligação com as ruas Rio Claro e Guará, que fazem divisão com os bairros Vila Brasil e Vila Elisa. Com isso a rua Rio Claro passaria a ter sua mão de sentido invertida (Mogiana > Costa e Silva), enquanto a Guará passaria a ter mão única sentido Costa e Silva > Mogiana. Os retornos atuais seriam readequados para o novo cruzamento.

A mudança no sentido das ruas Rio Claro e Guará
criarão um binário eficiente para o acesso a duplicação
da avenida Vanderlei Taffo
Este novo acesso traria uma outra importante mudança no fluxo de veículos: Atualmente quem estiver dirigindo pela Brasil e precisar acessar o Quintino II, terá que seguir pela rua Petrópolis até o viaduto João Paulo II. Com a abertura do cruzamento e mudança no sentido da rua Rio Claro, o motorista poderá ir diretamente ao Quintino ou mesmo até a Costa e Silva sentido Centro.

Isso provocará uma melhor distribuição no tráfego, direcionando veículos para vias ignoradas até então e estimulando novos comércios nestas vias.

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Concluindo, com a duplicação da avenida Vanderlei Taffo, todo o viário de parte da região Norte poderia ser influenciado positivamente. O novo acesso seria o começo de um novo processo de urbanização e valorização dos bairros envolvidos, alem de ser uma grande adição ao viário da cidade e eliminando possíveis problemas de congestionamentos no médio prazo.

Ajude a compartilhar esta proposta. Se você é morador ou comerciante destes bairros, fomente esta discussão. Cobre de seu vereador uma posição sobre o assunto. Vamos tentar adicionar esta avenida em um futuro pacote de obras importantes para Ribeirão Preto. Somente desta forma poderemos evitar por maiores transtornos que possam vir.

Obrigado a todos e até a próxima proposta!


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